"Kimi é o dono das atenções em Melbourne" por Livio Oricchio
Kimi é o dono das atenções em Melbourne
15/III/12
Livio Oricchio, de Melbourne
Amigos, impressionante o interesse que Kimi Raikkonen gera em todos, aqui no Albert Park. E essa concentração de interesse da imprensa no finlandês é apenas um reflexo de ele exercer o mesmo fascínio em milhões de torcedores no mundo todo.
Aonde ele vai há um sem-número do fotógrafos que o acompanha, bem mais do que seria de se esperar que alguém que foi campeão do mundo em 2007, dispensado por sua equipe, Ferrari, no fim de 2009, e está dois anos ausente da Fórmula 1. Na coletiva, apesar da presença de Sebastian Vettel e Jenson Button, dentre outros, foi quem mais recebeu perguntas, ontem.
Kimi tem carisma, apesar de falar muito pouco e ao menos aparentemente não se importar com ninguém, ainda que nunca seja indelicado com quem quer que seja.
Ontem participou da coletiva, à tarde, e depois respondeu a algumas perguntas em separado. Olha só o que disse: “Tive três estreias aqui na Austrália e todas com muito sucesso”, afirmou. “Como o carro da Lotus nos pareceu bom nos testes, dá para ser otimista para manter a tradição, embora prefira esperar a classificação, sábado (amanhã) e a corrida, domingo, para entender onde realmente estamos.”
Raikkonen referia-se a sua primeira corrida na Fórmula 1, em 2001, pela Sauber, depois de ter apenas pilotado carros da Fórmula Renault, nem mesmo da Fórmula 3. Com 21 anos, estreou com um sexto lugar. Já no ano seguinte competia pela bem mais estruturada McLaren e, também em Melbourne, conquistou o primeiro pódio, terceiro lugar. A estreia na Ferrari foi no Circuito Albert Park em 2007 e, com grande competência, venceu. “Agora na Lotus estou confiante (em outro bom resultado).”
Na coletiva, em que passou a impressão de sequer ouvir as perguntas, tal a distância sugerida por sua postura, respondeu sobre o circuito favorito: “Spa”. Houve quem dissesse que é porque há apenas três letras.
Eu também lhe fiz uma pergunta que acabou por gerar risos na sala. Kimi disse a um jornalista que nos dois anos ausente da Fórmula 1 não sabia de nada do que se passava na Fórmula 1 e tampouco assistia às corridas na TV. Questionei: “Por qual razão, então, você retornou?” Não demonstrou não ter gostado. “Tinha outras coisas para fazer em vez de assistir às corridas.”
Competiu duas temporadas no Mundial de Rali, sendo que no ano passado montou sua própria equipe e bancou a grande maioria das despesas. E foi dinheiro nesse projeto. Kimi falou mais: “O fato de não assistir às corridas não quer dizer que não goste do esporte. Se fosse o caso não estaria aqui”.
O que Kimi não respondeu foi que, apesar de ter ganhado muito dinheiro na Fórmula 1, na McLaren, Ferrari, seu caixa baixou bastante nos dois últimos anos. Só saiu dinheiro, com o rali e a empresa de gerenciamento da carreira de pilotos que é sócio com o inglês Steve Robertson.
Pela pessoa simples, sensível (faceta desconhecida da maioria) e desprendimento, não há como não torcer para Kimi fazer sucesso nessa sua volta à Fórmula 1, na Lotus. Penso, porém, que ao menos em corrida terá algumas dificuldades no início.
Fonte: blogs.estadao.com.br/livio-oricchio/ Dica: Tatinha
Ai, ai, ai...acho engraçado ler os jornalistas brasileiros dedicarem palavras bacanas, embora com críticas veladas, ao finlandês. Não me importo mais com o que eles pensam sobre Kimi não. 2009 encerrou este capítulo para mim. Mas posto o texto de Livio porque é centrado em Kimi e também é indicação da minha irmã.
Para encerrar, duas coisas, ele não gostou da pergunta mesmo. Leiam na transcrição da coletiva, que postei neste link, e entenderão o motivo. Eu também não gostaria. E a segunda coisa, esta simplicidade que o Iceman tem e esta atenção que ele chama por onde passa pode ser novidade para quem vê Kimi com o olhar distorcido pelo preconceito, eu, sempre vi. E garanto que a legião de fãs que ele tem concorda comigo.
Beijinhos, Ludy
15/III/12
Livio Oricchio, de Melbourne
Amigos, impressionante o interesse que Kimi Raikkonen gera em todos, aqui no Albert Park. E essa concentração de interesse da imprensa no finlandês é apenas um reflexo de ele exercer o mesmo fascínio em milhões de torcedores no mundo todo.
Aonde ele vai há um sem-número do fotógrafos que o acompanha, bem mais do que seria de se esperar que alguém que foi campeão do mundo em 2007, dispensado por sua equipe, Ferrari, no fim de 2009, e está dois anos ausente da Fórmula 1. Na coletiva, apesar da presença de Sebastian Vettel e Jenson Button, dentre outros, foi quem mais recebeu perguntas, ontem.
Kimi tem carisma, apesar de falar muito pouco e ao menos aparentemente não se importar com ninguém, ainda que nunca seja indelicado com quem quer que seja.
Ontem participou da coletiva, à tarde, e depois respondeu a algumas perguntas em separado. Olha só o que disse: “Tive três estreias aqui na Austrália e todas com muito sucesso”, afirmou. “Como o carro da Lotus nos pareceu bom nos testes, dá para ser otimista para manter a tradição, embora prefira esperar a classificação, sábado (amanhã) e a corrida, domingo, para entender onde realmente estamos.”
Raikkonen referia-se a sua primeira corrida na Fórmula 1, em 2001, pela Sauber, depois de ter apenas pilotado carros da Fórmula Renault, nem mesmo da Fórmula 3. Com 21 anos, estreou com um sexto lugar. Já no ano seguinte competia pela bem mais estruturada McLaren e, também em Melbourne, conquistou o primeiro pódio, terceiro lugar. A estreia na Ferrari foi no Circuito Albert Park em 2007 e, com grande competência, venceu. “Agora na Lotus estou confiante (em outro bom resultado).”
Na coletiva, em que passou a impressão de sequer ouvir as perguntas, tal a distância sugerida por sua postura, respondeu sobre o circuito favorito: “Spa”. Houve quem dissesse que é porque há apenas três letras.
Eu também lhe fiz uma pergunta que acabou por gerar risos na sala. Kimi disse a um jornalista que nos dois anos ausente da Fórmula 1 não sabia de nada do que se passava na Fórmula 1 e tampouco assistia às corridas na TV. Questionei: “Por qual razão, então, você retornou?” Não demonstrou não ter gostado. “Tinha outras coisas para fazer em vez de assistir às corridas.”
Competiu duas temporadas no Mundial de Rali, sendo que no ano passado montou sua própria equipe e bancou a grande maioria das despesas. E foi dinheiro nesse projeto. Kimi falou mais: “O fato de não assistir às corridas não quer dizer que não goste do esporte. Se fosse o caso não estaria aqui”.
O que Kimi não respondeu foi que, apesar de ter ganhado muito dinheiro na Fórmula 1, na McLaren, Ferrari, seu caixa baixou bastante nos dois últimos anos. Só saiu dinheiro, com o rali e a empresa de gerenciamento da carreira de pilotos que é sócio com o inglês Steve Robertson.
Pela pessoa simples, sensível (faceta desconhecida da maioria) e desprendimento, não há como não torcer para Kimi fazer sucesso nessa sua volta à Fórmula 1, na Lotus. Penso, porém, que ao menos em corrida terá algumas dificuldades no início.
Fonte: blogs.estadao.com.br/livio-oricchio/ Dica: Tatinha
Ai, ai, ai...acho engraçado ler os jornalistas brasileiros dedicarem palavras bacanas, embora com críticas veladas, ao finlandês. Não me importo mais com o que eles pensam sobre Kimi não. 2009 encerrou este capítulo para mim. Mas posto o texto de Livio porque é centrado em Kimi e também é indicação da minha irmã.
Para encerrar, duas coisas, ele não gostou da pergunta mesmo. Leiam na transcrição da coletiva, que postei neste link, e entenderão o motivo. Eu também não gostaria. E a segunda coisa, esta simplicidade que o Iceman tem e esta atenção que ele chama por onde passa pode ser novidade para quem vê Kimi com o olhar distorcido pelo preconceito, eu, sempre vi. E garanto que a legião de fãs que ele tem concorda comigo.
Beijinhos, Ludy
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