De saída?
Prefeito afirma que Melbourne pode deixar a F-1
Robert Doyle acredita que altos custos podem decretar saída do Albert Park
O prefeito de Melbourne, Robert Doyle, acredita que a possibilidade de a cidade deixar de receber o GP da Austrália nos próximos anos é grande.
Há anos o futuro da etapa em Albert Park tem sido posto em xeque, sendo que, devido aos altos custos para a realização do evento, a continuidade da prova, que tem contrato com a F-1 até 2015, está sendo questionada.
Em sua coluna no jornal "Herald Sun", Doyle declarou haver quatro possibilidades para o futuro com relação à posição dos organizadores.
"Primeiro, Bernie Ecclestone [dono da FOM, empresa que detém os direitos comerciais da F-1] pega suas coisas e vai para casa. Apesar dos melhores esforços, o mais difícil, controverso e excêntrico Bernie terá os dólares de um país Asiático ou de um rico em petróleo no Oriente Médio. Não haverá negociações. Fim da história", escreveu o prefeito, que diz que a exigência do dirigente em transformar a prova em um evento noturno é um empecilho para o futuro.
"Segundo, levando em conta os pedidos cada vez mais estridentes de Ecclestone para um GP noturno, seria mover [o GP] para uma pista construída, ou em Avalon ou Noble Park, ou possivelmente em algum luga em Sydney ou Perth."
"O problema em Albert Park é que ele é um parque de 300 hectares e uma corrida à noite significa iluminar não somente a pista, mas também uma quantidade suficiente par proporcionar segurança. É muito caro. Mas o custo de um traçado construído é, potencialmente, US$ 300 milhões e é provavelmente insustentável. Mas, mesmo se essa pista for construída, não haveria o mesmo romantismo ou prestígio como Albert Park. O GP se tornaria um desses eventos que vemos na Ásia às vezes: arquibancadas vazias, mas uma audiência na televisão de centenas de milhões pelo mundo. Para mim, isso não seria um GP da Austrália, só um evento de televisão.", continuou Doyle.
"Uma terceira opção seria a corrida permanecer em Albert Park. Isso exigiria uma melhora no parque, custando entre US$ 8 milhões e US$ 9 milhões. Mas isso exigiria que Ecclestone aceitasse que o GP da Austrália nunca será uma corrida noturna, sendo que já se tornou uma corrida no pôr do sol."
"O grande obstáculo para esse cenário é o custo para o contribuinte de Victoria. Em 1996, quando a corrida era uma combinação entre quatro dias de evento e patrocínio que era muito mais generoso do que hoje, a corrida custava cerca de US$ 1,7 milhão. Ano passado, [o custo] foi US$ 50 milhões."
"A quarta e última possibilidade deve ser encarada. Não sei de alguma cidade que tenha voluntariamente desistido de um GP, então, poderia Melbourne ser a primeira? A última possibilidade é que decidimos que foram 20 anos fantásticos, com benefícios para a cidade e para o estado sendo enormes, mas o ciclo acabou."
A prova em Melbourne, tradicional por abrir os Campeonatos Mundiais, será a segunda etapa do calendário de 2011, no dia 27 de março.
Fonte: Tazio
Todo ano é a mesma história, mas eu tenho que dizer que o prefeito de Melbourne tem toda razão em tudo o que falou em sua coluna. As corridas de F1 hoje, em especial na Ásia, são feitas para se tornarem grandes atrações para transmissões televisivas e não uma corrida em si. Fora todo o resto que ele disse e está totalmente correto.
De verdade, não sei por quanto tempo ainda teremos circuitos como Interlagos, Spa, Mônaco, Monza, Silverstone dentro do calendário. Alguns deles inclusive já foram realmente ameaçados como o inglês, assim como Spa que foi tirado por um ano (2006)... enfim... a F1 caminha a passos largos para a Ásia e o Oriente Médio e eu definitivamente acho que isto não é nada bom! Porque a única razão de Bernie ir para lá, é pelo dinheiro.
Beijinhos, Ludy
Robert Doyle acredita que altos custos podem decretar saída do Albert Park
O prefeito de Melbourne, Robert Doyle, acredita que a possibilidade de a cidade deixar de receber o GP da Austrália nos próximos anos é grande.
Há anos o futuro da etapa em Albert Park tem sido posto em xeque, sendo que, devido aos altos custos para a realização do evento, a continuidade da prova, que tem contrato com a F-1 até 2015, está sendo questionada.
Em sua coluna no jornal "Herald Sun", Doyle declarou haver quatro possibilidades para o futuro com relação à posição dos organizadores.
"Primeiro, Bernie Ecclestone [dono da FOM, empresa que detém os direitos comerciais da F-1] pega suas coisas e vai para casa. Apesar dos melhores esforços, o mais difícil, controverso e excêntrico Bernie terá os dólares de um país Asiático ou de um rico em petróleo no Oriente Médio. Não haverá negociações. Fim da história", escreveu o prefeito, que diz que a exigência do dirigente em transformar a prova em um evento noturno é um empecilho para o futuro.
"Segundo, levando em conta os pedidos cada vez mais estridentes de Ecclestone para um GP noturno, seria mover [o GP] para uma pista construída, ou em Avalon ou Noble Park, ou possivelmente em algum luga em Sydney ou Perth."
"O problema em Albert Park é que ele é um parque de 300 hectares e uma corrida à noite significa iluminar não somente a pista, mas também uma quantidade suficiente par proporcionar segurança. É muito caro. Mas o custo de um traçado construído é, potencialmente, US$ 300 milhões e é provavelmente insustentável. Mas, mesmo se essa pista for construída, não haveria o mesmo romantismo ou prestígio como Albert Park. O GP se tornaria um desses eventos que vemos na Ásia às vezes: arquibancadas vazias, mas uma audiência na televisão de centenas de milhões pelo mundo. Para mim, isso não seria um GP da Austrália, só um evento de televisão.", continuou Doyle.
"Uma terceira opção seria a corrida permanecer em Albert Park. Isso exigiria uma melhora no parque, custando entre US$ 8 milhões e US$ 9 milhões. Mas isso exigiria que Ecclestone aceitasse que o GP da Austrália nunca será uma corrida noturna, sendo que já se tornou uma corrida no pôr do sol."
"O grande obstáculo para esse cenário é o custo para o contribuinte de Victoria. Em 1996, quando a corrida era uma combinação entre quatro dias de evento e patrocínio que era muito mais generoso do que hoje, a corrida custava cerca de US$ 1,7 milhão. Ano passado, [o custo] foi US$ 50 milhões."
"A quarta e última possibilidade deve ser encarada. Não sei de alguma cidade que tenha voluntariamente desistido de um GP, então, poderia Melbourne ser a primeira? A última possibilidade é que decidimos que foram 20 anos fantásticos, com benefícios para a cidade e para o estado sendo enormes, mas o ciclo acabou."
A prova em Melbourne, tradicional por abrir os Campeonatos Mundiais, será a segunda etapa do calendário de 2011, no dia 27 de março.
Fonte: Tazio
Todo ano é a mesma história, mas eu tenho que dizer que o prefeito de Melbourne tem toda razão em tudo o que falou em sua coluna. As corridas de F1 hoje, em especial na Ásia, são feitas para se tornarem grandes atrações para transmissões televisivas e não uma corrida em si. Fora todo o resto que ele disse e está totalmente correto.
De verdade, não sei por quanto tempo ainda teremos circuitos como Interlagos, Spa, Mônaco, Monza, Silverstone dentro do calendário. Alguns deles inclusive já foram realmente ameaçados como o inglês, assim como Spa que foi tirado por um ano (2006)... enfim... a F1 caminha a passos largos para a Ásia e o Oriente Médio e eu definitivamente acho que isto não é nada bom! Porque a única razão de Bernie ir para lá, é pelo dinheiro.
Beijinhos, Ludy
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Ludy