Sem GP da Alemanha

Conta-giro: cancelamento do GP da Alemanha se dá por erros em Nürburgring, mas também reflete crise da F1 

Foi a falência de Nürburgring, por razões alheias à F1, que fez com que o GP da Alemanha de 2015 fosse cancelado. Entretanto, perder uma prova em um país tão importante para a categoria é mais um sinal de como é preciso se reinventar

“Auf wiedersehen, Deutschland.” 

Nesta quinta-feira (19), os administradores do circuito de Nürburgring confirmaram que não realizarão o GP da Alemanha neste ano. Dois dias antes, os de Hockenheim também haviam reiterado que não tinham interesse em promover um evento em 2015. E assim o Mundial de F1 vai ter 19 corridas na temporada que começou no último domingo. 

Mesmo sendo o país da atual campeã da F1, do maior campeão da história da categoria, de um tetracampeão e do último vice-campeão, a Alemanha não vai sediar um GP em 2015. Como pode? 

Os erros que levaram ao cancelamento de uma das mais tradicionais provas do calendário são de ordem local — e o que se está fazendo neste momento em Nürburgring é corrigir tais equívocos. No entanto, esta notícia não deixa de ser um reflexo da profunda crise que envolve a F1 atual.

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O restante do texto acima vocês podem ler neste link. Abaixo deixo os meus comentários.

Eu discordo quando o autor do artigo diz que Bernie e a F1 não podem ser culpados. Eu acho que sim, eles têm sua parcela de culpa sim. Tudo na categoria é imensamente caro, mas caro mesmo. As taxas para se sediar uma prova da F1 são absurdas, isto não poderia ser assim, por mais que a categoria seja a mais famosa do mundo.

Mas Bernie não se importa com isto, porque ele só quer saber dos senhores de 70 anos que ele disse que são os que sustentam a categoria com suas fortunas.

Eu não consigo aceitar que a F1 viva um momento onde circuitos como Nürburgring ou Hockenheim fiquem de fora. Assim como já estão Magny-Cours, Ímola e Estoril.

A F1 vem caindo, caindo, caindo e a duplinha Bernie Ecclestone/Jean Todt apenas assiste. E isto é muito triste.

Nós, os verdadeiros fãs do esporte (ok, não somos milionários como os senhores de 70 anos que Bernie tanto ama) é que sofremos com isto. Todo ano é uma luta maior para estarmos nos autódromos ao redor do mundo, e vamos mesmo sabendo que a Mercedes já vai ser campeã, como era também na época da Red Bull. Vamos aos circuitos por amamos corridas, por nossos pilotos e equipes favoritos, mas o desrespeito dos dirigentes da categoria, bem como da dupla Ecclestone/Todt é vergonhoso.

Talvez, o dia em que a F1 morrer de vez ou virar esporte para agradar apenas aos ricos de 70 anos que Bernie tanto ama, com corridas realizadas somente em países onde se pagam trilhões de dólares pela presença da imagem e não do esporte, talvez neste dia, Bernie e seus cúmplices fiquem finalmente satisfeitos por terem destruído um legado esportivo.

Beijinhos, Ludy