Octeto entrevista: Rafael Ligeiro

Última quarta-feira do mês e cá estamos nós com mais um entrevistado para a nossa já conhecida sessão Octeto Entrevista. E o convidado de hoje é o colega de profissão, o jornalista Rafael Ligeiro, que conheceu nosso blog e depois de uma bate-papo via e-mail, acabei o convidando para ser entrevistado por aqui.



Este é o Rafael

1. Quem é Rafael Ligeiro? Fale um pouco sobre você. O que faz?
RL: Antes que perguntem, Ligeiro é sobrenome, não apelido! (Risos) Tenho 27 anos, sou publicitário e jornalista. Assino a coluna de automobilismo chamada Papo Ligeiro desde 2002. São quase 300 textos publicados nesse período em veículos de comunicação do Brasil e do Exterior. Para ser sincero, sempre me enrolo com o número de sites... Acho que já foram 60. Mas aproveitem para visitar papoligeiro. Por lá vocês poderão conferir alguns dos sites que contam com Papo Ligeiro, links às colunas e alguns detalhes dessa trajetória.
No âmbito pessoal, confesso, não tenho o hábito de me descrever. É difícil ser preciso. Sobretudo em uma entrevista. A tendência é que cometamos elogios em excesso... (Risos) Mas creio que personalidade é algo bem menos importante que conduta. Prova disso é que temos amigos de todos os jeitos: tranquilos, “estouradinhos”... Mas criamos identidade por conta da amizade que nos oferecem. Embora não seja um santo, não conheço pessoa nesse mundo que seja, procuro ser correto em qualquer coisa que faça.

2. Como começou a sua história com a F-1?
RL: Em 1993, quando tinha oito anos. Eu já havia assistido a algumas corridas antes, mas foi a partir desse ano que meu carinho por automobilismo aflorou. Não faço a menor ideia do que me levou a começar a ter interesse pelo esporte. Mas valorizo bastante esse sentimento que me leva a madrugar ou não dormir um pouquinho mais para assistir às corridas.



3. Qual o seu piloto preferido ou equipe do coração?
RL: Para ser sincero, não tenho equipe do coração no automobilismo. Mas gosto de muitos pilotos. Posso dizer que Ayrton Senna foi o primeiro do qual me tornei fã, em 1993. Logo, também não houve como não gostar de Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet, que tantas glórias trouxeram ao nosso esporte. Quando era pequeno, não curtia muito a Alain Prost e Michael Schumacher, porque eram rivais de Senna. Mas logo aprendi a admirar gênios como eles. Gosto muito de Alessandro Zanardi. Ele é mais que um piloto: é um exemplo de superação. Já tive a felicidade de entrevistá-lo. E sempre admirei muito ao Gil de Ferran, um piloto técnico, extremamente competente e vencedor.
Sabe, vou falar algo que sei que os fãs de automobilismo vão entender: meu carinho por esse esporte chegou a um ponto que, muito além de ser fã de um piloto, respeito cada profissional. Torço para que ninguém se arrebente.
Além disso, aprendi a respeitar os pilotos brasileiros no Exterior. Nada menos que 30 conterrâneos nossos já disputaram provas na Fórmula-1. Seis venceram. Para muitos, os outros 24 não valem muita coisa. Como se chegar à Fórmula-1 não fosse um mérito. O caminho até lá é muito difícil.
Existem algumas pessoas que não compreendem o fato de ser fã de um ou outro piloto. Honestamente, eu é que não as entendo. O fato de ser jornalista não faz com que você vire um robô. Seus sentimentos não morrem. Inclusive torço pelo sucesso de todos os pilotos brasileiros lá fora. Apesar desses pontos – e de ter total liberdade para escolher o que vou escrever, sempre busquei ser analítico e imparcial. Procuro ser justo em meus conceitos. Quando cometo um erro é por incompetência. Não por má fé.

4. Como você vê a situação do cenário nacional em termos de pilotos? Independente de categoria, o Brasil tem futuro no automobilismo mundial?
RL: Um ano atrás, escrevi um texto onde afirmava que, embora existissem pilotos de talento, não havia um brasileiro da jovem safra que me impressionava. Desses que você jura que vai chegar à Fórmula-1 e arrasar. Alguns pilotos nossos progrediram nesse tempo e obtiveram grandes resultados. Caso do Felipe Nasr, que foi campeão inglês de Fórmula-3 e que certamente será um dos destaques na GP2, nesse ano. É um piloto de futuro, que deu um belo passo em 2011. Mas não podemos achar que ele já carimbou o passaporte à Fórmula-1. Mais que resultados, ele, assim como qualquer interessado na Fórmula-1, precisa atrair a atenção das grandes equipes ou ter patrocinadores dispostos a banca-lo até lá. E, quando chegar lá, outras batalhas começam. A principal é para ter um equipamento que permita conquistar grandes resultados. Do contrário, o cara pode até chegar, mas permanece na categoria só por um, dois anos. Isso quando não é sacado no meio de um campeonato, substituído por um piloto cheio de patrocínios.
Na Fórmula-1, diria que o momento do Brasil é de desaceleração. Não há expectativas de título. Nem de vitórias, para ser honesto. Desde 2009, Felipe Massa não se adapta bem a um Ferrari. Para piorar, ao seu lado está um piloto extraordinário, capaz de levar o carro nas costas. Seu espaço na Ferrari é cada vez menor e, se não reagir, provavelmente terá de procurar outro time para 2013. Sergio Pérez é um nome forte por lá, até por questões, digamos, comerciais. Já Bruno Senna terá um duelo duro contra seu companheiro de equipe. Embora cometa alguns deslizes, Pastor Maldonado é muito veloz. Creio que será uma briga equilibrada, mas Bruno tem grandes chances de fazer uma temporada positiva, pois é bastante competente.
Na IndyCar temos um trio de muita qualidade. Rubinho precisava de novos ares. Adicionará muito à categoria e não está privado de grandes resultados. Não estranharei inclusive caso se dê bem em ovais, porque esse tipo de circuito exige um acerto perfeito, diferente de um misto, onde o piloto pode dar preferência a uns trechos da pista em detrimento a outros pontos. Rubinho é um ótimo acertador de carros e terá quatro provas para entender o Dallara da Indy antes do primeiro oval da temporada.
Dos demais, Tony Kanaan é um dos melhores do grid. Poderá brigar sempre pelas primeiras posições, sobretudo se o motor Chevrolet mostrar-se melhor que o Honda. Esse propulsor já é aparentemente mais econômico que o da marca japonesa, o que é ótima notícia em uma categoria como a Indy, que costuma ter muitas bandeiras amarelas e estratégias de corrida diferenciadas. Mas creio que a grande aposta para 2012 é Hélio Castroneves. Ele vem de uma temporada apagada, mas como franco atirador. Fez uma grande pré-temporada e a Penske será a equipe a ser batida nesse ano.
Apesar dessa boa perspectiva, penso que o momento da Indy para brasileiros é tão delicado quanto na própria F-1. Senão mais delicado. Isso porque os três pilotos que estão por lá já são quase quarentões. É preciso que bons e jovens nomes pintem por lá. Um piloto que gostaria de ver na Indy é o Lucas di Grassi.

5. Como você vê a participação feminina nas pistas e fora delas? Mulher e automobilismo formam uma boa combinação? O que você acha desta visão feminina sobre o esporte?
RL: Acredito que automobilismo e pessoas que curtam esse esporte é a grande combinação. Não importa sexo, raça, religião, nível social ou de escolaridade. Aliás, o nível social é fator a se levar em conta apenas quando você quer se tornar piloto. Você pode bancar o esporte, que é caro, com grana de patrocinadores. Mas costuma ser um pouco complicado consegui-los, sobretudo nos primeiros passos na modalidade. Por isso, é comum ver pais empregarem o dinheiro da família na carreira dos filhos. Daí o termo “paitrocínio”.
Existem muitas mulheres envolvidas em áreas administrativas de equipes e categorias do esporte a motor. Várias jornalistas. Até mesmo o número de pilotos mulheres parece crescer. Mas, ao menos nesse último ponto, ainda representam uma parcela muito pequena do total de pilotos. E isso influencia na qualidade. É matemática pura! Em qualquer atividade é mais fácil formar um profissional competente ao procurar em um grupo de cem pessoas do que ao se procurar em uma turma com apenas dez.
Além disso, não podemos ignorar a superioridade do homem no condicionamento físico. Isso fica evidente na grande maioria dos esportes. No atletismo, por exemplo, o recorde dos homens nos 100 metros rasos é de 9s58; já o das mulheres é quase um segundo maior: 10s49. Em categorias de Fórmula, o condicionamento é essencial, já que a força gravitacional é bastante forte. Talvez por isso boa parte das maiores conquistas de mulheres venha com carros “fechados”, como o vice-campeonato do Mundial de Rali para Michèle Mouton, em 1982, e a vitória de Jutta Klainschmidt no Rali Dakar, categoria carros, em 2001.



6. Se você pudesse escolher dois ou três nomes de pilotos que não foram campeões do mundo de Fórmula-1, mas que mereceriam ter sido, quais seriam?
RL: Stirling Moss e Gilles Villeneuve. Gilles teve uma ascensão meteórica na carreira: em questão de três, quatro anos, deixou as corridas de snowmobile para ser um piloto de primeira linha na Fórmula-1. Tem uma noção do que isso significa? E mais: proferir Gilles Villeneuve sem pensar em arrojo é o mesmo que falar em Vaticano sem imaginar, direta ou indiretamente, Papa ou catolicismo.
Claro, Villeneuve esteve um degrau abaixo de Ayrton Senna e Jim Clark, outros símbolos notáveis de pilotagem arrojada. Mas, assim como Senna e Clark, tornava situações adversas em instantes de magia nas pistas. Basta procurar por “Gilles Villeneuve driving blind” no You Tube. Você verá que ele conseguiu pilotar um Ferrari com a asa dianteira quebrada, no GP do Canadá de 1981. Até aí, nada muito estranho. Mas a asa prejudicava sua visão da pista. Ainda assim, pilotou por duas voltas. E com pista molhada.
Sobre Stirling Moss nem é preciso comentar muito. Conquistou três de seus quatro vice-campeonatos seguidos em uma época que havia um tal de Juan Manuel Fangio nas pistas. Além de ser um gênio do automobilismo, não podemos nos esquecer de que Fangio tinha forte apoio do governo argentino, algo que costumava garantir-lhe os carros mais competitivos da Fórmula-1.
Por fim, citaria Rubens Barrichello. Reconheço que muitos vão falar que é patriotismo... Mas é apenas minha opinião. Ele merecia um título pelo conjunto da obra. Ficar 19 anos em um ambiente como a Fórmula-1 é algo que impressiona. Mais que isso: os rendimentos que teve na época em que tinha carros medianos em mãos eram incríveis. Domingo passado, o Sergio Pérez fez uma corrida espetacular. E levou uma Sauber à segunda posição. Muita gente elogiou – e com razão. O Rubinho fez várias corridas semelhantes a do Pérez por times como Jordan e Stewart: GPs do Canadá de 1995, de Mônaco de 1997, da França de 1999...
Quando foi para uma equipe grande, Barrichello encontrou uma equipe que já estava formada em torno de Michael Schumacher. Por méritos do alemão que, além de ser um piloto incrível, largou uma situação confortável na Benetton para reconduzir a Ferrari às vitórias, em 1996. Ainda assim, Rubinho fez excelentes corridas, obteve bons resultados com muita constância e foi o companheiro de equipe mais competitivo na primeira passagem de Schumacher pela Fórmula-1.
Barrichello jamais esteve ao nível de Schumacher, Senna, Prost... Mas não o vejo nada distante de caras que foram campeões em sua época, como Damon Hill, Jacques Villeneuve e Mika Häkkinen.

7. Para um piloto ser completo, ele precisa ter quais qualidades?
RL: Não creio que o termo completo seja adequado, pois esse praticamente remete à perfeição. E perfeição é utopia, sobretudo em um esporte como automobilismo. Um piloto pode quebrar o recorde de volta mais rápida de corrida as 500 Milhas de Indianápolis durante 199 voltas. Mas, se na última curva ele cometer um deslize e abandonar, tudo aquilo terá valido praticamente nada. Aliás, quantas vezes o próprio Ayrton Senna não se tornou vítima de sua maior virtude, o arrojo?
O que posso dizer é que os grandes pilotos são essencialmente dedicados ao automobilismo e velozes. Muito velozes. Mas os gênios sempre possuem uma ou mais virtudes complementares. Nelson Piquet entendia muito de mecânica, algo que ajudou-lhe a extrair o melhor desempenho dos carros que pilotou. Alain Prost e Emerson Fittipaldi eram grandes estrategistas. Ayrton Senna conseguia tirar décimos de segundos onde poucos imaginavam que poderia tirar, assim como Michael Schumacher. Dá para acreditar que ele treinava até entrada nos boxes? Isso porque o alemão pensava que poderia ganhar um tempo em relação ao adversário naquela linha que determina o espaço do pit até a freada, quando acionam o limitador de velocidade.
Todo esse aspecto qualitativo também depende de resultados. É basicamente como aquele papo no futebol: “Time bom é o que ganha”. É sempre mais cômodo elogiar a um vencedor. Tome o Heikki Kovalainen como exemplo. Não acho que seja um fenômeno das pistas – e é bom que isso fique claro. Talvez sequer esteja entre os dez melhores da Fórmula-1 atual. Mas ele é mais constante atualmente que nos tempos de McLaren. É um piloto melhor que naquela época. Agora, poucos talvez notem isso, pois Kova está com um carro de fim de grid.

8. Além da categoria máxima do automobilismo, você acompanha alguma outra?
RL: Claro. Automobilismo não se resume à Fórmula-1. Busco acompanhar o maior número de categorias possível. Acompanho a IndyCar, os campeonatos de base no Exterior que contem com a presença de brasileiros, o próprio automobilismo nacional... Mas não posso negar que a Fórmula-1, de fato, é o assunto principal de minhas colunas. Uns 80% dos artigos que escrevi nos últimos dez anos é sobre a categoria do tio Ecclestone.
Até mesmo quando abordo uma categoria menor é visando a F-1. Suponhamos que meu próximo texto seja sobre Felipe Nasr. Claro que vou abordar o rendimento dele na GP2; mas também citarei o que ele precisa fazer para chegar à Fórmula-1, qual é o conceito de dado chefe de equipe sobre o trabalho dele, coisa do tipo.
Não posso negar que essa preferência pela Fórmula-1 é um vício de grande parte da imprensa. Seja a tradicional ou a segmentada em automobilismo. De qualquer modo, tenho um projeto que integrará o esporte a motor. Não posso contar ainda, mas envolverá de Fórmula-1 até o kart.

9. A temporada 2012 começou e, em duas provas, dois vencedores diferentes. O que achou do panorama que se estabeleceu nestas duas corridas?
RL: Para quem curte disputas, essas duas primeiras provas foram muito interessantes. Embora o número de ultrapassagens na temporada passada fora alto, quase 1500 em 19 corridas, Sebastian Vettel sobrou. Nesse ano, muita gente já chamou a atenção. Michael Schumacher e Romain Grosjean fazem belíssimos treinos. Fernando Alonso leva o carro nas costas. Sergio Pérez se mostra brilhante com pista molhada. Pastor Maldonado anda forte na Austrália, Bruno Senna na Malásia... São muitas variações. Que continue assim.

10. Qual equipe será campeã e qual piloto levará o caneco para casa?
RL: Adoraria saber. (Risos) Ainda é um pouco cedo para análises. Geralmente esperamos até a prova da Espanha para isso, por conta do circuito de Barcelona ser bastante seletivo e marcar o início da fase europeia. Mas podemos afirmar algumas coisas. Por exemplo, a McLaren encontrou um grande carro. É equilibrado, parece andar em trilhos. É o carro a ser batido nesse começo de temporada. A Red Bull foi a grande prejudicada por conta do banimento dos difusores soprados. Contudo, jamais podemos subestimar uma equipe com um orçamento alto e que conta com um gênio como Adrian Newey. Além disso, diferente dos últimos três anos, testes ocorrerão durante a temporada – sem contar aqueles que envolvem novatos, no fim do campeonato. Serão três dias, no circuito de Mugello, de 1º a 3 de maio. Isso ajudará as equipes na observação de alterações aerodinâmicas no lugar mais apropriado: um circuito.
É bem provável que o título de Construtores fique com uma dessas equipes. E o de Pilotos com Hamilton, Button ou Vettel.
A briga pelo posto de terceira força promete ser bastante emocionante. A Mercedes já mostrou ter um carro muito rápido, mas a durabilidade e o ritmo de corrida ainda precisam ser aprimorados. A Lotus parece ter um carro equilibrado e bom em corridas. A tendência é de evolução à medida que Räikkönen aprimorar sua readaptação e Grosjean pegar novamente ritmo de prova. Ele é rápido e agressivo, mas não podemos esquecer que ficou três anos longe da Fórmula-1 e não testou muito nesse tempo. Já a Ferrari não pode ser ignorada. Sobretudo porque tem um piloto que, repito, leva o carro nas costas. O F2012 precisa ganhar em aderência. Se isso acontecer, Alonso pode incomodar aos pilotos de McLaren e Red Bull.
Toro Rosso, Sauber, Force India e Williams também não estão muito distantes. A Williams, como esperado, teve um ganho significativo em relação a 2011, sobretudo por conta da troca dos motores Cosworth pelos Renault, que faturou quatro dos sete últimos títulos de Fórmula-1. E conta com pilotos motivadíssimos. A Force India tem um carro e uma dupla de pilotos bastante competitiva, assim como a própria Sauber, que tem um carro bastante resistente e um motor Ferrari que puxa bem. Por fim, a Toro Rosso, que conta com o bom motor italiano e dois pilotos que ainda precisam de quilometragem, mas que são bastante promissores.
Lógico que as diferenças entre os times irão se acentuar ao longo do ano. As mais ricas tendem a evoluir mais. Mas gostaria que o equilíbrio dessas duas corridas permanecesse. Seria ótimo ao espetáculo.

11. Michael Schumacher, Fernando Alonso, Sebastian Vettel, Kimi Räikkönen, Jenson Button e Lewis Hamilton. Seis campeões mundiais em uma mesma temporada. Defina cada um deles com apenas uma palavra.
RL: Cada um tem sua característica de pilotagem, números distintos. Mas creio que há uma palavra em comum para essa turma, muito mais importante que as diferenças: modelo. Esses pilotos certamente influenciam muitos garotos, sobretudo compatriotas, na busca por tornar-se um piloto de Fórmula-1.



12. Agora um momento para elogiar as mulheres que frequentam os paddocks da F1: monte o seu top five das F1 Ladies mais sexy.
RL: Essa é a melhor parte dessa entrevista! (Risos) A esposa do Kimi Räikkönen, Jenni Dahlman, é belíssima. Foi Miss Scandinavia em 2001. De pilotos citaria a finlandesa Emma Kimiläinen, a italiana Alessandra Neri, a inglesa Katherine Legge e a escocesa Susie Stodartt.
Há outras, mas como vocês pediram só cinco...




13. Como você conheceu o Octeto Racing Team?
RL: Pelo Google, acidentalmente. Procurava por outro assunto, o qual, confesso, não me recordo. Por não lembrar mais do assunto é sinal de que deveria ser muito importante... (Risos)

14. Estamos há quatro anos na blogosfera, se você pudesse definir o Octeto em quatro palavras, quais seriam elas?
RL: Leve. A linguagem do Octeto é leve. E descontraída. Mas gostaria de creditar as duas virtudes restantes a vocês, editoras do blog. Não que o Octeto não mereça mais elogios... Longe disso. Contudo, faço questão de ressaltar duas qualidades que notei em vocês. A primeira é carinho. Vocês gostam dessa atividade, o automobilismo. Isso é importante. Já a segunda... Diria que é a mente aberta. Vocês são acessíveis, humildes. Bem diferente de alguns colegas nossos. E não falo por colegas da grande imprensa, que na maioria dos casos são pessoas boas; falo por pessoas na tal blogosfera – e em sites do esporte, também. Há gente com condutas estranhas: faz meia-dúzia de postagens, caras e bocas em um videocast, enfia uns vídeos no You Tube e sai por aí crendo que pode ignorar um colega que tem um blog menor, acha que sabe tudo. Só falta sair por aí dizendo que entende mais que feras como Reginaldo Leme, Lito Cavalcanti, Lívio Oricchio, Flávio Gomes, Wagner González, Marcus Zamponi, Castilho de Andrade, João Alberto Otazú... Absurdo! Pessoas que esquecem favores que você presta. Parece até que ajudá-las não é nada mais que sua obrigação. Não se mostram dispostas a gentilezas. Já cansei de ver tudo isso acontecer.
Há apenas um modo para definir pessoas que agem dessa maneira: egomaníacos.
Não vou entrar no mérito da qualidade do conteúdo desenvolvido pela turma. Mas a tal de blogosfera, infelizmente, está marcada por gente deslumbrada. E deslumbrada por causa de... pageviews!
Em 2010, fui gestor e ajudei a desenvolver um site que, em apenas dois meses, conquistou 1,3 milhão de acessos. Agora eu pergunto: E daí? Um gestor é apenas uma peça. Não seria possível tal marca sem uma equipe esforçada e competente, que teve muito, mas muito mais méritos que eu. Sem se esquecer da peça ainda mais importante: o leitor. Sempre agradeça aos leitores que você tem, pois eles são mais importantes a você do que você a eles.
Existem pessoas deslumbradas em qualquer lugar, é verdade. Até em igrejas. Mas na área de automobilismo na Grande Rede... Tá enchendo! A turma deveria ter a mente aberta. Quem não dá assistência, abre concorrência. Precisamos nos ajudar.

15. O que você acha que o blog do Octeto trouxe de diferente para a sua forma de ver o automobilismo?
RL: Vocês não criaram o Octeto para aparecer, mas sim porque gostam de automobilismo. Isso fica evidente a cada post. Precisamos valorizar as pessoas que amam as atividades que desempenham. E se não for possível amar o que faz – porque nem sempre as pessoas atuam em áreas que gostam – ao menos se dedique incisivamente. Creia em um amanhã melhor e trabalhe para isso acontecer. Nunca se esqueça, sobretudo, do respeito ao ser humano.
Se todas as pessoas pensassem desse modo, não teríamos, por exemplo, tantas demoras para votações de projetos de lei extremamente indispensáveis ao País. Não teríamos tantos médicos pouco comprometidos com sua profissão, estúpidos e desprovidos de boa educação, que atendem aos seus pacientes como se estivessem prestes a marcar um bovino. Entre outros problemas.


Rafael, muito obrigada pela entrevista. Foi bem bacana ler as suas opiniões sobre automobilismo e em especial, a F1.

Galerinha, epsero que tenham curtido. No mês que vem a gente tem mais Octeto Entrevista para vocês! :)

Beijinhos, Ludy

Comentários

Rafael Ligeiro disse…
Olá, meninas!
Agradeço pelo convite. Foi uma honra ser entrevistado pelo Octeto.
Saudações das pistas!
Rafael Ligeiro
Olá Rafael!!!

Primeiramente obrigada por participar do nosso OE, segundo, muito obrigada pelas palvras para com o nosso Blog e nosso jeito de fazer o Octeto.

Quando começamos nesta jornada, éramos fãs de 8 oito, hoje aprendemos um pouco a fazer isso melhor, mas nunca perdemos o que sempre nos caracterizou: o amor e a paasionalidade! O dia que isso acabar, o Octeto tb acaba!! hehe

Parabéns pela entrevista! E obrigada!!

Bjus, Tati
Marilia disse…
Gostei da entrevista, me identifiquei em algumas partes.

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