Retrô do Octeto - 2010 por Marcela Strongylis
Faltando três dias para encerrarmos a Retrô do Octeto - 2010 trago o texto de uma de nossas leitoras, fã de Kimi Räikkönen e que vira e mexe está por aqui dando suas opiniões e é claro, colaborando conosco nos projetos, especiais.
Estou falando de Marcela Strongylis, mais conhecida por todos nós como Mah. Pois bem, curtam aí o texto muito fofo e emotivo que ela preparou para vocês. Espero que curtam!
Estou falando de Marcela Strongylis, mais conhecida por todos nós como Mah. Pois bem, curtam aí o texto muito fofo e emotivo que ela preparou para vocês. Espero que curtam!
"O que mais te marcou no automobilismo (e no Octeto) em 2010?"
É difícil aceitar que mais um ano está indo embora, porque esse foi um dos melhores anos da minha vida e passou rápido DEMAIS! Apesar de tantas mudanças tanto na minha vida pessoal como na minha rotina e no que diz respeito a minha querida F1, foi um ano de grandes aprendizados e muito amadurecimento.
A maior parte das mudanças surtiu um efeito positivo e só somou na minha vida, então aquilo que parecia ruim foi bom, não tenho do que reclamar. 2010 foi muito diferente de todos os anos, e o meu objetivo é explicar o que o automobilismo e o Octeto têm a ver com toda essa loucura que foi 2010.
Resumir esse ano não é fácil. Dizer que apenas um fato me marcou é impossível... Então, pra tentar facilitar um pouco as coisas, pensei em fuxicar os arquivos do Octeto que estavam relacionados ao início desse ano, e acabei me deparando com uma surpresa: um post que falava de Kimi. O post era do fim do ano passado e contava um pouco da história desse cara que, pra mim, é simplesmente incrível. Então, lá vai a primeira marca desse incrível ano: a ausência de Kimi na F1 e sua arriscada aventura nas pistas do WRC.
Kimi é o cara pra mim. Vocês já devem saber disso, mas sempre repito, não tem jeito: ele marcou e ainda marca a minha vida. Sabe quando você relaciona todos os eventos da sua vida com alguém ou algo? Sabe quando você deixa de ir a lugares ou de fazer coisas pra ver algo ou alguém que você simplesmente ama? Sabe quando você dá o nome de alguém que você ama em tudo, desde o seu gato até o seu chaveiro? Foi assim desde 2001, algo mágico, um amor verdadeiro que sinto pela F1 e por essa pessoa. Muitas risadas, muitos foras no Galvão, muitas lágrimas de raiva por quebras inesperadas, muitas emoções. Mas, de repente, o pior veio. Não, ele não morreu... Mas foi demitido da Ferrari e praticamente expulso da F1, um mundo que nunca o aceitou. Meu mundo caiu, minhas 2 paixões estavam se separando! Achei que aquele era o fim e que jamais sentiria o prazer e a felicidade de assistir F1 novamente.
A maior parte das mudanças surtiu um efeito positivo e só somou na minha vida, então aquilo que parecia ruim foi bom, não tenho do que reclamar. 2010 foi muito diferente de todos os anos, e o meu objetivo é explicar o que o automobilismo e o Octeto têm a ver com toda essa loucura que foi 2010.
Resumir esse ano não é fácil. Dizer que apenas um fato me marcou é impossível... Então, pra tentar facilitar um pouco as coisas, pensei em fuxicar os arquivos do Octeto que estavam relacionados ao início desse ano, e acabei me deparando com uma surpresa: um post que falava de Kimi. O post era do fim do ano passado e contava um pouco da história desse cara que, pra mim, é simplesmente incrível. Então, lá vai a primeira marca desse incrível ano: a ausência de Kimi na F1 e sua arriscada aventura nas pistas do WRC.
Kimi é o cara pra mim. Vocês já devem saber disso, mas sempre repito, não tem jeito: ele marcou e ainda marca a minha vida. Sabe quando você relaciona todos os eventos da sua vida com alguém ou algo? Sabe quando você deixa de ir a lugares ou de fazer coisas pra ver algo ou alguém que você simplesmente ama? Sabe quando você dá o nome de alguém que você ama em tudo, desde o seu gato até o seu chaveiro? Foi assim desde 2001, algo mágico, um amor verdadeiro que sinto pela F1 e por essa pessoa. Muitas risadas, muitos foras no Galvão, muitas lágrimas de raiva por quebras inesperadas, muitas emoções. Mas, de repente, o pior veio. Não, ele não morreu... Mas foi demitido da Ferrari e praticamente expulso da F1, um mundo que nunca o aceitou. Meu mundo caiu, minhas 2 paixões estavam se separando! Achei que aquele era o fim e que jamais sentiria o prazer e a felicidade de assistir F1 novamente.
Seu sorriso voltou! E esse olhar sempre vai me derreter, Iceman...
Nessa hora eu encontrei, mais uma vez, um ombro amigo. Não apenas um, vários, em um lugarzinho muito querido e especial: no Octeto. A Ludy, com suas doces e sinceras palavras, conseguia expressar não apenas a sua tristeza e indignação, como a minha e a de todas nós, fãs de Kimi. A cada texto, a cada conversa, eu começava a ver que havia uma luzinha no fim do túnel. Os dias passavam, as notícias corriam, e o rali chegou na vida do nosso campeão como um novo desafio. Seu sorriso voltou a florescer, e nós fãs passamos e ver que mais valia a felicidade de Kimi do que a má fama da F1.
A grande dificuldade foi a adaptação. Kimi passou a ter que escrever notas e ouvi-las de um co-piloto; ele não estava mais num circuito “decorável”; as pistas não são apenas de asfalto; o carro não é um monoposto; enfim, tudo era novo. E nós, fãs acostumadas a ver Kimi quase todo fim de semana, agora entraríamos num grande jejum. A TV brasileira não transmite WRC de uma maneira, digamos, digna, e nós ficamos um tanto atordoadas. Como seria a primeira corrida sem o nome Raikkonen nos painéis de tempos?
Mas o tempo é o melhor remédio, sempre. Aqui no blog a Ludy fez um ótimo trabalho. Para quem não conhecia nada sobre rali, lições básicas foram ensinadas. Alguns jornalistas se tornaram conhecidos por escrever sobre a trajetória de Kimi no rali. Alguns amigos finlandeses também foram bem generosos e compartilharam em inglês notícias e informações valiosas. Além disso, a cada novo rali, um post com informações dos lugares era feito, praticamente uma volta ao mundo (porque o Octeto também é cultura! Hauhauh). Assim que saíam os resultados das especiais, nós ficávamos sabendo... Deve ter dado muito trabalho, mas saiba, Ludy, que o que você fez foi um trabalho MARAVILHOSO! Não tem como te agradecer por ter tornado essa mudança tão mais suave... E eu sei o quanto foi difícil pra você também, porque ainda é muito doloroso pra mim, então só posso te parabenizar e agradecer por TUDO!
Bem, até agora só falei de uma das minhas paixões. Faltou falar da F1, né? Ok, o início da temporada foi muito complicado, prefiro nem me lembrar. Uma sensação de vazio, uma falta de interesse, um sentimento estranho... Cheguei a pensar em parar por ali mesmo, porque achava que Kimi era o único elo entre mim e a F1 depois de tantas mudanças e escândalos. Mas quando Kimi foi-se embora, veio à tona a realidade: o quanto capitalista era a F1, o quão cruel era o círculo da F1, imoral, talvez uma farsa! Mas meu amor por aqueles carros me manteve firme e forte ali, e grandes surpresas me aguardavam...
Pra quem não sabe, gosto de assistir quase tudo que posso de corridas automobilísticas. Durante meu E.M., quando eu ia dormir na casa do meu pai, passei a ver corridas de DTM e de categorias de base européias. Foi nessa fase que conheci um certo menino, alemãozinho, que aprontava das suas nas corridas e que passou a se destacar bem rápido. Seu nome? Nico Hulkenberg. Claro, já naquela época, fiquei encantada com o jeito que ele corria e dominava as provas, e passei a torcer por ele, mesmo sem saber quem ele era. E o ano de 2010 o trouxe para a F1, como companheiro de Burrens (o que me deixou feliz, porque me fez pensar que teria mais notícias dele pelos jornalistas brasileiros... doce ilusão...).
Seu início não foi dos melhores, mas seu desenvolvimento foi incrível, e seu ápice, uma fantástica pole logo aqui, no Brasil! Ainda fiquei imaginando, se eu estivesse lá, seria a única histérica gritando felizona que o alemão companheiro do Burrinho tinha feito a pole! Imaginem a cena! Muitos falam que foi sorte, outros o chamaram de gênio, ainda tiveram aqueles que destacaram seu amadurecimento como piloto e sua equivalência em termos de nível de pilotagem com Burrens. Imprensa é assim, na maioria dos casos, sensacionalismo é o que vende. Enfim, o que importava pra mim é que Hulk estava mostrando quem era e garantindo seu lugarzinho no meu coração e na Williams em 2011. Antes fosse...
A grande dificuldade foi a adaptação. Kimi passou a ter que escrever notas e ouvi-las de um co-piloto; ele não estava mais num circuito “decorável”; as pistas não são apenas de asfalto; o carro não é um monoposto; enfim, tudo era novo. E nós, fãs acostumadas a ver Kimi quase todo fim de semana, agora entraríamos num grande jejum. A TV brasileira não transmite WRC de uma maneira, digamos, digna, e nós ficamos um tanto atordoadas. Como seria a primeira corrida sem o nome Raikkonen nos painéis de tempos?
Mas o tempo é o melhor remédio, sempre. Aqui no blog a Ludy fez um ótimo trabalho. Para quem não conhecia nada sobre rali, lições básicas foram ensinadas. Alguns jornalistas se tornaram conhecidos por escrever sobre a trajetória de Kimi no rali. Alguns amigos finlandeses também foram bem generosos e compartilharam em inglês notícias e informações valiosas. Além disso, a cada novo rali, um post com informações dos lugares era feito, praticamente uma volta ao mundo (porque o Octeto também é cultura! Hauhauh). Assim que saíam os resultados das especiais, nós ficávamos sabendo... Deve ter dado muito trabalho, mas saiba, Ludy, que o que você fez foi um trabalho MARAVILHOSO! Não tem como te agradecer por ter tornado essa mudança tão mais suave... E eu sei o quanto foi difícil pra você também, porque ainda é muito doloroso pra mim, então só posso te parabenizar e agradecer por TUDO!
Bem, até agora só falei de uma das minhas paixões. Faltou falar da F1, né? Ok, o início da temporada foi muito complicado, prefiro nem me lembrar. Uma sensação de vazio, uma falta de interesse, um sentimento estranho... Cheguei a pensar em parar por ali mesmo, porque achava que Kimi era o único elo entre mim e a F1 depois de tantas mudanças e escândalos. Mas quando Kimi foi-se embora, veio à tona a realidade: o quanto capitalista era a F1, o quão cruel era o círculo da F1, imoral, talvez uma farsa! Mas meu amor por aqueles carros me manteve firme e forte ali, e grandes surpresas me aguardavam...
Pra quem não sabe, gosto de assistir quase tudo que posso de corridas automobilísticas. Durante meu E.M., quando eu ia dormir na casa do meu pai, passei a ver corridas de DTM e de categorias de base européias. Foi nessa fase que conheci um certo menino, alemãozinho, que aprontava das suas nas corridas e que passou a se destacar bem rápido. Seu nome? Nico Hulkenberg. Claro, já naquela época, fiquei encantada com o jeito que ele corria e dominava as provas, e passei a torcer por ele, mesmo sem saber quem ele era. E o ano de 2010 o trouxe para a F1, como companheiro de Burrens (o que me deixou feliz, porque me fez pensar que teria mais notícias dele pelos jornalistas brasileiros... doce ilusão...).
Seu início não foi dos melhores, mas seu desenvolvimento foi incrível, e seu ápice, uma fantástica pole logo aqui, no Brasil! Ainda fiquei imaginando, se eu estivesse lá, seria a única histérica gritando felizona que o alemão companheiro do Burrinho tinha feito a pole! Imaginem a cena! Muitos falam que foi sorte, outros o chamaram de gênio, ainda tiveram aqueles que destacaram seu amadurecimento como piloto e sua equivalência em termos de nível de pilotagem com Burrens. Imprensa é assim, na maioria dos casos, sensacionalismo é o que vende. Enfim, o que importava pra mim é que Hulk estava mostrando quem era e garantindo seu lugarzinho no meu coração e na Williams em 2011. Antes fosse...
Hulk e Vettel, os fofinhos alemães/Hulk, essa pose me conquista, hein!
Pouco tempo depois veio outra bomba daquelas: Williams descarta Hulk! Eu não podia acreditar, de novo?! É, de novo... Eis uma novela que dura até agora, assim como o futuro incerto de Kimi, que gostou da brincadeira e decidiu fazer isso todo ano com a gente. Meninos, não tem graça!
E depois de um ano tão intenso como o de 2010, não teria forma pior de terminar (automobilisticamente falando) do que essa: meus dois queridos sem um lugarzinho garantido. Mas dessa vez já estou vacinada, e sei que aqui no Octeto tenho gente de sobra pra me apoiar, sofrer comigo (espero que não) ou comemorar as esperadas boas notícias!
É isso, gente. Foi muito gostoso passar mais um ano lendo o Octeto todo dia, e espero que o blog continue crescendo mais e mais! Sucesso para todos, e para nossos queridos octetos um ano bem vitorioso!
Beijos
Marcela Strongylis
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E depois de um ano tão intenso como o de 2010, não teria forma pior de terminar (automobilisticamente falando) do que essa: meus dois queridos sem um lugarzinho garantido. Mas dessa vez já estou vacinada, e sei que aqui no Octeto tenho gente de sobra pra me apoiar, sofrer comigo (espero que não) ou comemorar as esperadas boas notícias!
É isso, gente. Foi muito gostoso passar mais um ano lendo o Octeto todo dia, e espero que o blog continue crescendo mais e mais! Sucesso para todos, e para nossos queridos octetos um ano bem vitorioso!
Beijos
Marcela Strongylis
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Mah, querida, obrigada pela participação, pelo apoio de sempre ao nosso blog e pelas palavras carinhosas com relação ao meu trabalho na cobertura do rali. Fico feliz que tenha conseguido atingir meu objetivo, aproximar todos vocês um pouquinho mais deste novo mundo do Iceman.
Bom galerinha, amanhã teremos mais. Enquanto isto, vocês podem conferir todas as participações da Retrô do Octeto - 2010 neste link aqui.
Beijinhos, Ice-Ludy
Bom galerinha, amanhã teremos mais. Enquanto isto, vocês podem conferir todas as participações da Retrô do Octeto - 2010 neste link aqui.
Beijinhos, Ice-Ludy
Comentários
Beijos,
Marcela
Mt obrigada mesmo!
Parabéns pelo seu texto cheio de emoção! E obrigada por fazer parte deste nosso especial de fim de ano!!!
Bjusssss da Tati
Parabéns pelo emocionante texto! É sempre bom ver que nunca estamos estamos sozinhas na torcida quando se trata de automobilismo.
Grande bj
Julie