Sobre Fernando Alonso e sua genialidade!

Olá amigos,

Boa noite! Noite fria aqui no interior do Mato Grosso, uma raridade para os lados de cá. Raridade, aliás que não para por aí.

Todo mundo já sabe aqui no Octeto que quando o assunto é F1 no Brasil, eu fico de pé atrás, inclusive com os jornalistas. Só que hoje por total acaso, pois não acesso o blog do Felipe Motta, vi um texto escrito dia 26 de Março. Texto aliás, que reproduzo aqui, para quem como eu, que ainda não tinha visto.

A genialidade de um certo Fernando Alonso

Eu costumo usar a segunda-feira pós-GP para fazer as já tradicionais “Considerações”. Nesta semana, será diferente. Como o Grande Prêmio da Malásia foi repleto de destaques e personagens farei textos diferentes para cada momento. Não posso deixar de começar com o mestre Fernando Alonso.

O espanhol tem o quê nas mãos? Um carro ruim! E o que ele fez? Venceu e assumiu a liderança do Mundial. Sabemos que, se a Ferrari não melhorar, essa liderança durará pouco, mas não podemos ficar sem falar sobre a genialidade que ele apresenta fim de semana sim, fim de semana….sim.

Arrisco-me a dizer que, se a F-1 fosse o tênis, Alonso dominaria o ranking como um Roger Federer no auge. Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Jenson Button poderiam ser chamados de grandes rivais, como “Nadais”, “Djokos” e “Murrays”, e que certamente teriam os seus momentos quando Alonso sentisse o baque ou uma má fase. Mas no melhor da forma, ele é o cara.

Não tem muito mais a ser dito. Alonso tem a incrível a habilidade de ficar vivo na classificação de um campeonato mesmo quando o carro é pior que o dos rivais. Em 2010, somou pontos na primeira metade de forma regular, para na segunda parte crescer, virar e por pouco não ser campeão, mesmo com carro inferior às Red Bull. Ou seja, já é uma lenda do esporte.

Em Sepang, Alonso esteve impecável. Largou bem, atacou quando podia, foi paciente quando necessário e teve a estrela que costuma sempre acompanhar os ídolos.

Na parada coletiva nos boxes, beneficiou-se de Hamilton ficar preso, esperando o tráfego passar (em especial Massa), e soube dar o bote em Sergio Perez na hora certa. Controlou a corrida e venceu de forma mais que merecida.

Hoje, já está em Maranello para tentar de todas as formas ajudar a Ferrari a recuperar-se no Mundial, o que mostra ser obstinado e incansável no que faz. Gostaria muito de ver a Ferrari melhorar um pouco para que ele consiga estar na briga sempre.

O talento de Alonso o coloca em cima de todos. Muitos destacam que ele está destruindo Massa, mas, se pararmos para pensar, ele se projeta acima da própria Ferrari, que não o tem acompanhado em seu talento. E um piloto conseguir se colocar acima da uma equipe como a Ferrari é algo apenas para os mitos, galeria da qual Alonso já faz parte.
(fonte:http://blog.jovempan.uol.com.br)

Às vezes, quando eu paro para pensar tudo que já passei como torcedora do Alonso nestas 7 temporadas, percebo que sempre há a possibilidade de algo mais... especial. E este tem sido um momento especial...

Eu nunca tive vergonha de contar com passionalidade sobre os meus sentimentos para vocês, e hoje não será diferente, e se fosse, aqui não seria o Octeto. Portanto, digo de coração aberto que já nas primeiras linhas do texto escrito pelo jornalista brasileiro meu coração apertou e as lágrimas caíram dos meus olhos.

Não chorei porque achei lindo o que ele escreveu, apesar de ser, mas porque é como se passasse um longo e bonito filme na minha cabeça. Foram tantos altos e baixos como alonsista (mais baixos inclusive) para hoje ver alguém dizer que Alonso já é um dos grandes e colocá-lo na categoria de mitos do esporte. UAU! Eu já sabia disso, mas, ouvir e ler isso é sempre melhor.

A conquista de domingo foi muito além de mais uma vitória no currículo de um piloto já bicampeão do mundo e vitorioso, foi o passaporte definitivo e irrefutável para o Hall do maiores deste esporte.

Motta falou com mais talento, naturalmente por saber escrever (apesar de discordar dele em diversos aspectos, acho que ele tem um talento incrível para escrever como poucos), o que nós alonsistas dizemos há séculos: a Ferrari não está a altura do espanhol. Na verdade, sim, o asturiano está acima da Ferrari, e muito.

Desde de domingo tenho cá pensado com meus botões sobre tudo isso que tem acontecido com Alonso, com a Ferrari e com a carreira dele. Li no blog do Capelli, se eu não estiver enganada, algo que ficou na minha cabeça. Ele disse algo como: Fernando é um grande piloto que está sempre no lugar errado, na hora errada. Na hora que li isso, meu primeiro instinto foi concordar e dizer alto: " é isso mesmo!". Mas hoje, e depois de ler tantas opiniões de torcedores alonsistas ou não, jornalistas e palpiteiros, já não sei se concordo muito e vou explicar por que.

O que faz um piloto de F1 ser um grande piloto, um lenda do esporte ou um mito? Títulos, recordes, vitórias? O que? Se fôssemos dizer que são estas coisas, como Senna é até hoje, mesmo após 16 anos da sua morte, considerado como o melhor de todos os tempos. Como diríamos que Gilles Villeneuve é um mito das pistas mesmo tendo apenas 6 vitórias e nenhum título mundial? E isso em tempos de Michael Schumacher com 7 campeonatos e todos os recordes possíveis; isso em um momento em que surge um novo Schumacher, que é visto como o próximo quebrador de recordes? Como?

Tenho pensando, e temido (confesso), que talvez o destino do Alonso seja este: estar no lugar errado, na hora errada. Apesar de frustante, há recompensas. Isso porque é com uma Ferrari RUIM que ele tem sido visto como gênio e tem sido posto ao lado de Senna e Gilles. E não por pilotar o melhor carro do grid. É justamente por ser, como disse Motta, um piloto que consegue se colocar acima da uma equipe como a Ferrari.

É claro que torço com todas as minhas forças para que ele seja tricampeão do mundo, tetracampeão, pentacampeão e quantos títulos forem possíveis, porque esta será a recompensa por todo o trabalho desenvolvido e por ser tão bom. E será injusto se pelo menos, mais um título não vier. Mas hoje, digo que se (e eu disse SE) Alonso não for mais campeão do mundo de F1, não será o fim do mundo. Depois de tantos anos de experiência e luta, percebo e sinto no meu coração que Fernando está acima disso! Ele não precisa mais de títulos ou vitórias no CV para provar de ser grande ou para estar lado de outros gênios... e precisa apenas de um carro. E isso ele tem.

Mágico, gênio, diferenciado, talentoso, especial, o melhor ... tanto faz, pois todos estes adjetivos que podem ser resumidos em apenas duas palavras no meu vocabulário: Fernando Alonso.

E ao Alonso eu digo: obrigada por nos dar esperanças e por nos mostrar que, mesmo quando tudo parece estar ruim, você encontra um jeito de nos fazer sorrir na tristeza e chorar na felicidade!!!!! GRACIAS! hehehe

Ao Motta, apesar das discordâncias, um parabéns. Literalmente, me fez chorar!

Bjinhus, Tati