Mais uma sobre o Bahrein

Ecclestone questiona desrespeito aos direitos humanos no Bahrein

Bernie Ecclestone disse que gostaria de conferir a questão humanitária no Bahrein. País que teve sua corrida cancelada na temporada de 2011 devido a graves questões políticas internas e falta de segurança para a F1, a nação árabe figura novamente no calendário de 2012, com GP marcado para 22 de abril.

Perguntado sobre o que pensa a respeito das denúncias de violação aos direitos humanos, como sobre a prisão de médicos que cuidam de manifestantes feridos, o chefão da F1 mostrou seu lado São Tomé e disse querer ver para acreditar.

"Você tem certeza disso? Você tem realmente certeza disso? Porque se for assim, está errado. Obviamente. Médicos são médicos. Eles estão ali para ajudar as pessoas, não importa quem. De fato, eles fizeram um relatório que dizem ser independente. O que o relatório dizia? Sim, há casos ou algo assim, mas eu queria ir lá. Gostaria de ir a uma prisão ou a um hospital ou qualquer coisa e perguntar: 'o que, de fato, aconteceu?'", disse Ecclestone ao jornal inglês ‘The Guardian’.

O dirigente disse que chegou a pedir às autoridades bareinitas para realizar tal ‘pesquisa de campo’, mas duvida que vá conseguir algum resultado. "Eles disseram: 'Sem problema'. O perigo é eles te pegarem em uma limusine, levarem para o melhor hotel, te levarem para jantar e te colocarem de volta no avião", comentou.

Apesar de se importar com a violação aos direitos humanos, Bernie negou ter intenção de interferir nos problemas internos do Bahrein. "Não importa onde você vá, no minuto em que sai do avião, no minuto em que entra no país de alguém, você tem que respeitar exatamente o estilo de vida deles. Sua religião, suas leis ou o que for. Não é correto ir ao país de alguém e querer mudar tudo. Não faça isso. Se você sabe que algo está errado, afaste-se", afirmou.

O dono da FOM completou com o caso da África do Sul. "Nós saímos de lá há alguns anos (em 1985) por causa do apartheid. Eu testemunhei coisas que aconteceram lá que me aborreceram. Eu pensei: 'Esse não é o jeito de seguir em frente'. Eu espero ir ao Bahrein e que não haja nenhum problema. Que a corrida aconteça, que o público esteja feliz e que não haja dramas. Isso é o que eu espero", desejou o dirigente.

Apesar de querer que o GP ocorra sem problemas, Ecclestone não descartou a possibilidade de deixar o Bahrein caso seja confrontado com provas irrefutáveis de violações aos direitos humanos. "Teríamos que pensar seriamente. Mas estivemos na Argentina quando houve grandes dramas. Também houve problemas no Brasil. Coisas ruins aconteceram lá. Eu acho que você pode olhar para qualquer lugar agora e não vai estar tudo bem. Não se pode usar a Inglaterra como padrão de que está tudo bem, pode? Nós também cometemos atrocidades terríveis", finalizou.

Fonte: Grande Prêmio

Boa entrevista. Bernie tem razão quando diz que não se pode "mexer" no país dos outros. Tem mesmo que ver de perto a situação nõ Bahrein até que se possa voltar.

E espero que voltem porque dos "GP novos", o do Bahrein é o que eu mais gosto.

By Lu

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