Octeto Entrevista: Regys Silva

Olá galerinha!!! Final do mês chegando e estou aqui para postar a entrevista do mês no Octeto Entrevista. E hoje o convidado é o superfã da Tyrell e da Williams, Regys Silva.

O papo com ele foi super bacana mesmo. Leiam porque tenho certeza que vão curtir!

Regys com uma Williams ao fundo...

1. Quem é Regys? Fale um pouco sobre você. O que faz?
R - Começando do começo, teve o big bang zilhões de anos atrás que deu origem aos planetas e... Ah, é sobre mim apenas né? Tenho 32 anos. Nascido e Morando em Fortaleza – CE, sou advogado, principalmente na área trabalhista. Pessoa tranqüila, que adora internet e gosta de jogar um videogame básico (de preferência FIFA ou F1) com os amigos. Gosto musical com base em Pop/Rock , e apaixonado por F1, Futebol e Olimpíadas.

2. Como começou a sua história com a F-1?
R - A primeira memória que eu tenho da F1 é de 86, com a vitória do Senna no GP dos EUA, logo após a eliminação do Brasil pela França na Copa do Mundo do México. Foi a primeira vez que ele fez o gesto de pegar a bandeira do Brasil e empunhá-la após uma vitória. Aquilo me marcou demais e daquele dia em diante não deixei mais de ver corridas.

A equipe do coração...

3. Quem é o seu piloto favorito? E a equipe do coração?
R – Então, O meu piloto favorito é o Senna mesmo, não tem como fugir. Foi ele que me passou o “vírus da F1” e que me fez assistir a esse esporte fascinante. Já admirei outros pilotos, como Mika Salo, mas favorito mesmo foi e sempre será o Senna. Já em equipe é um assunto meio longo. Nunca fui fã de equipe até a morte do Senna, torcia pela McLaren, mas por causa dele. Quando ele morreu, decidi torcer por equipes ao invés de pilotos, era muito mais prático e menos suscetível a decepções. No período de escolhas, se deu o último pódio da Tyrrell com Mark Blundell e fascinado por esse carro branco com poucos patrocínios, resolvi que ia torcer pela simpática equipe do Tio Ken. 94 ainda teve um momento único, no GP da Alemanha, Katayama largando fabulosamente do 5º lugar, passou Schumacher, Hill e Alesi pulando pra 2º lugar, foi demais!!! Provavelmente só eu achava que o Katayama tinha um futuro promissor naquela época. Mas a cena mais emblemática provavelmente foi no GP da Itália de 95, no sábado tinha prova de matemática do 3º ano do 2º grau, na mesma hora do treino de qualificação, claro que faltei à prova para ver o treino. A corrida foi épica, Salo se enroscou com o Panis na Variante Della Roggia na primeira volta, caiu pra último e numa recuperação sensacional, chegou em 5º Lugar!!! Eu pulei e gritei demais nesse dia. Foram os primeiros pontos da equipe naquela temporada difícil. Mas no fim de 1997 a triste noticia da compra da Tyrrell pela BAT, foi uma ducha de água geladíssima, no fim de 98, com o fim da equipe, vi que era hora de torcer por outra equipe. A escolhida foi a Williams, pela qual torço até hj. Torço pela Williams, mas de coração eu sou Tyrrell.

4. Como você vê a situação do cenário nacional em termos de pilotos? Independente de categoria, o Brasil tem futuro no automobilismo mundial?
R – A situação é crítica, com a presença somente de dois pilotos entre os titulares das equipes (Barrichello e Massa), sendo que a aposentadoria do Barrichello é iminente e com o Massa provavelmente perdendo seu lugar na Ferrari, o cenário futuro da F1 para pilotos brasileiros, nesse momento, é sombrio. O Brasil tem futuro sim no automobilismo mundial, mas ele passa necessariamente por um fortalecimento das categorias de base e mais apoio por parte da CBA e por parte de patrocinadores.

5. O que você está achando do campeonato 2011 até agora?
R – Depende da visão... Pelo lado “convencional” está sendo todos vs Vettel, porque ele tá pilotando muito e tem o melhor carro da F1 atual, e nesse ritmo, ele leva o bicampeonato fácil. Pela visão de “torcedor”, está uma autêntica tragédia, com a Williams se arrastando no meio do pelotão e sem perspectiva de melhora, vai um ano lutando pela sobrevivência, de novo.

Simona durante os treinos para Indy 500, que acontece neste fim de semana

6. Como você vê a participação feminina nas pistas e fora delas? Mulher e automobilismo é uma boa combinação? O que você acha desta visão feminina sobre o esporte?
R - É a prova de que não importa qual sexo é o seu, se você for competente pode falar de qualquer assunto, incluindo F1 e Futebol, que são supostamente feudos masculinos. Dentro das pistas anda meio complicada a coisa para pilotos mulheres, mas temos uma excelente piloto, que é a Simona Di Silvestro.

7. Se você pudesse escolher dois ou três nomes de pilotos que não foram campeões do mundo de F-1, mas que mereceriam ter sido, quais seriam?
R – David Coulthard, Mika Salo e Juan Pablo Montoya

8. Para um piloto ser completo, ele precisa ter quais qualidades?
R – Pergunta complicada... Precisa ser ágil para pensar rápido em situações de limite extremo de ultrapassagens e inteligente para evitar manobras desnecessárias em momentos importantes da corrida, como a largada.

9. Além da categoria máxima do automobilismo, você acompanha alguma outra?
R- Costumava acompanhar a CART nos áureos tempos, no meio dos anos 90. Mas depois da confusão e da cisão, deixei pra lá. Se motovelocidade contar, eu acompanho a motogp.

10. No Brasil ao falarmos de automobilismo, especialmente de F1, há muito preconceito quando o torcedor revela sua admiração por um piloto estrangeiro e não um nacional. Como você vê esta situação?
R- Nossa, é terrível, chamam a gente de tudo e se bobear rola linchamento. Vide o GP do Brasil de 2008, quando eu vibrei com a perda do título do Massa para o Hamilton na última curva da última volta, me chamaram de tudo nesse dia. hehehe. O jeito é se acostumar com os doentes que não entendem a liberdade de torcer pra quem a gente quiser na F1, e seguir em frente.

ORT

11. Como você conheceu o Octeto Racing Team?
R- Conheci através de uma das componentes da equipe, a Luane. A gente já se falava nos chats da F1 via MSN, aí ela me apresentou o site.

12. Somos personalidades diferentes aqui no Octeto. Juntas, personalizamos o blog. Como você enxerga cada uma das “diretoras da equipe” mais louca do mundo do automobilismo?
R – Cada uma das componentes tem uma personalidade característica, a Tati em relação ao Alonso parece aquela mãe judia, defende o filho até a morte. rsrsrs. A Ludy é muito passional em relação ao Kimi e ambas têm o temperamento forte e não deixam barato qualquer ataque contra os seus queridinhos. Já a Luane é a mais calma e menos reativa das três. Mas tente falar da suposta orientação sexual do Rosberg... aí muda tudo, e ela vira o bicho!! hehehe

13. Se você fosse chefe de uma equipe de Fórmula 1 e pudesse contratar dois pilotos que fazem parte do Octeto Racing Team (Kimi Räikkönen, Fernando Alonso, Sebastian Vettel, Jenson Button, Nico Rosberg, Jarno Trulli, Jacques Villeneuve, Juan Pablo Montoya ou David Coulthard), qual seria a sua dupla e por quê?
R- Escolheria Villeneuve e Coulthard, enquanto o Ville é mais garra e coração, o DC é mais cabeça e tranqüilidade nas corridas. A Combinação perfeita!!!

14. Defina o Blog do Octeto em uma palavra.
R - Diferente

15. O que você acha que o blog do Octeto trouxe de diferente para a sua forma de ver a F-1 ou o automobilismo em geral?
R - Trouxe uma opinião mais feminina e sensível em relação ao mundo mal humorado do automobilismo (principalmente a F1), todo site devia ter uma coluna escrita por mulheres sobre F1, abrir a mente para novas maneiras de acompanhar a F1 sempre ajuda a dar uma visão diferente.

Bom galerinha, esta foi a entrevista com o Regys. Eu adorei, e espero que vocês também. Regys, muitíssimo obrigada por ter aceito fazer parte deste cantinho dos leitores aqui no Octeto. Adorei ler suas histórias e opiniões. Para encerrar só uma coisinha, a Lu só tem banca de menos reativa...eu e Tatinha é que sabemos!!! rsrsrs...

É isto galerinha, a gente se vê no final de junho, com mais um convidado ou convidada especial aqui no Octeto Entrevista.

Beijinhos, Ludy