Rent-a-car de luxo


TRULLI CRITICA PILOTOS PAGANTES: “A F1 VIROU UM RENT-A-CAR DE LUXO”

O ex-piloto de F1 Jarno Trulli lamentou, em entrevista ao site inglês “Crash”, o fato de boa parte do atual grid no esporte ser composta por “pilotos pagantes” – competidores que garantem suas vagas nos times com dinheiro vindo de patrocínio.

O italiano de 38 anos, que pilotou na categoria entre 1997 e 2011, citou o exemplo do conterrâneo Edoardo Mortara, que nunca esteve próximo de acertar com uma equipe no esporte. Mortara, 26, foi campeão da F3 Europeia em 2010 e quinto no DTM no ano passado.

“Fico triste porque, muitas vezes, bons competidores não têm patrocínio, e hoje em dia, estes têm pouquíssima chance de chegar à F1. Disse às pessoas no ano passado ou retrasado: ‘Ouçam, tem esse cara, um piloto que lidera corridas na DTM e provavelmente poderia ser outro grande italiano na F1, mas não tem dinheiro”, declarou Trulli, insatisfeito com o atual cenário na F1.

“É loucura um piloto ter que pagar para competir. Quando um piloto paga para trabalhar, não é uma boa tendência. Antes, a maioria dos pilotos chegava à F1 por causa de suas habilidades. Hoje não vejo isso. A F1 virou meio que um serviço de rent-a-car de luxo”, acrescentou o italiano, que foi campeão da F3 Alemã em 1996 e vice do GP de Macau em 1995.

Dispensado pela Caterham (à época chamada de Lotus) em favor de Vitaly Petrov, Trulli não guardou mágoas da equipe malaia. O italiano, cuja única vitória se deu em Mônaco, em 2004, diz não sentir falta da F1, especialmente suas duas últimas temporadas, quando se classificava com frequência no fundo do grid.

“Percebi que estávamos indo para trás em vez de para a frente e que a equipe não tinha nenhuma chance para o futuro. Como a equipe não estava me pagando, não fiquei tão decepcionado quando eles me disseram que eu não ia ficar, mesmo tendo experimentado o carro, então a sensação foi indiferente”, declarou Trulli, que defendeu, além da equipe anglo-malaia, Minardi, Prost, Jordan, Renault (atual Lotus) e Toyota.

“Se eu estivesse pilotando lá, as coisas não mudariam muito no time, ou na minha vida ou na minha carreira. O que as pessoas não percebem é que eu optei por não guiar [na F1], mesmo com um contrato em vigor. Dei à equipe uma chance de sobreviver e contratar um piloto pagante”, acrescentou.

Desfrutando uma vida “boa e tranquila” em Pescara, sua cidade natal, Trulli se mostra pessimista com o futuro da categoria. Na opinião do italiano, o maior erro da organização no esporte foi isolar os construtores, que sem o apoio das montadoras, perderam bastante competitividade nas últimas temporadas.

“Na minha opinião, não há competição sem a presença das montadoras e apenas alguns times no momento podem garantir um carro competitivo”, argumentou o ex-piloto, cuja principal ocupação é administrar um hotel em Davos, leste da Suíça.

“Quando tínhamos as montadoras, claro que sempre havia um time melhor e um carro que dominava, mas ao longo de toda a temporada e a seguinte, eles sempre esperavam por e tinham recursos. Agora, na era atual da F1, isso é quase impossível pois não há equipes montadoras; temos apenas Ferrari, Mercedes e Renault, que é uma fornecedora de motores”, concluiu.
(fonte: Tazio)

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É assim mesmo: pagou, ganhou!!!! E hoje em dia, até a McLaren pagante, vide Pérez!!!

Bjusss, Tati

Comentários

Carlos disse…
Como se o Alonso, através do Santander, não tivesse bancado sua vaga na Ferrari, e na tão criticada McLaren.

Mas ah, é o Alonso, ele pode tudo, com ele as medidas são diferentes. Hipocrisia é tenso.
Carlos, sério?!? Sério isso?!? Sério que vc tem coragem de falar um coisa desta?!?! hehehehe

E ainda fala em hipocrisia... hahahahaha

Então tá!! hehehe

Bjusss, Tati
Vanessa M. disse…
Muito, muito triste mesmo essa situação... Acho que poderiam mudar o nome da Formula 1 para qualquer outro nome, porque o que vejo hoje infelizmente não reconheço mais como F1 e sim, como o Trulli disse, um rent a car de luxo :( Mais triste ainda é que essa situação só tende a piorar :(

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