Reserva da Lotus Renault?

Senna deve ser reserva da 'Lotus Renault preta' na temporada 2011

Bruno Senna deve ser anunciado na próxima segunda-feira como o terceiro piloto da Lotus Renault, a preta, na apresentação do carro 2011 da equipe em Valência. O brasileiro será o reserva de Robert Kubica e Vitaly Petrov nas 20 etapas do campeonato da F1

Warm Up

FLAVIO GOMES [@flaviogomes69] e VICTOR MARTINS [@vitonez], de São Paulo
com colaboração de EVELYN GUIMARÃES [@eveguimaraes], de Curitiba


Sem nenhuma chance de ser titular no Mundial de F1 de 2011, Bruno Senna deverá ser terceiro piloto da Lotus Renault nesta temporada. A possibilidade vai ao encontro de notícia publicada em novembro do ano passado pelo Grande Prêmio. Mas não a confirma. O site errou, na ocasião, ao interpretar de forma equivocada a informação recebida por suas fontes, de que Bruno tinha assinado com a Lotus. De fato, a se confirmar o contrato com a equipe que tem como titulares Kubica e Petrov, é uma Lotus que ele vai defender em 2011, ainda que como reserva. Mas outra Lotus, não aquela que o Grande Prêmio supunha, de maneira errônea — até porque era, na época, a única Lotus da categoria.

Como se sabe, no final do ano passado a montadora francesa Renault fechou com a ‘Lotus verde’, estreante, que pertence ao empresário malaio de aviação Tony Fernandes, para fornecer motores ao seu time a partir de 2011, substituindo a Cosworth. Ao mesmo tempo, a Renault vendeu o que ainda tinha de participação na sua equipe própria de F1 ao fundo de investimento Genii, já acionista majoritário. Assim o grupo Genii passou a deter 100% das operações do time na F1. À Renault restou o papel de vender motores e fornecer apoio tecnológico.

Pouco depois, o grupo Genii fechou um contrato de patrocínio com a Proton, montadora da Malásia que detém os direitos de uso da marca Lotus para carros de rua, cedido pelo Group Lotus — uma empresa separada do Team Lotus, a equipe de F1 de Colin Chapman, que foi comprada pela Proton visando exclusivamente o uso da marca na fabricação de carros de rua, e não em competições. Sem nome para disputar o Mundial, já que a Renault vendeu sua parte, o fundo Genii decidiu inscrever a equipe no campeonato como Lotus Renault, usando o nome de seu novo principal patrocinador e a marca de seus motores. E ainda resolveu pintar os carros de preto e dourado, como as Lotus da F1 nos anos 70.

Ocorre que a outra Lotus, a verde de Fernandes, tem o mesmo nome e também usará motores Renault. E se inscreveu no Mundial com denominação parecida. A confusão é evidente. São duas ‘Lotus Renault’ na temporada, algo inaceitável. Por isso, já está em curso na Justiça inglesa uma disputa entre as duas equipes para se saber quem vai se chamar Lotus na F1 em 2011. A ‘Lotus verde’ argumenta que os direitos de uso da marca Team Lotus, o braço esportivo das organizações do falecido Chapman, são dela. Foram cedidos a Fernandes por David Hunt, filho do campeão James Hunt, que ficou com a marca após a Lotus deixar a F1, no final de 1994.

Assim, têm-se dois grupos pleiteando o direito de usar o nome Lotus na F1 nesta temporada. A ex-Renault, que pertence ao grupo financeiro Genii, porque seu principal patrocinador comercializa carros de rua com a marca Lotus; e a ‘Lotus verde’, que estreou no ano passado com esse nome, porque comprou os direitos de uso de David Hunt, legítimo proprietário da alcunha ‘Team Lotus’ para competições automobilísticas.

O erro fundamental do Grande Prêmio foi interpretar a informação recebida de suas fontes, que confirmavam a presença da marca Renault na sequência de sua carreira, apontando na direção da equipe malaia, uma vez que a permanência de Kubica na ‘Renault/Genii’ já era certa e a de Petrov, quase — a equipe não poderia abrir mão dos patrocinadores russos do piloto, como não abriu. Na ‘Lotus verde’, que já tinha Renault no meio, como nova fornecedora de motores, Jarno Trulli era candidato a perder o lugar, tanto que já falava abertamente em fazer testes na Nascar.

De qualquer forma, é com uniforme da — por enquanto — Lotus Renault, preto e dourado, que Bruno deverá ser visto no paddock das 20 etapas deste ano. Talvez possa até participar de um ou outro treino livre às sextas-feiras. Seu anúncio deve acontecer na próxima segunda (31), quando a equipe apresenta o R31, modelo da temporada 2011. A equipe também assinou com Fairuz Fauzy para o papel de testador.

A ‘Lotus verde’, que se perder o direito de usar o nome deve ser rebatizada como 1Malaysia, sua razão social, por assim dizer, vai mesmo de Trulli e Heikki Kovalainen.

Permanecer na Hispania nunca foi uma alternativa para Bruno. Ele havia decidido deixar o time no fim do ano, por absoluta falta de perspectivas técnicas. Com um carro ruim, que estreou no Bahrein sem um teste sequer, zerou no campeonato e ficou com a fama indesejável de ‘nova Minardi’, a pior do grid, virando tempos, em alguns circuitos, próximos dos da GP2.

A equipe, quando o contratou, em 2009, tinha outro dono e planos mais ambiciosos. O ex-piloto espanhol Adrián Campos, seu fundador, teve de repassar o negócio por falta de dinheiro, porém. A parca estrutura da então Campos-Meta foi comprada pelo empresário José Carabante, que conseguiu salvar a pele para 2011 com os patrocinadores do indiano Narain Karthikeyan, já contratado, e com o que espera receber de algum piloto pagante que irá ocupar a segunda vaga. A equipe também nunca teve em Bruno uma alternativa, pois precisava de alguém com bastante dinheiro para fechar o orçamento. Não era o caso do sobrinho de Ayrton.

O Grande Prêmio tentou entrar em contato com Bruno, que preferiu não se pronunciar.

Fonte: Grande Prêmio

Bom, eu sinceramente não gosto desta coisa de ser piloto reserva nos dias de hoje, já que ser 3º piloto ou reserva não serve para mais nada, já que não há mais treinos na categoria, mas se esta é a única forma de se permanecer na F1, espero que dê certo para Bruno.

Beijinhos, Ludy

Comentários

Unknown disse…
A única opção seria a saída de Kubica (para uma equipe grande), porque pelo caminhão de dinheiro de Petrov, hehe, fica difícil.

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