Octeto Entrevista: As Diretoras do ORT - parte 1

Olá gente!!! Como prometido estou aqui para postar as perguntas que alguns de vocês nos enviaram para o Octeto Entrevista com as Diretoras.

Vou dividir a entrevista em duas partes, nesta semana e na quarta que vem! Então se as suas perguntas não estão aqui hoje, virã na próxima quarta. Esperamos que curtam! :)

Perguntas do André

1) Quando começou essa paixão pela velocidade e de que forma foi?
Ludy: Por causa do meu pai, que costumava assistir F1 antigamente. Ele acordava para ver as provas e eu ficava junto, perguntando tudo, querendo saber quem eram os pilotos. Ele curtia o Piquet. Hoje não assiste mais, deixou de ver quando Senna morreu. Não somente por causa do brasileiro, mas porque ele deixou de curtir mesmo, um pouco antes da morte do brasileiro. Continuando... a primeira vez que me lembro de entender o que era F1 em 89. Neste mesmo ano eu estive em Jacarepaguá, meu pai nos levou para ver os treinos livres do GP do Brasil. Lembro-me perfeitamente de estar nas arquibancadas de Jacarepaguá e ver Senna cruzar com sua McLaren. Inesquecível. E de 89 para cá não parei mais... rsrsrs

2) De quem foi a ideia de canalizarem o gosto pela velocidade em um blog e compartilhar todo esse sentimento com a comunidade virtual?
Tati: Oi André... olha você fez a pergunta para a pessoa certa, já que fui eu que tive a idéia! Modéstia parte, boa ideia não!?! Hehe Bom, na verdade, antes do Octeto deste jeito que ele é, a Ludmila e a Lu haviam tentando fazer um blog de automobilismo, mas que não seguiu. Tempos depois, isso após o final da temporada 2007, mas exatamente em 04 de novembro, eu tive a ideia de criarmos um blog: eu, Ludmila, Luane e a Vivian. Erámos 4 amigas e 4 apaixonadas pelo esporte e por nossos pilotos. Era uma “receita” diferente do que estava sendo feito até então (ou seria até hoje?!) mesmo pelas mulheres. Desde o início nos propusemos a produzir algo diferente, ao nosso estilo... acho que agradou porque cá estamos depois de quase 5 anos.

3) Além da preferência por um determinado piloto do grid atual, explícita em grande parte dos posts do ORT, tem algum outro piloto que se destaca na mesma proporção?
Lu: Meu grande amor foi o Jacques Villeneuve. Passei minha adolescência torcendo por ele e aprendendo sobre F1 por conta dele. Vibrei com o campeonato de 97 e sofri nos seguintes. Mas aprendi muito e ganhei muitos amigos, principalmente a Ludy e a Tati, por conta do Jac.

Perguntas do Carlos 

1-Sempre existe todo ano mudanças de regulamentos podendo haver aumento de custos. Vocês defendem um regulamento com regras claras e regulamento tendo um prazo de três a cinco anos depois pode fazer uma mudança com fim deste prazo? 
Ludy: Sim, concordo que o regulamento deveria ter regras claras, para evitar interpretações cheias de segundas intenções e depois aquele monte de reclamação que sempre vemos uma equipe ou outra fazer em todo início de temporada. Projetistas como Newey e Brawn são espertos e sempre dão um jeitinho de criar algo novo, o pulo do gato, eu diria. Regras claras, sem margem para outras interpretações seriam perfeitas, mas duvido que um dia aconteça algo assim na F1. rsrsrs... A parte orçamentária é mais delicada, mas acho que as equipes precisam encontrar um denominador comum para isto, porque é de dar tristeza ver uma equipe como a Hispania no grid.

2- Se vocês fossem investidoras, para investir na F1 qual é o grau de confiança de vocês? 
Tati: Oi Carlos, meu grau de confiança na F1 para investir?! Bom, acho que tudo dependeria como eu iria investir. Se eu quisesse somente aparecer escolheria qualquer uma das equipes, exceto a Marussia e HRT... hehe Porque estar em um carro de F1, ainda que de uma equipe pequena ou média, já valeria muito a pena. Agora se eu quisesse aliar minha marca ao sucesso, vitórias e conquistas, neste caso, minha confiança de 100% só estaria para McLaren, Red Bull e Ferrari, que apesar de estar bem capenga nos últimos tempos, é sempre Ferrari e tem um Midas (leia-se Alonso) na equipe. 

3-Ecclestone está matando a F1 aos poucos? 
Lu: Vou causar no que vou dizer mas, não ele não está matando a F1. Sem Ecclestone acho que hoje não teríamos a F1 do tamanho que ela é. Sim, ele tem ideias estapafúrdias e ganha uma nota em seus “negócios”, mas pelo pensamento megalomaníaco e empreendedor do baixinho que a F1 é do tamanho que é hoje. Ele pesa a mão muitas vezes, mas é inegável o bom trabalho que fez pela categoria, que nas mãos só dos clubes não seria tudo isso. Sejamos sinceros, nós gostamos da F1 por inteiro e do jeito que ela é. Gostamos do luxo e da dinheirama. Eu não sei vocês, mas eu não acordo de manhã para ver corridinha e com carrinho.

Perguntas da Paula 

Ludy, em uma entrevista Kimi disse uma vez que nasceu na época errada, que ele gostaria de correr com os caras dos anos 70. Você concorda com o Iceman? Como você imagina a carreira dele correndo naquela época? 
Ludy: Eu concordo com ele sim. Kimi não tem a personalidade para a F1 atual. As pessoas o julgam o tempo todo. Claro que ele também seria julgado se tivesse vivido na F1 dos anos 70, mas seria aceito com muito mais naturalidade, acredito. Isto fora das pistas. Dentro das pistas acho que o talento não seria problema. A forma como ele se adaptou à simplicidade do WRC meio que comprova o que falo, porque nos anos 70 a F1 era bem mais simples tanto como competição quanto no convívio com as pessoas e profissionais do meio. 

Lu, muita gente que gosta de F1 acha que a categoria tem perdido a graça, comparando com os anos dourados (70 e 80). Você concorda? Se concorda, o que você acha que está faltando nessa atual F1?
Lu: Eu acho que não dá para comparar porque são épocas diferentes, regulamentos diferentes e principalmente mentalidades diferentes. Quando olhamos Gilles nos rasgamos porque nenhum piloto mais pilota e arrisca como ele. A punição do Vettel na Alemanha seria descabida na época de Gilles. Gilles ultrapassava daquele jeito e de outros mais ousados uma vez por GP se bobear. Mas Gilles também morreu na pista e hoje ninguém mais morre. A mentalidade dos pilotos é diferente em todos os aspectos e é produto do nosso tempo. A cada época pilotos e humanos condizentes com sua época. Hunt era glorificado, Kimi é bêbado. No estilo de pilotagem e de disputas segue a mesma regra. Todos nós, mesmo em nossos trabalhos somos cada vez mais “profissionais” e minimizamos os riscos. Na F1 não seria diferente. 

Tati, você é fã do Alonso e pode dizer que acompanhou a carreira de um dos gênios da F1. Mas se você pudesse ter acompanhado a carreira de mais 2 gênios, quais seriam os nomes? Por que? 
Tati: Oi Paula, hum.. que difícil!!!! Hehehe Bem, na verdade eu gostaria de ter acompanhado vários pilotos, por isso acabei escolhendo 3 porque somente 2 seria complicado (rsrs): Prost, Senna e Piquet. Gostaria de poder saber qual deles seria o meu escolhido! Em outros tempos, nunca haveria dúvida que meu preferido seria Senna, mas hoje, após tanto de vivi como fã da Fórmula 1, já não tenho tanta certeza assim. Claro que existem outros igualmente geniais, mas estes 3 me fazem ter nascido um pouco antes para poder ter aproveitado cada disputa. De qualquer forma, não tenho do que reclamar, pois escolhi um que é igualmente gênio, o melhor que vi correr na minha vida! Sem falsa modéstia... eu tenho bom gosto! hahahaha 

Perguntas do Brian 

Ludy: Se você ganhasse um prêmio da Genii (Lotus Renault) e tivesse que escolher entre as 4 opções abaixo, qual seria sua escolha e por quê? 

- passar uma semana na Suíça e cobrir (na visão de fã e jornalista) o dia a dia de Kimi fora das pistas, com direito a um Jantar de despedida; 
- dar 20 voltas num F1 com assento duplo e Kimi pilotando em Spa-Francorchamps; 
- cobrir os bastidores da equipe Lotus num final de semana de Grande Prêmio; 
- entregar o troféu de Bicampeão do Mundo para Kimi Raikkonen no pódio do GP Brasil; 

Ludy: Pô Brian, você foi mau comigo hein?! Rsrsrsrs... Olha, todas as opções são altamente tentadoras, perfeitas eu diria, mas vou ser a mais sincera possível, a última opção é a minha escolha. Sempre falo que acho muito injusto Kimi só ter um campeonato mundial quando tem talento para ser pelo menos tricampeão. Portanto, entregar um troféu de bicampeão do mundo para ele no pódio do GP do Brasil seria o momento mais bacana e inesquecível para mim. Mas daí você, é claro, vai querer entender melhor o motivo desta escolha. Simples, quero que Kimi seja sempre feliz na F1 (porque ele merece) e tenho certeza que ele ainda deseja um título, pelo menos mais um. E Kimi feliz é Ludy feliz. E te garanto, Kimi campeão do mundo novamente seria uma felicidade que eu nem eu mesma saberia explicar em palavras. :)

Tati, em uma entrevista para o Blog Octeto em 2009 você comentou assim sobre a ida de Fernando para a Ferrari: "Alonso estar lá para mim é quase como se eu estivesse indo contra meus ideais! Sempre critiquei a Ferrari! É quase que como uma coisa natural da minha parte, simplesmente porque não gosto do time" e no final da resposta completou : "Não terei vergonha de daqui há um ano dizer que minha visão sobre a Ferrari mudou, mas por enquanto é assim que penso. Só Alonso mesmo para me fazer “torcer” por uma Ferrari (a dele exclusivamente). hehe". Hoje a sua opinião mudou? Se não, qual acha que deveria ser a equipe ideal para Alonso ? 
Tati: Oi Brian!!!! Aii... infelizmente (ou seria felizmente?) minha opinião sobre a Ferrari continua a mesma. Não aguento a Scuderia. Sabe uma coisa que me IRRITA MUITO na equipe (é uma bobagem...eu sei,rs) ?! TUDO é da Ferrari: guardanapo, copo, colher, garfo, toalha, terno, gratava, se duvidar até mesmo o fogão deve ser personalizado. Isso me estressa!!! Hehehehehehe Agora, falando sério, não nada mudou Brian, o que me faz ter algum respeito pelo time é mesmo o Alonso, que ano após ano carrega o nome FERRARI nas costas com seu talento e competência. Se dependesse somente do Massa, a Ferrari seria lembrada apenas pelas glória do passado. 

Lu: Como você está vendo o desempenho de Nico na Mercedes e sua disputa com Michael Schumacher ? Ele precisava de um aprendizado numa equipe grande. Acha que já chegou a hora de partir para um time que lhe dê uma carro vencedor ou o momento da Mercedes ainda vai chegar ?
Lu: Eu esperava (e ainda espero) que a Mercedes seja uma equipe grande. Já melhorou um bocado de 2010 para cá e o plano dos alemães é vencer valendo a partir do ano que vem. Eles ainda estão dentro do prazo. Acho que Nico combina bem com a equipe e o modo como ela funciona. Garantiu o espaço dele no time dentro da pista e com resultados enquanto todos falavam da volta estrondosa do Schu. Nico está aprendendo, já venceu, está curtindo uma fase mais amarga nos últimos GPs, mas é um baita piloto e vai disputar título em breve. 

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Bom galerinha! Estas foram as perguntas enviadas pelos leitores André, Carlos, Paula e Brian. Aproveito a oportunidade para agradecê-los por terem participado da nossa brincadeirinha aqui! : Valeu queridos! :)

Na próxima quarta-feira estarei de volta com o restante das perguntas. Aguardem!!! :)

Beijinhos, Ludy

Comentários

Anônimo disse…
Obrigada meninas!
Ludy, adorei sua resposta à minha pergunta; Lu, concordo com vc tb. Tati, é muito bom quando a gente pode ter orgulho por quem torce né? Eu tb morro de orgulho, do Kimi, e de outro piloto que vc sabe quem é... kkkkkkk Adorei!!!

P.S: A pergunta do Brian pra Ludy foi genial! E concordo com vc Ludy, apesar das outras opções serem tentadoras. Bjusss!!!

(Paula Ferraz)
Julie disse…
Oi meninas!!

Gostei muito dessa entrevista. Legal conhecer um pouco mais de como surgiu essa paixão de vocês pelo automobilismo, e percebo que segui mais ou menos o mesmo caminho.
Quando morava no Rio, ainda criança, gostava de assistir o Piquet correr, mas infelizmente nunca tive a oportunidade de ir ao autódromo de Jacarepaguá para vê-lo correr. De lá pra cá, nunca mais parei de assistir as corridas, e a Fórmula Um faz parte da minha vida.

Ah, Tati, você tem realmente um ótimo gosto para pilotos, não sei o porquê! rsrsrrs

Bjinhos, meninas, e parabéns pelo ótimo trabalho!

Julie

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