Iceman's Club em Sampa by Priscylla

Olá gente!!! De hoje até segunda vou postar textos que pedi às minhas amigas e companheiras de Iceman's Club para escrever sobre suas experiências com relação ao GP do Brasil 2012 e é claro, Kimi Räikkönen.

Temos relatos totalmente diferentes, mas igualmente adoráveis, simplesmente pelo fato de que Kimi nos uniu em amizade e ele nem mesmo faz ideia disto.

Curtam então o primeiro texto, que vem da estreante em corridas em Interlagos, dona Priscylla Queiroz.

Iceman's Club em Sampa by Priscylla

Nessa nova missão dada pelo IC, eu fico com a difícil tarefa de falar sobre o Kimi em Interlagos - 2012. Digo que é uma missão difícil não porque seja complicado falar sobre Kimi Räikkönen - é o tipo de coisa que se me permitirem, eu consigo tranquilamente fazer um dia inteiro. A dificuldade se encontra no fato de achar as palavras certas pra descrever o que aconteceu no final de semana inteiro e expressar o meu sentimento perante tudo o que eu presenciei. Então vou tentar ser o menos emotiva possível e dar a minha análise de forma mais objetiva. 

Eu passei 2012 acreditando que não iria à Interlagos ao final do ano, porque como sempre, estava completamente enrolada com a faculdade, não comprei passagens com antecedência, não tinha ingresso ou local para me hospedar... enfim, não estava nos meus planos. Até que surgiu uma pequena possibilidade devido a uma grande amiga minha em Outubro, porém com o passar dos dias, o que era quase certo acabou indo por água abaixo e eu perdi as esperanças. Até que duas queridas amigas do IC, a fofa da Myn e a nossa querida chefe Ludy me incentivaram e ajudaram muito para que eu conseguisse resolver tudo que era necessário e embarcar para São Paulo no dia 22. 

Voltando ao tópico principal do assunto que é o nosso Kimi, ficou muito evidente desde o primeiro dia no autódromo que ele não estava tendo um bom final de semana. Do setor A onde eu estava, não é possível a visualização dos boxes da Lotus, mas as amigas que estavam perto notavam que ele não parecia tranquilo ou feliz com os rumos que as coisas tomavam. Até mesmo quem havia o visto no hotel na sexta feira à noite, me contou que o seu humor estava péssimo. Ele mal sabia que as coisas podiam piorar muito no dia seguinte... 

Sábado já começou de uma forma não muito legal para o Kimi e seus torcedores: a quebra daquele motor fez com que o medo se apoderasse de muitos. Eu mesma fiquei preocupada, porque nós que acompanhamos a F1, sabemos que trocas de motores sempre implicam em punições e visto que a Lotus não estava se desenvolvendo bem até então, perder posições no grid de largada era uma sentença obscura para os nossos anseios - sobretudo o de conclusão do campeonato no terceiro lugar. Cheguei até a pensar que eu era muito "pé frio", que logo quando consegui ir ao autódromo, o meu piloto preferido teria um mau resultado. Um pouco egocêntrico da minha parte, assumo. Mas felizmente, o motor fornecido era o utilizado na prova de Abu Dhabi. AQUELE MOTOR. Aquele que trouxe tanta alegria para todos nós. Mais do que isso, agora ele trazia mais alegria ainda porque não vinha com punição. Era tudo muito bom, as coisas tinham que dar certo. E deram! Acreditem, para quem dirige uma Lotus, passar para o Q3 é um milagre. 

Domingo veio com ameaça de chuva. O twitter da Lotus dizia que a probabilidade de chuva era de 90%. Nem precisava de previsão de tempo para saber que a nuvem que vem da represa estava chegando "com força"... 

Dava pra sentir a tensão a cada volta. A chuva foi um tempero especial nessa corrida, principalmente para quem estava no setor A, descoberto, agarrado na capa de chuva e no boné, lutando com a água no visor do celular para acompanhar, volta após volta pelo Twitter, em que posição os pilotos se encontravam. E o pior: a conexão no autódromo era péssima, então eu só via o Kimi perdendo posição atrás de posição sem saber o motivo. Até que ele sumiu e o desespero bateu forte. De onde eu estava, havia muita neblina e a chuva piorava muito a visibilidade. Eu não via o Kimi. Ele podia ter batido, abandonado, sei lá! Mas alguns momentos depois - que pareceram muitos minutos para mim, por sinal - ele decide aparecer, em último, inteiro e pisando fundo. No telão lá longe surge a imagem que virou a piada do final de semana, o finlandês perdido no meio do traçado antigo de Interlagos, fazendo a meia volta e pegando a contra mão sobre a grama para voltar à corrida. 

O alívio se manteve até o final da corrida e aumentou com o abandono de Hamilton, pois assim, nosso terceiro lugar estava garantido. Após dois anos fora da F1, correndo no WRC, o Iceman era o terceiro colocado do campeonato, calando uma legião de ignorantes que o julgavam e o viam como um bêbado, campeão circunstancial de 2007, mal humorado e mal educado que só fazia soltar foras e piadinhas nas coletivas de imprensa. Um décimo lugar em corridas nunca foi tão comemorado. 

 A foto acima foi escolha da Pry e devo dizer, não poderia ter sido melhor. O sorriso nos rostos destes caras mostra como 2012 foi um ano especial para a Lotus - GP do Brasil 2012

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Pry, seu texto ficou ótimo!!! Descreveu claramente tudo o que nós passamos durante o fim de semana em Interlagos, mesmo estando em setores diferentes. Preocupação, medo, ansiedade e no final, a alegria por um terceiro lugar que para ele pode não ter valor, mas que para nós tem toda a imortância do universo!!!

Amiga, muito obrigada pelo texto, pela participação e é claro, pelos momentos compartilhados em Sampa este ano! Foram curtinhos, mas adorei poder te conhecer pessoalmente...finalmente!!! rsrsrs...

Beijinhos, Ludy