Coluna: "O que elas pensam?" by Tati

Olá galerinha!!

Depois de solucionados os problemas do Blog, cá estou com a coluna "O que elas pensam?".

Vamos lá, então!!! Let's!

"O que elas pensam?": É preciso saber quando parar...

Michael Schumacher: homem vitorioso, famoso, heptacampeão e sempre um sinônimo de sucesso.

As três primeiras coisas que citei sobre Schumacher continuam valendo, mas será que o alemão realmente continua sendo um sinônimo de sucesso?!

Eu confesso que tenho lá minhas dúvidas. É claro que não que estou falando que ele é um exemplo de fracasso, nada disso (apesar de que a sua volta à F1 tem sido realmente um fracasso), mas acho que hoje Michael, mesmo sendo tudo o que citei, já não é exemplo de tanto sucesso como antes. Eu explico...

Quando deixou a F1 pela primeira vez, Schumi se aposentou com um vice-campeonato que por muito pouco não foi um OCTA. Saiu pela porta da frente, com honras e homenagens, como o maior vencedor de todos os tempos e só superado pelo então mais jovem campeão da história e prodígio Fernando Alonso. Ou seja, saiu no auge do seu sucesso e deixou saudades (não para mim, rs) na pista, no paddock e ... na Ferrari.

E hoje? O que temos?! Um piloto "velho" quando comparado a molecada que corre atualmente, um piloto que não tem mais desculpas de problemas nos pneus ou no simulador por tomar tempo do jovem companheiro de equipe, um piloto que era IDOLATRADO e REI na Ferrari virando apenas mais um motivo de piada para o Sr. Presidente (o "irmão gêmeo"), um heptacampeão que sequer é notado na pista, quando muito... é visto por ser ultrapassado por quase todos do grid (e vítima certa do Kobashow) ou em situações polêmicas, como Mônaco e Hungria 2010.

Sempre me pergunto por quê voltar!?!? Para se divertir?! Ora, para um cara poderoso, famoso e rico como ele, existem muitas outras opções - menos vergonhosas - de diversão.

Eu escrevo sobre este tema hoje porque esta semana li duas opiniões sobre o alemão, uma do Flávio Gomes (que todos nós sabemos ser defensor absoluto de Schumi) e outra do André Jung. Coloco uns trechos aqui:

FLÁVIO GOMES:

'Nada disso apaga o que Michael já fez na F-1. Mas se sua intenção ia além de se divertir, ele mesmo deve estar muito decepcionado. Quando a Mercedes anunciou sua contratação, muita gente acreditou que o heptacampeão poderia voltar a vencer corridas. Eu estava entre eles. Mas sempre acreditei que a prioridade deveria ser, mesmo, o lado pessoal. Vitórias seriam lucro.

O que estaria tirando a alegria de Schumacher nesta nova F-1? Andar atrás de Rosberg? Ser ultrapassado sem dó, nem piedade, por um monte de garotos imberbes? A zona que viraram as corridas?

É difícil decifrar a mente das pessoas. O que deve doer para um piloto como Schumacher é ler as bobagens que sobre ele são ditas e escritas. “Só ganhou com o melhor carro”, “nunca foi tudo isso”, “era um trapaceiro”. Nem sei se ele lê ou escuta, depois de uma certa idade a gente caga e anda para o que dizem de nós, mas é claro que devem chegar aos seus ouvidos, de alguma maneira, tais comentários desprovidos de qualquer fundamento, que têm como base unicamente a inveja e o ressentimento.

(...)

A esta altura de sua vida, qualquer pódio seria um prêmio para Schumacher, pelo conjunto da obra. E ele daria um enorme valor a uma taça, qualquer uma, que pudesse levar para casa depois dos 40."

ANDRÉ JUNG:

"Por falar em Schumacher, honestamente, acho que o cara deve estar arrependido. A molecada é muito rápida e ele não tem como acompanhar. Esse papo de "o Schumacher tá se divertindo" ou "o Schumacher não tá se divertindo" é bastante infantil.

F1 não é parque de diversão; vai brincar com as crianças e deixa as pistas pra quem tá afiado. Eu sou grande admirador do Schumacher, acho que ele foi o maior de sua época, mas as épocas são diferentes e, a cada uma, nasce uma geração pronta para aquele tempo. Hoje Schumacher está obsoleto; a adaptação de um Paul di Resta em sua primeira temporada é muito mais rápida do que todo esse processo de readaptação de Schumacher.

Johnny Herbert fez uma análise dura, mas bastante realista, ao tirar da idade, e do afastamento, as causas da defasagem do alemão. Ele apontou para o fato de que Kobayashi e Alguersuari, assim como Hamilton e Vettel, são pilotos formados no universo digital e nas tecnologias que abastecem a F1 atual, Schumacher não."

(Quem quiser ler as colunas inteiras, cliquem nos nomes dos respectivos, ok!?)

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Pois é ... eu estou mais no estilo do Jung. Quer se divertir?! Que vá para outro lugar! "A F1 não é parque de diversões" foi sem dúvida a melhor definição para tudo isso! rs

Flávio Gomes também tem razão em dizer que nada apaga o que Schumacher fez, mas que dá uma arranhadinha, isso dá! Não há como negar! E opiniões como “nunca foi tudo isso” ganham ainda mais força, e convenhamos... com toda razão.

Bom, eu não sei o que vocês pensam sobre a volta de Schumi, mas para mim já é chegada a hora dele largar definitivamente o osso. Tem muita gente talentosa querendo e precisando de uma chance. Michael teve a chance dele, aproveitou e conquistou tudo que podia e não podia, foi o maior vitorioso de todos os tempos.

E aí é que está... FOI. Passado! O futuro será outro, e o presente está nos mostrando que Schumi não fará parte dele.

É como eu sempre digo: É preciso saber quando parar... Pena que Schumi, definitivamente, não saiba!

Bjinhus, Tati

P.S.: A Coluna é publicada toda quinta-feira, mas por conta dos problemas no Blogger, estamos publicando excepcionalmente hoje, sexta-feira