Coluna "O que elas pensam?" by Ludy



"Por qual equipe?" por Ludy Coimbra

Estava dando uma olhada em algumas das colunas que já escrevi no Octeto e me deparei com esta aqui, leiam primeiro antes de continuar meu texto.

Depois de lê-la, me perguntei: “Qual a minha equipe de coração da F1?” E a pergunta foi estranha, mas extremamente verdadeira, eu tenho dois amores: McLaren e Ferrari. Vou explicar.

Quando eu comecei minha história como fã da F1, Senna era o cara. Ele foi o primeiro piloto para o qual torci, foi com ele que descobri o mundo que hoje faz parte constante da minha vida, o capacete verde e amarelo dentro daquela McLaren branca e vermelha eram minhas duas referências de vitórias e felicidade.

Com a morte de Senna, me afastei, ao retornar, dois anos depois, me encantei pela Williams-Renault, linda, azul e branca que carregava com ela o canadense Jacques Villeneuve. Adorava aquele carro, aquelas cores, posso afirmar com certeza que as temporadas de 96 e 97 foram as mais felizes de toda a minha vida como torcedora de F1. Mas não era pela Williams que meu coração batia forte.

Só que o primeiro grande amor voltou. Kimi recolocou a McLaren em meu caminho. E desta vez ela vinha prateada. Amava a dupla que eles formaram. Era bom demais ter um piloto pelo qual torcia correndo pela equipe que eu adorava tanto. E foi proporcionalmente doloroso vê-lo deixar a minha equipe, aquela que Senna havia me ensinado a amar e Kimi tinha me feito gostar ainda mais, mesmo quando em momentos de derrota eu quisesse quebrá-la...rsrsrs.

E quando eu pensei que o time de Woking seria única equipe pela qual eu sentiria este carinho, Kimi mudou-se para a Ferrari. E é aí que relembro vocês sobre o que eu disse no texto “Ser Ferrari”. Quando falo sobre ver um piloto que eu torcesse correr pelas cores de Maranello. Pois é, aconteceu. E digo, não me arrependo do amor que dediquei a esta equipe, sua história e tradição durante 3 anos.

Realizei o sonho de ver aquela multidão vermelha feliz com os resultados do meu piloto favorito, passei pelo doloroso processo de vê-la o rejeitando, mas apesar de tudo, depois de ter vivenciado intensa e verdadeiramente o que é ser Ferrari, fico feliz que tenha acontecido.

Hoje, não torço mais para nenhuma equipe. Não sinto mais a necessidade. Ou no fundo, tenho é medo, já que os dois times que mais amei na F1, foram aqueles que pior me trataram como torcedora, foram os que mais me magoaram, apesar de também terem me dado momentos de extrema felicidade.

Mas ainda assim, estas duas equipes serão sempre as minhas preferidas na F1, passe o tempo que passar, aconteça o que acontecer. Serei sempre metade McLaren, metade Ferrari, parte inglesa, parte italiana, agradecida a Senna pela equipe inglesa ter entrado em minha vida e a Gilles Villeneuve por ter me feito me encantar com a Scuderia de Maranello. Terei sempre em mim um lado razão e o outro coração.

Beijinhos, Ludy

Comentários

Linda coluna! Como sempre!!!

Bjus, Tati

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