Sobrevivendo
Whitmarsh avalia fase financeira da F1 e diz que sete das 11 equipes já estão no "modo sobrevivência"
Martin Whitmarsh, chefe da McLaren e presidente da Fota, a Associação das Equipes da F1, fez uma análise do atual momento do esporte e afirmou que sete das 11 equipes do grid atravessam um momento delicado do ponto de vista financeiro
Sete das 11 equipes do grid atual da F1 atravessam um momento delicado do ponto de vista financeiro e já estão trabalhando no modo de sobrevivência. A frase é de Martin Whitmarsh, chefe da McLaren e presidente da Fota, a Associação das Equipes da F1.
"É difícil. Nós estamos no mundo da publicidade e você apenas precisa entender como tudo isso funciona. Tomamos algumas medidas, mas acho que será difícil para alguns", declarou o dirigente, acrescentando que muitos times terão dificuldades para manter "um modelo de negócio viável" nos próximos anos.
Whitmarsh entende que parte do problema atual enfrentado pelas equipes ainda é uma espécie de ressaca da crise financeira de 2008 que assolou o mundo. Diversos contratos de publicidade, que foram assinados antes da crise, tiveram de ser mais tarde cancelados. Novos apoiadores são raros, enquanto os já existentes não estão dispostos a desembolsar fortunas para continuar no esporte.
A F1 opera dentro de um bem amarrado Acordo de Restrição de Custos, que limita os orçamentos dos times, especialmente do que diz respeito à pesquisa e desenvolvimento, além do investimento em novas peças. Porém, nem mesmo as regras para contenção dos custos conseguiu salvar a HRT. A equipe espanhola não teve alternativa e optou por encerrar as atividades depois de um colapso financeiro.
O inglês da McLaren foi ainda mais longe na análise do atual momento e afirmou que um dos problemas, principalmente entre os times menores, é que não recebem uma fatia suficiente da renda total vinda dos direitos comerciais da F1, que tem no comando o grupo CVC e Bernie Ecclestone no papel de executor de todo o negócio. Martin, embora entenda as dificuldades, defendeu a atuação de Ecclestone.
"Bernie tem feito um trabalho fantástico com os proprietários", disse Whitmarsh. "Nós podemos criticá-lo, mas ele está fazendo um trabalho melhor do que o nosso. Está mantendo o dinheiro em nome de seus empregadores. O dinheiro comanda o esporte, e isso é profundamente frustrante para alguns de nós, mas é o trabalho dele. Se as equipes ano são coesas o suficiente para trabalhar em conjunto e garantir uma fatia maior, então devem culpar a si mesmas", falou.
De acordo com a emissora BBC, a F1 faturou em 2011 algo próximo de US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 2,9 bi). Nos termos do antigo contrato entre as equipes, a FIA e o grupo CVC, o chamado Pacto da Concórdia, os times recebiam 47% da renda. Mas esse acordo se encerrou no fim de 2012. O novo contrato, que ainda não foi assinado, sugere que as escuderias vão passar a receber 63% das receitas. Além disso, as todas as equipes já firmaram contratos comerciais separados com o grupo CVC.
Fonte: Grande Prêmio
Qual a novidade nas declarações feitas por Whitmarsh? Não vejo nenhuma.
A coisa está complicada sim. A gente pode não sentir diretamente, mas percebemos com certeza. Bom, eu pelo menos percebo, já que a equipe pela qual o piloto que torço corre, não nada em dinheiro. O orçamento é realmente apertado.
Beijinhos, Ludy
Comentários