Velocidade, entretenimento e segurança

Kvyat pede que F1 se preocupe com velocidade e entretenimento depois de alcançar “nível adequado” de segurança

Daniil Kvyat acredita que a F1 não precisa mais se preocupar com a segurança das corridas, devendo pensar mais na diversão dos fãs. A opinião vem após um GP do Brasil recheado de bandeiras vermelhas, que acabaram irritando o público

A sequência de adiamentos e bandeiras vermelhas no chuvoso GP do Brasil deste final de semana reacendeu o debate sobre segurança na F1. Para muitos a cautela da categoria está passando do ponto, enquanto outros entendam as precauções. Daniil Kvyat está no primeiro grupo: o russo da Toro Rosso pensa que a categoria já tem um “nível adequado” de segurança e deve parar de se preocupar muito com isso.

“A F1 avançou muito na segurança e acredito que agora estamos no nível adequado”, opinou Kvyat. “Então acho que chegou a hora de parar. As pessoas acham fascinante assistir corridas nessas condições (do GP do Brasil), então precisamos achar um balanço muito importante entre velocidade, entretenimento e segurança”, completou.

Os últimos dois anos tiveram um aumento considerável no número de intervenções do safety-car em corridas chuvosas. Mesmo antes da largada, o advento serve para evitar grandes acidentes já na primeira volta. Essa manobra não caiu no gosto do público e já foi descartada para 2017. 

Não é só entre os pilotos atuais da F1 que o excesso de segurança causa incômodo. Niki Lauda, como de costume, reclamou da postura da F1 em corridas chuvosas. 

“Eles deveriam pilotar e brigar na pista, assim como nós fazíamos 40 anos atrás. Naquela época o esporte era mil vezes mais perigoso, mas seguíamos de acordo com nossas regras”, apontou Lauda. 

Agora a F1 parte para Abu Dhabi, onde, em 26 de novembro, encerra a temporada 2016. No meio do deserto, uma certeza: não vai chover. 

Fonte: Grande Prêmio

Eu concordo com o Kvyat. Acredito que a F1 já atingiu um nível de segurança que dá para repensar algumas regras que estão sendo usadas demais, como a do safety-car, mas ao mesmo tempo, não deixo de dar razão ao fator segurança porque acidentes como o de Jules ainda reverberam, é difícil não pensar nisto em uma corrida como foi a do Brasil, por exemplo.

A verdade é que muito complicado achar um denominador comum no trio segurança/velocidade/entretenimento, mas é preciso tentar, isto é fato.

Beijinhos, Ludy

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