Vida além da F1
Kimi põe em dúvida seu futuro na F1: “Há coisa mais legais para fazer”
Terceiro colocado no Mundial, finlandês diz que não se importa se for campeão sem vencer GPs
Lucas Berredo, de São Paulo, e Vanessa Ruiz, de Cingapura
20/09/2012
Mesmo na briga pelo título, Kimi Raikkonen diz não saber sobre seu futuro na F1. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, o finlandês reiterou os elogios à Lotus, sua atual equipe, mas se mostrou evasivo em relação à permanência na categoria a partir do ano que vem.
“Nunca se sabe. Há muitas coisas legais para fazer além da F1. Temos algumas alternativas e vamos ver o que acontece”, disse Raikkonen.
“Sempre disse que não preciso da F1 e, quando sentir vontade de fazer outra coisa, vou fazer. Por enquanto, estou curtindo. Estou em uma boa equipe e com boas pessoas para se trabalhar. Vamos ver. Há muitos tipos de corrida e coisas normais na vida fora da F1, então vamos esperar e ver”, acrescentou.
Terceiro colocado no Mundial, Raikkonen não estabeleceu expectativas para a prova em Cingapura. Citou o retrospecto ruim da Lotus no ano passado, mas também ressaltou o bom rendimento do E20 em circuitos travados, como Mônaco e Hungaroring. Na Hungria, o finlandês cruzou a linha de chegada a apenas 1s032 de Lewis Hamilton, da McLaren.
“Vamos tentar. Não será fácil e temos que ver se estaremos melhores do que nas últimas duas corridas. Nunca estive com a equipe aqui. No ano passado, eles tiveram uma vida difícil, mas agora é uma história diferente”, argumentou Kimi, que nunca pontuou em Marina Bay.
“Vamos saber muito mais após amanhã [treinos livres de sexta-feira], mas normalmente este ano tem ido bem nesse tipo de circuito, então espera que assim seja o caso. Mas, como disse antes, as últimas duas provas não foram fáceis; é um layout diferente aqui, nunca se sabe”, acrescentou.
A 38 pontos do líder Fernando Alonso na briga pelo título, Raikkonen não descarta a possibilidade de se tornar campeão mundial sem vencer uma única corrida. Com seu usual discurso arredio, o finlandês disse que o importante é acumular o maior número de pontos, e não a forma com a qual a soma de tentos será obtida.
“Vamos tentar marcar mais pontos a cada prova e espero melhorar. Se acabar ganhando [uma prova], será ótimo, mas quem tiver mais pontos no fim do ano, merece vencer o campeonato. Se isso acontecer, é uma coisa boa para nós, mas se vir ou não com vitórias, não me importo”, disse.
Na história da F1, nenhum piloto se sagrou campeão mundial sem antes conquistar um único GP. Em 1982, Keke Rosberg venceu o campeonato com o menor índice de vitórias na história: uma em 16 provas (6,25%). Antes disso, Mike Hawthorn, com a Ferrari, conquistara o título de 1958 com uma vitória de um total de 11 GPs – índice de 9,09%.
Fonte: Tazio
A notícia acima é uma compilação do que Kimi falou durante a coletiva. Posto em português para facilitar para quem não lê em inglês.
Como eu disse, sobre esta questão de futuro, se tem uma coisa que aprendi, foi esperar. Kimi só vai nos falar quando decidir, então nem vou me estressar. Claro que tenho minhas vontades, mas elas não importam, então, só me resta esperar!
Sobre a questão do ter coisa mais legais para fazer, entendo o que ele quis dizer. A vida não começa e acaba na F1. Os anos de Kimi no WRC me ensinaram isto. E fora do automobilismo também. Há três anos eu estaria me desesperando ao ler algo assim, mas sinceramente, se Kimi chegar no final da temporada e falar, estou saindo de vez, não vou me surpreender, nem me desesperar. Entendo que uma hora isto vai acontecer e depois do que aconteceu em 2009, eu posso lidar com isto, sem problemas, porque desta vez ele sairá porque deseja.
Beijinhos, Ludy
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