Octeto Entrevista: Priscylla Queiroz

Última quarta-feira do mês e estamos aqui com a convidada da vez no Octeto Entrevista, a nossa querida amiga e minha parceira de Iceman's Club, dona Priscylla Queiroz . #curtamaí

O branquelo da Pry! :)

1. Vamos começar com o básico. Conte-nos um pouquinho sobre você. O que faz, de onde é.

Oi gente! Antes de responder, quero aproveitar para agradecer pelo convite. Adoro esse blog e essa coluna é uma das minhas preferidas! 

Bom, eu sou a Priscylla. Tenho 22 anos (23 na próxima sexta, dia 27/09). No momento, meu status seria estudante, mas daqui a dois meses, terminarei a faculdade e serei médica. Sou uma apaixonada por F1, Música e Medicina... Ah sim, sou da Zona Norte do Rio de Janeiro, com muito orgulho.

2. Quando você começou a acompanhar automobilismo e por quê? 

Olha, a data exata eu não me recordo. O que eu posso dizer é que a minha memória mais antiga de vida é de um acidente do Verstappen que aconteceu em 1994 (pois é, eu tinha de 3 para 4 anos...). Costumo dizer que comecei a ver a F1 quando ainda estava nas fraldas rsrsrs...

Acompanhar mesmo, de não perder uma corrida sequer, acho que foi a partir de 98, mais ou menos...

3. Seu piloto favorito é Kimi Räikkönen. Por quê? 

Tudo começou na verdade com o Mikka Hakkinen. Eu torcia pra ele na época do bicampeonato e quando o Kimi surgiu, eu sempre achava engraçado o fato de ter um Hakkinen e um Räikkönen, pareciam parentes! Aí comecei a prestar atenção no Kimi e fui aos poucos vendo que, além de um piloto excelente, arrojado e com personalidade, ele também era um cara bacana, mesmo com esse jeitão mais introspectivo às vezes. 

4. Mulheres e automobilismo: como você vê esta relação? A presença das garotas é grande, seja como jornalistas especializadas, dirigentes, engenheiras, blogueiras e torcedoras. O que você acha desta visão feminina sobre o esporte? Você acha que nós temos uma percepção diferente da F-1 por sermos mulheres? 

Taí uma pergunta que dá “pano pra manga”. Vejam bem, inicialmente, antes de ter acesso à internet, eu pensava que nenhuma mulher além de mim curtia F1. Aí, Graças a Deus, com o passar do tempo eu fui conhecendo blogs conduzidos por mulheres (inclusive o Octeto) e vendo que não era como eu pensava, que tinham sim milhares de garotas que gostavam desse universo “masculino”. E a nossa visão é sim diferenciada. Como diria aquela escola de samba, nem melhor e nem pior, apenas diferente. Mulheres são mais detalhistas. Às vezes, nós percebemos no ar alguma coisa que os homens não reparam. Um olhar, uma entonação diferente na frase... Acho que somos mais perspicazes, essa é a palavra. 

5. O fato de ser mulher e curtir um esporte predominantemente masculino já fez com que você fosse vítima de algum tipo de preconceito? 

Claro que sim!! HAHAHA Não foi nada que realmente me atingisse. Sabe como é, sou discípula de Räikkönen, não me importo com isso. Acho que o mais clássico é a velha história de “você só gosta de F1 porque os pilotos são bonitos”. Primeiro que se fosse assim, coitado do Nikki Lauda, jamais teria um fã, não é mesmo? Segundo que eles passam a corrida inteira de capacete. Se eu estivesse na frente da TV a manhã inteira de Domingo, enquanto eu poderia estar estudando ou dormindo, só pela beleza do cara, que pessoa infeliz eu seria se meu piloto preferido não tivesse pódios! Imagina! Eu teria perdido tempo, teria sido à toa! 

6. Qual o piloto que mais te surpreendeu positivamente nesta temporada? E qual te deixou decepcionada? 

Acho que quem mais me surpreendeu foi o Nico Hulkenberg. Eu costumo ter um sexto sentido para essas coisas e minha intuição diz que veremos grandes feitos desse rapaz se ele continuar na F1 nos próximos anos. Infelizmente, só talento não basta hoje em dia, também tem que ter sorte e dinheiro. Espero sinceramente que ele tenha para continuar. Minha decepção? Eu esperava mais do Pérez. Não gosto dele, não torço, mas acho que ele mostrou muito mais serviço na Sauber ano passado do que na McLaren esse ano. Como se não bastasse, ele ainda “garrou uma implicância” com o Kimi que Deus me livre, toda hora tem um toque, uma batidinha... Erra o meu branquelo, por gentileza! 

7. No Brasil ao falarmos de automobilismo, especialmente de F1, há muito preconceito quando o torcedor revela sua admiração por um piloto estrangeiro e não um nacional. Como você vê esta situação? 

No português claro: uma grande babaquice, uma pachequice desnecessária. Eu tenho que torcer por quem eu gosto e não porque nascemos no mesmo lugar. Nascer aqui ou ali não faz de ninguém melhor ou pior! Isso é uma espécie de doença que infelizmente, vem se arrastando por anos. Uma cultura idiota que precisa acabar. Um exemplo: Eu me identifico com a seleção inglesa no futebol e torço pra ela, mesmo tendo um único título mundial que ainda é posto como “roubado”. Só que eu nasci no Brasil, país PENTA CAMPEÃO MUNDIAL, “indiscutivelmente” a melhor seleção do mundo. Isso faz de mim uma tola? Pode ser, mas eu sou feliz assim, torcendo por quem eu realmente me identifico e não por uma convenção geográfica qualquer. O número de títulos não me importa. E isso também se estende à F1. Torço por um piloto que muita gente torce o nariz. O “campeão circunstancial” de 2007. Mas é ele quem me faz feliz no final do dia, não o meu compatriota. 

8. Além da categoria máxima do automobilismo, você acompanha alguma outra? 

Eu fui forçada pelo Sr. Räikkönen a acompanhar o rally naqueles dois anos sabáticos, mas não foi suficiente pra me fazer continuar acompanhando depois do retorno dele à F1. Às vezes até leio alguma coisa sobre o assunto, mas nada que se compare à F1. Eventualmente, assisto as provas da Indy porque gosto muito do Tony Kannaan, mas nada assíduo. 

9. Agora um momento mulherzinha (rsrsrs): monte o seu TOP 5 dos pilotos mais sexy do automobilismo. 

Automobilismo como um todo? Difícil... 

P1) Kimi Räikkönen, ÓBVIO. Hahaha 

P2) Andreas Mikkelsen 

P3) Nico Rosberg 

4) Jenson Button 

P5) Fernando Alonso (Tati vai me zuar eternamente por ter dado o braço a torcer…) 

OBS: A pergunta foi sobre “sexy”. Se fosse beleza, fato que Kovalainen, Loeb e Webber entrariam na lista. 

10. Como você conheceu o Octeto Racing Team? 

Acho que foi através do FKR, mas não lembro se foi a partir do grupo no Orkut ou se do blog propriamente dito. 

11. Somos personalidades diferentes aqui no Octeto. Juntas, personalizamos o blog. Como você enxerga cada uma das “diretoras da equipe” mais louca do mundo do automobilismo? 

Lu: Uma das pessoas mais engraçadas que eu conheci na minha vida. O senso de humor dessa menina é fantástico! Não tem um dia que eu não chore de rir lendo o F1 Ladies por sua causa, Lu. (aliás, vc e madame Rosy, queridinha).

Tati: Acredito que algumas pessoas já falaram isso nessa coluna, mas eu definiria a Tati como passional. Não que as outras não sejam, não é isso. Mas a Tati é aquele tipo de pessoa que defende MESMO o que pensa, o que quer... Sabe aquelas pessoas que dão um tapa na cara da sociedade sem perder a pose? Luva de pelica total. #adooooro rsrsrs 

Ludy: Ah, essa minha amiga é uma complexidade... rsrsrs. A gente tem essa impressão de que a delicadeza e doçura fazem dela uma criatura com um quê de frágil, mas definitivamente, não se deixem enganar... A Ludy é uma menina muito forte. A sensibilidade dela é a capa que recobre uma fortaleza. 

12. Desde que você descobriu o ORT, qual dos octetes mais conseguiu subir no seu conceito, por assim dizer? 

Alonso, fato! (A Tati vai tripudiar em cima de mim, meu Deus... kkkkk) Eu ODIAVA o Alonso, vocês não fazem idéia! Eu falava e escrevia barbaridades sobre ele, não queria ver o homem nem pintado de ouro na minha frente. Aí, pouco a pouco, a Dna Tati e sua AA foram me convencendo que ele não era o monstro que eu pintava... Também não vou dizer que é santo e virou meu piloto querido e amado porque seria a maior mentira do universo, mas digamos que se antes ele era nota -10 no meu conceito, agora ele consegue facilmente um 7. 

13. Conhecendo as diretoras do Octeto e os octetes, que característica você acha que cada uma de nós tem em comum com seu piloto preferido? Por exemplo, o que eu, Ludmila tenho em comum com Kimi ou com Jacques? Tatiana com Alonso e Luane com Nico? 

Lu: Acho que ela é tranquila, como o Nico. Sabe quando é pra respirar fundo e engolir o sapo e quando é a hora de botar o barraco à baixo, rodar a baiana e quebrar tudo. 

Tati: El sangre caliente de Don Fernando y sua determinación. 

Ludy: A cachaça do Kimi hahahaha... Tô brincando, tô brincando! A Ludy é ponderada como o Kimi. Prefere ficar quieta em relação aos assuntos sérios do que sair jogando no ventilador a porcaria toda. 

14. Nestes quase seis anos de ORT, qual foi o momento que mais te marcou? 

Dois: o Amigo Oculto do Octeto e o Octeto Um Milhão. Foram ocasiões muito especiais pra mim por uma infinidade de razões. 

15. O que você acha que o blog do Octeto trouxe de diferente para a sua maneira de ver a F-1? 

Muitas coisas! Mas sintetizando, me fizeram ver que eu não estou sozinha nesse mundo automobilístico, que muita gente compartilha os meus pensamentos e as minhas emoções. Me fizeram conhecer o outro lado, menos glamouroso da F1. E me trouxeram amigos que eu amo muito! =) 

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Pry amiga!!!! Amei sua entrevista... obrigada pela parceria na luta diária de ser fã do seu branquelo... rsrsrs... Obrigada pelo carinho de suas palavras e é óbvio, pela amizade que criamos ao longo destas anos. :)

Só tenho que dizer... Webber bonito?! #never rsrsrs... Você não achou que eu deixaria passar né?! rsrsrsrs...

Beijinhos, Ludy