Arrumando a casa

Brawn culpa reestruturação interna por desempenho pífio da Mercedes no fim da temporada de 2012

 A queda no desempenho da Mercedes na segunda metade da temporada foi bastante brusca. Depois de um começo de ano forte, que incluiu a vitória de Nico Rosberg no GP da China, o time germânico foi despencando na tabela de pontuação a partir do GP da Inglaterra, que marcou a metade do campeonato.

Após a décima etapa de 2012, Rosberg era o sexto colocado e tinha apenas 34 pontos de desvantagem para Sebastian Vettel. No fim das contas, acabou a quase 200 tentos do tricampeão mundial. Para piorar, Michael Schumacher e Rosberg chegaram a ficar cinco provas consecutivas longe da zona de pontuação. O time quase foi superado pela Sauber na briga pelo quinto lugar no Mundial de Construtores - acabou o ano somente 16 pontos à frente, e com menos pódios.

 Segundo o chefe da equipe, Ross Brawn, o que motivou essa perda de performance foi a reestruturação realizada no departamento de aerodinâmica da equipe. Uma das causas foi a saída do francês Loic Bigois, que estava em Brackley desde os tempos da Honda, em 2007, e que saiu no meio do ano. Mark Elliot, então na Lotus, foi contratado como substituto.

“Tomamos a decisão de mudar a estrutura do grupo aerodinâmico. Tivemos que esperar pela chegada de Mark Elliot, porque ele ainda tinha que cumprir um período com a Lotus”, disse o dirigente britânico. “Concluímos a situação com Loic e ficou uma lacuna com a qual não lidamos bem”, admitiu.

Além disso, o time precisou mudar a escala de seu túnel de vento durante o campeonato, pensando em obter informações mais precisas a respeito dos pneus da Pirelli. Antes na casa de 50%, a escala subiu para 60%. Brawn explica que essa alteração era necessária:

“Nossa conclusão que poderíamos obter muito mais dados representativos com relação aos pneus em 60% do que em 50%. A Pirelli tem que fazer pneus de 50% e 60% para o túnel de vento, e há apenas dois times que ainda usam o de 50%. Mesmo com os melhores esforços da Pirelli, quisemos fazer a mudança porque o feedback será melhor”.

A necessidade de mudar o túnel de vento também se deu por outro motivo: falta de espaço. “Ao longo dos anos, você está colocando mais e mais equipamentos no túnel de vento para medir, monitorar e checar. Nós simplesmente ficamos sem espaço no modelo de 50%”, revelou o britânico.

Para impulsionar uma reação em 2013, a Mercedes trocou o heptacampeão mundial Michael Schumacher pelo jovem Lewis Hamilton, que veio da McLaren para ser o novo companheiro de Rosberg com o objetivo de buscar resultados melhores e imediatos. No corpo diretivo, a equipe também mudou, e em um posto muito importante. Norbert Haug. antigo vice-presidente esportivo da montadora, o homem que mandava nas questões desportivas, pediu demissão no mês de dezembro por se sentir culpado pelo fracasso da marca na F1 nos últimos três anos.

Fonte: Grande Prêmio

Só resta torcer para que todas essas mudanças revertam em uma carro melhor e mas confiável. Os pilotos merecem um carro que lhes dê condições de lutar por vitórias. Afinal, é uma Mercedes, uma Silver Arrow, que eles pilotam.

By Lu

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