O Sr. Presidente ficou estressadinho...
Montezemolo
rouba cena com discurso ao lado de Mattiacci e se irrita com pergunta sobre
Alonso
Luca di Montezemolo se deparou com uma sala
lotada quando, pouco depois das 16h30, foi atender aos jornalistas que o
aguardavam no motorhome da Ferrari. Não havia mais espaço para os jornalistas,
que se aglomeravam como dava: uns sentaram diante das câmeras de TV, outros
ficaram na ponta dos pés atrás delas para acompanhar o discurso do presidente
da Ferrari.
Depois
de se espremer entre repórteres e cinegrafistas para chegar ao seu posto,
Montezemolo discursou por 7min40s sobre os dois tópicos principais que queria
abordar nesta sexta-feira (9) que antecede o GP da Espanha de F1: Michael
Schumacher e Marco Mattiacci. Depois, defendeu Kimi Räikkönen com firmeza,
disse que a F1 não é mais um esporte sério, e irritou-se com uma pergunta que
lhe foi feita a respeito de Fernando Alonso.
A apresentação,
digamos assim, do italiano começou com ele lembrando o heptacampeão mundial,
que encontra-se em coma desde que sofreu um sério acidente de esqui em 29 de
dezembro nos Alpes Franceses. Montezemolo escolheu esta ocasião para falar do
alemão porque foi no Circuito da Catalunha, em 1996, que Schumacher ganhou pela
primeira vez com a Ferrari.
“Hoje,
infelizmente, não é uma super, grande, enorme coletiva de imprensa. Estou aqui
para falar de Michael Schumacher. Em 1996, nesta pista, Michael Schumacher
venceu sua primeira corrida pela Ferrari, debaixo de chuva forte. Foi uma
vitória muito grande. Estou aqui para chamar a atenção de todos vocês para ele,
que está lutando muito duro. Ele significou muito para a Ferrari”, declarou
Montezemolo, que mais uma vez aproveitou para desejar força para a família do
piloto.
Ditas
as palavras sobre Schumacher, prosseguiu: “E estou aqui para ficar mais perto
de Marco Mattiacci.”
O dirigente, com toda a sua pinta de político,
contou que ouviu o pedido de demissão de Domenicali em uma segunda-feira pela
manhã e, após isso, deu três dias ao seu ex-chefe de equipe para que ele
reconsiderasse. Ao saber que a decisão era definitiva, disse que teve em
Mattiacci a primeira opção.
Agora,
em vez de cobrar do novo chefe da Ferrari resultados imediatos, pretende
ajudá-lo a imergir no mundo da F1, o qual ainda deve ser descoberto por
Mattiacci.
Montezemolo
inclusive comparou a situação com a contratação de Jean Todt em 1992. O francês
comandara o projeto da Peugeot nas competições de rali, mas não tinha
experiência na F1.
“Estou
perto dele porque ele sabe como comandar uma companhia, um grupo, o que é muito
importante na F1. Não peço a ele para se tornar um especialista em motores ou
aerodinâmica”, falou. Ainda ressaltou que na Ferrari se trabalha com paixão e
que tem certeza “de que ele tem condição de comandar esse time de uma maneira
correta”.
“Por
cinco ou seis meses, eu fui muito próximo ao Jean Todt, porque ele era um
especialista em rali, não em F1”, comentou após lembrar que está na F1 desde
1973, ao passo que há gente na categoria “que não viu pilotos morrerem ou
situações difíceis para a Ferrari”.
O
presidente afirmou que está tomando essas atitudes porque não está “nem um
pouco” feliz com o momento atual da equipe de Maranello. “Eu não esperava um
time tão pouco competitivo no começo da temporada, então todos têm que entender
claramente onde estão os problemas, porque não somos competitivos e resolver a
situação o mais rápido possível”, cobrou.
Encerrou
o discurso dizendo que a Ferrari precisa de determinação e não ter pânico.
“Calma e trabalhar sabendo o que ia fazer.”
Após
isso, foram liberadas perguntas – a princípio, seriam apenas duas, acabaram
sendo quatro.
Montezemolo defendeu o finlandês Räikkönen,
que fez somente 11 pontos nas primeiras quatro corridas e já vai se mostrando
desanimado no retorno a Maranello. “Não está feliz, mas é muito bom!”
“Muitos
anos atrás, em Mugello, no primeiro teste do Kimi com a Sauber, o primeiro dele
na F1. Naquele tempo, a F1 era um esporte sério em que você podia testar. Não é
como hoje que a GP2 está chegando na F1. Naquele tempo, a F1 era fantástica, e
os jovens tinham a possibilidade de testar. Michael estava atrás de Kimi no
primeiro teste dele na F1. Voltou para os boxes e perguntou ‘quem é esse cara
que é mais rápido que eu?’ Kimi é um piloto fantástico. Não está confortável
com o carro, mas está melhorando. Falei com ele, está mais satisfeito e acho
que vai ficar mais satisfeito no futuro”, argumentou.
Finalmente,
irritou-se com um jornalista que falou que Alonso demonstra sinais de cansaço.
“Você parece conhecê-lo muito bem”, rebateu o presidente. O repórter afirmou
que sim, sendo novamente repreendido: “Eu o conheço melhor!”
O
dirigente jogou a responsabilidade dos insucessos recentes para a Ferrari,
isentando Alonso. “Para mim, não é um problema do piloto, é um problema da
equipe. Não estou feliz porque não estamos vencendo. Não estou feliz porque
estamos desperdiçando oportunidades nos últimos anos. É por isso que precisamos
trabalhar todos juntos, começando por Fernando. Tenho certeza que estaria feliz
se a Ferrari tivesse um carro competitivo”, disse.
Durante
todo esse tempo, Mattiacci permaneceu calado ao seu lado. Ou melhor dizendo,
blindado. Montezemolo quer tirar o novo comandante da Ferrari dos holofotes
enquanto o ensina sobre o mundo da F1.
Mattiacci
só abriu a boca para dizer poucas palavras em concordância com o discurso do
presidente e prometeu ser cuidadoso e racional ao tentar fazer a Ferrari
retomar o caminho das vitórias.
Na
pista, nada chamou tanto a atenção quanto a aparição de Montezemolo em
Barcelona. Lewis Hamilton liderou uma dobradinha da Mercedes com uma
impressionante vantagem de quase 1s para a Red Bull de Daniel Ricciardo, mas
ninguém ficou surpreso.
(fonte: Grande Prêmio)
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Não... acho que o Sr. Presidente não conhece tanto Alonso assim... mas enfim...
E aiiii dele se abrisse esta boca patética para fazer MAIS ALGUMA crítica ao Fernando! Aiii dele!!!! #humpfff
Agora além de tudo, a ferrari precisa de um babá!!! hahahahaha
Não falo mais nada...
Bjuss, Tati
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