SFA 2017: O que eles disseram... (2)
Do Lance/F1 Mania: "Precisamos falar sobre Fernando Alonso" - Por Vinícius Alves
Após as 500 Milhas de Indianápolis realizada neste último domingo, vencida pelo japonês Takuma Sato, não podemos deixar de lado, uma figura que brilhou e ofuscou até mesmo os veteranos e grandes favoritos para a prova, Fernando Alonso.
Quando foi anunciada a estratégia de
marketing da McLaren se juntar à Andretti para participar do evento, todos
foram pegos de surpresa, inclusive a mim, que a princípio, desconfiei que fazer
o espanhol abandonar o ilustríssimo GP de Mônaco na Fórmula 1, para disputar a
etapa da categoria americana fosse uma boa ideia.
Porém, minha desconfiança começou a
diminuir, quando Alonso andou pela primeira vez com o carro 29, equipado pelo
motor Honda, alvo de grandes críticas do espanhol na McLaren. O primeiro
contato de Alonso com o oval de Indianápolis foi transmitido ao vivo via
Youtube, para mais de 50 mil pessoas.
Mesmo já gostando da ideia de ver Alonso
disputando a Indy, nem nos meus melhores sonhos, eu poderia imaginar que o
bicampeão mundial de Fórmula 1 iria se classificar na segunda fila, iria
liderar prova e iria também brigar de igual para igual pela vitória.
Alonso foi bravo, foi grande, foi aquele
velho piloto que todos nós, amantes de automobilismo conhecemos, que estava
adormecido, ou apenas limitado pelo fraco carro que a McLaren vem fazendo,
desde o recomeço da sua parceria com a Honda.
O espanhol liderou 27 das 200 voltas e
passou de um simples coadjuvante, para uma das personagens mais importantes do
enredo da corrida. Por um momento, todos acreditavam que ele poderia vencer,
ficou entre os primeiros o tempo todo, parecia que a sua estrela iria brilhar
novamente.
Como brilhantemente definiu o jornalista
Renan do Couto, da ESPN, havia duas histórias perfeitas para a Indy 500 do
Alonso: a vitória, ou a quebra do seu motor.
E infelizmente, para a nossa decepção, foi
o motor Honda que o traiu mais uma vez e a 22 voltas do fim, ele abandonava a
corrida. Talvez fora uma oportunidade para o espanhol sair ovacionado do carro,
mais de 200 mil pessoas presentes no circuito o aplaudiram. Talvez essa vitória
não teria sido dele, caso não quebrasse e os deuses do automobilismo fizeram
que ele ganhasse um certo consolo em não vencer, o carinho do público.
Tenho certeza que neste momento, o piloto
de 35 anos vai voltar renovado para a Fórmula 1. Com certeza, a luta dele, na
McLaren é brigar para conseguir pontos, mas sabemos que não perdeu a sua
essência, e mostrou que ainda tem o seu valor, que ainda pode ser competitivo,
que ainda pode ser campeão.
Fernando Alonso não perdeu a oportunidade
de escrever seu nome na história das 500 Milhas. Tenho certeza, que isso ainda
vai acontecer e não deve demorar.
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#tatisuperorgulhosa #maseujásabiaqueAlonsoéomelhor
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