Só negócios

Mãe de Bianchi indica insatisfação com tratamento dado a acidente e afirma que “F1 é um enorme negócio”

Sem criticar ninguém diretamente, Christine Bianchi disse que tem gente que fala coisas para fugir das responsabilidades e indicou que está sendo pressionada para se manter em silêncio

Depois de o pai de Jules Bianchi falar sobre a situação do filho, agora foi a vez da mãe do piloto francês, Christine Bianchi. Em entrevista à TV francesa RTL, Christine elogiou o tratamento que seu filho está recebendo no Hospital Geral de Mie, no Japão, mas indicou estar insatisfeita com a situação que enfrenta.

A francesa, visivelmente abatida e preocupada, de acordo com a reportagem, foi perguntada se está sendo pressionada para se manter em silêncio e respondeu dizendo que “a F1 é negócio, um enorme negócio”.

“Jules está sendo muito bem tratado, o hospital é perfeito, os médicos aqui são excelentes, inteligentes, respeitosos e gentis”, afirmou. 

“Não posso dizer mais nada, além da questão das críticas. Você sabe, algumas pessoas dizem coisas para fugir de suas responsabilidades”, comentou. 

Na terça-feira, o jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’ publicou uma entrevista com Philippe Bianchi, o pai de Jules, que admitiu viver uma “situação desesperadora" no Japão. “Toda vez que o telefone toca, nós sabemos que pode ser do hospital nos dizendo que Jules morreu”, contou. 

Bianchi está internado em estado crítico desde o dia 5 de outubro, quando sofreu um sério acidente no GP do Japão. Debaixo de chuva, perdeu o controle do carro na curva 7 e bateu contra um guindaste que removia o carro do piloto alemão Adrian Sutil. 

O gaulês sofreu uma lesão axonal difusa (LAD). De acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, 90% dos pacientes que têm a LAD ficam em estado de coma definitivo, sendo que a taxa de mortalidade é de 33%. 

Há uma semana, durante o fim de semana do GP da Rússia, a FIA afirmou em uma coletiva de imprensa que os procedimentos adotados na corrida de Suzuka foram corretos. Presidente da entidade, Jean Todt foi direto ao dizer que “isso nunca pode acontecer novamente”. Diretor de provas, Charlie Whiting avaliou que “nada poderia ter sido feito melhor” em relação ao caso em si e que é preciso tirar dos pilotos a tarefa de reduzir a velocidade por conta própria em trechos sinalizados por bandeira amarela. 

Bianchi, na volta do acidente, havia tirado o pé e reduzido a velocidade em cerca de 30 km/h, mas ainda estava a 203 km/h no momento em que perdeu o controle e foi se chocar com o guindaste. 

A Marussia chegou a divulgar uma nota na qual se disse “chocada e indignada por alegações falsas" de que o piloto não teria reduzido a velocidade e de que o time o instruíra para não fazê-lo.

Fonte: Grande Prêmio

Infelizmente, bem antes do acidente do acidente de Jules, já sabíamos que a F1 se transformou em um negócio, que ela não passa de um jogo de interesses ecônomico e político. Na verdade, ela é assim desde os primórdios, só que no começo, talento, competição e esporte ainda tinham espaço.

Sobre a situação de Jules, não consigo nem imaginar a dor desta mãe e desta família. Só posso continuar a rezar para que ele se recupere, por mais crítico que as coisas pareçam. #ForzaJules

Beijinhos, Ludy

Comentários

Manu disse…
Desde então não paro de pensar na situação exatamente porque penso que os procedimentos não foram corretos.
Mas é como vc ressaltou Ludy, a F1 só tem os interesses de negócios e políticos. A situação do Jules e o tratamento dado, só reflete o maior descaso hoje, a respeito dos que rege o esporte - os pilotos e seus talentos.
Uma pena.
Mas a família e ele tem nossas orações sempre. A recuperação virá, boto fé!

=*

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