Sinto falta

Rubens: “Schumacher é divertido; às vezes, sinto falta de estar com ele”

Em uma entrevista ao jornalista Peter Windsor no programa pela internet “Flying Lap”, Rubens Barrichello falou sobre o seu relacionamento conturbado com o ex-companheiro de equipe Michael Schumacher.

Apesar das polêmicas dos tempos de Ferrari, o brasileiro explicou que gostava dos momentos de diversão fora da pista que teve com o alemão, mas que os dois não continuaram amigos depois que ele deixou o time italiano, no final de 2005.

“Nós nos distanciamos. Temos muito respeito um pelo outro, mas nossa relação acabou. Não somos mais amigos. Tivemos muita diversão juntos. Fora da pista, tivemos ótimos momentos juntos. O que posso dizer é que às vezes sinto falta de estar com ele, pois ele é um cara muito divertido fora da pista, e ele deve se sentir da mesma maneira.”

“Acabamos nos distanciando depois de tudo que passei e de quando resolvi deixar a Ferrari. Eu não teria uma chance lá, eles não me deixariam correr livre como em outras equipes. Com Michael, hoje, é apenas ‘oi’ e ‘tchau’”, afirmou o piloto de 39 anos.

Dentro da pista, a relação dos dois teve momentos bastante polêmicos, como o GP da Áustria de 2002, em que o brasileiro foi obrigado pela Ferrari a abrir mão da vitória depois de liderar toda a prova, deixando o alemão ultrapassá-lo nos metros finais.

Bastante tranquilo ao comentar o assunto, Rubens explicou que não se arrepende de nada do que fez naquela corrida e que acredita que o fato foi bom para mostrar a situação interna que ele enfrentava dentro da equipe.

“Naquele dia, mostramos ao mundo da F1 o que estava acontecendo há muito tempo. Apenas naquele dia, a F1 pôde saber. Por isso, eu sou satisfeito. Por causa daquele dia, muita coisa aconteceu depois e temos as regras hoje de ordens de equipe.”

“Tenho a taça em casa até hoje... Temos que ver o lado positivo daquele dia, e acho que foi mais positivo do que negativo.”

Na mesma temporada, em Indianápolis, a situação se inverteu, e Schumacher abriu mão da corrida no final. Os dois acabaram cruzando juntos, com Barrichello apenas por 11 milésimos à frente, em uma das chegadas mais apertadas da história da categoria. Segundo o brasileiro, a pequena diferença aconteceu por causa de uma grande confusão entre os dois.

“Para ser honesto, quando Michael tirou o pé, eu tirei também. Algo em mim me disse que eu não precisava daquilo. Então, ele diminuiu ainda mais. Fiquei confuso e acho que ele também ficou. Então, pensei: ‘Ele diminuiu ainda mais e não vou dizer não para uma vitória’. Esse foi o motivo para termos ficado tão próximos. Foi uma grande confusão.”

“O grande lance é que nunca conversamos sobre isso. Tenho a verdade comigo. Eu deveria ter deixado [a vitória] com ele, mas depois disso tudo, fiquei com ela, obrigado.”

Oito anos depois, correndo por Williams e Mercedes, os dois travaram mais uma capítulo desta relação no GP da Hungria de 2010, em uma ultrapassagem de Barrichello sobre o rival em que os quase bateram em plena reta dos boxes quando Schumacher tentou fechar o brasileiro.

“As pessoas me perguntam se eu senti mais prazer por ser ele. Digo que não, pois o grande prazer estava no fato de [a disputa] valer um ponto. Não importa se eram dez pontos ou um. Se fosse pelo 11º lugar, eu não lutaria da mesma maneira. E quando vi que era o Michael, pensei que seria mais divertido, pois ele é muito difícil de ultrapassar”, comentou.

Fonte: Tazio

É agora que começa: "amigos para sempre é o que nós seremos ser, nas horas tristes e momentos de prazer... laila lará la la?

Momento óin! Quando as entrevistas caem no saudosismo....

By Lu

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