Williams com o bolso apertado

Williams vive sério drama financeiro

O anúncio da Williams em considerar a entrada no mercado de ações pegou o mundo da F-1 de surpresa na semana passada.

A equipe de Frank Williams, Patrick Head e Christian Wolff é uma das últimas "garagistas" do grid e vem sofrendo grandes perdas desde que perdeu sua parceria com a BMW no fim de 2005, quando a montadora alemã decidiu abrir o próprio time, que durou quatro temporadas.

Em reportagem do site britânico "Pitpass", nos dias de hoje a Williams possui um atraso de nove dias no pagamento dos funcionarios, tempo 50% maior em relação ao início do ano e o segundo maior aumento no atraso entre as equipes, de acordo com a empresa de auditoria Dun & Bradstreet.

Os números impressionam pelo tamanho: o time teve perdas líquidas de R$ 13,3 milhões em 2009, com o lucro de imposto caindo 50% (para R$ 12 milhões), uma vez que a Williams havia perdido o patrocínio do conglomerado islandes Baugur, que faliu.

Já no fim do ano passado, novas e maiores perdas: cerca de R$ 74 milhões apenas em patrocínios, com a saída de quatro empresas _uma delas, o banco escocês RBS, retirou sozinha um investimento de R$ 34,5 milhões.

Para tentar amenizar parte das perdas, o time teve de se desfazer de um dos seus maiores bens: foi obrigado a deixar de lado o alemão Nico Hulkenberg, que deu ao time sua primeira pole em muito tempo, no GP do Brasil, em troca do patrocínio do piloto venezuelano Pastor Maldonado, atual campeão da GP2. A PDVSA, gigante petrolífera da terra de Hugo Chavez, injetará cerca de R$ 24 milhões nas finanças da Williams.

Por conta disso, a intenção de entrar no mercado de ações já é consolidado. Acredita-se que seja uma estratégia, uma vez que anúncios deste tipo aumenta o valor do time na bolsa. No entanto, o público terá acesso a uma pequena parcela do time, 20%, uma vez que Frank Williams continuará sendo o acionista majoritário.

A equipe é gerida por uma empresa chamada Williams Grand Prix Engineering, com Williams tendo 63% das ações, Head ostentando 27% e os dez restantes com Wolff, que é ex-piloto. A parte que será lançada no mercado será transferida para uma outra empresa, Williams Grand Prix Holdings plc (WGPH), criada em 21 de dezembro do ano passado, com quatro diretores: Adam Parr, Alex Burns, Mark Biddle e uma empresa inglesa chamada London Law Services, onde fica a sede da empresa.

Agora, a Williams espera que sua tradição de equipe mais bem sucedida da F-1 e sua história gloriosa se tornem um grande atrativo a alguns investidores para, pelo menos, tirar o time do vermelho.

Fonte: Tazio

O bolso pode estar meio apertado e a carteira vazia, mas de uma coisa eu tenho certeza: enquanto Head e Williams forem vivos o time não morre.

Sempre se dá um jeito. A Williams não pode deixar de existir.

Foi uma pena ter que perder o Hulk e aceitar um paydriver, mas em 2012 podia-se tirar o RB e investir em um novo talento novamente. Tio Frank tem um bom olho para novatos. Maldonado paga as contas, enquanto alguém brilha. Sem contar, que o Pastor não poder ser tão ruim assim. Oremos! Vai que ele aproveita bem tudo que pode aprender no time de Grove.

By Lu

Comentários

Ester disse…
Nem pensar a Willians fora da Fórmula 1!!!! Seria uma catástrofe!!!
Ainda bem que o tio Frank e Head são casca dura, graças a Deus!!!!
Unknown disse…
Concordo Lu, Willians é tradição! Espero que briguem por vitórias em 2011, afinal seria bom para o moral da f1, ver uma equipe de tradição na briga novamente. A f1 perderia mt com a derrocada da equipe de Frank.
aloka disse…
williams é tradição, GP da França também era e saiu... SPA é tradição e pode sair denovo, não acredito que a f-1 de hoje dê valor a tradiçoes...

Tradição na F-1 só vale se for como a da Ferrari... acompanhada de muito dinheiro.

Tradição de pobre é levar ferro... se cuida Williams!
Unknown disse…
Sei não Aloka. Mas se olharmos para a tradição, por quê nunca cogitaram acabar com o GP de Mônaco por exemplo? Monza, Silverstone? Por mais que pareça romantismo, se tirarmos Mclaren, Ferrari, Willians e Mercedes da f1, com certeza a chance da competição perder credibilidade seria mt grande. A lenda Ferrari não pode ser marcada pelos acontecimentos de 2002 e 2010, afinal estaríamos desconsiderando gênios desse esporte, como Farina, Ascari, Gilles Villeneuve, ou seja, os justos não podem pagar pelos pecadores. Se levarmos o critério dinheiro acima de qualquer coisa, seriam colocados carros fortes para correr, e não teria a mesma graça. Qual o valor do título da RBR afinal? O maior valor está no fato de ter derrubado as grandes, Mclaren, Ferrari, Mercedes e Willians, esse é o referencial. A RBR, para alcançar o status de potência na f1, terá que ter muitas e muitas conquistas como as grandes para ter esse respaldo, e isso não se consegue em 5, 6 anos de vida.
Faço minhas as palvras do Wagner!

Bjinhus, tati

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