Jarno Trulli e uma de suas paixões

Podere Castorani by Jarno Trulli

Eu também quero participar deste dia especial que é o 13 de julho aqui no Octeto Racing Team. Aniversário de Jarno Trulli é sempre uma data querida, e então quero falar sobre uma de suas paixões, além de sua linda família e a F1, os vinhos.

Acho que todos sabem (pois nós já postamos aqui sobre isto algumas vezes) que nosso octete italiano é um apaixonado pelos vinhos e tem seu próprio vinhedo. Deixo então um trecho de uma matéria antiga, de 2008 (fonte: parana-online.com.br), onde vocês poderão descobrir que a paixão pelos vinhos é uma herança de família.

O veloz piloto italiano Jarno Trulli, a exemplo dos seus demais colegas, celebra as conquistas na Fórmula 1 com borbulhantes jorros de champagne. Essa, porém, é apenas a vontade dos patrocinadores, não a dele, que se pudesse escolher festejaria com outro vinho, certamente um Montepulciano d'Abruzzo da vinícola Podere Castorani. Trulli não é bobo. Jamais perderia a oportunidade de exibir ao mundo o produto da atividade que desenvolve quando não está ao volante de um bólido da Toyota. A Podere Castorani pertence à família e ele é uma espécie de embaixador da empresa, divulgando os rótulos pelos centros que integram o glamouroso circuito do campeonato automobilístico. E não foi diferente em São Paulo, onde cumpriu com competência esta função, sem se descuidar da outra - na pista de Interlagos, saiu em segundo lugar e terminou em nono.

Tornou-se comum a presença de celebridades entre os produtores de vinho. O silêncio das caves é um refúgio para a exposição a que certas carreiras obrigam, e há a natureza prazerosa do trabalho e a sofisticação dos resultados. Gerard Depardieu, Mick Jagger, Robert Redeford, Olívia Newton-John, Bob Dylan, Cristopher Lambert, George Lucas, Ed Harris e Sam Neil são alguns exemplos. O mais famoso, entretanto, é o de Francis Ford Coppola, que utilizou parte dos lucros da série O Poderoso Chefão III para adquirir a Inglenook, lendária vinícola do Napa Valley, responsável pela introdução na Califórnia de variedades francesas como a Cabernet Sauvignon e a Merlot.

O caso de Jarno Trulli não é por aí. Na verdade, o vinho circula pelas veias da família há gerações. Entre as memórias de infância do piloto, estão as brincadeiras nos vinhedos e adegas da vinícola do avô, Gaetano. A Podere Castorani foi adquirida por ele e seu pai, Enzo, em 1998. São 35 hectares de vinhas na comunidade de Allano, em Abruzzo, região próxima a Roma. Com grande valor histórico (data de fins do século XVIII), a propriedade encontrava-se em franco declínio, exigindo um significativo investimento na recuperação das plantações e na instalação da nova cantina. Predominam as uvas clássicas do lugar, a Montepulciano e a Trebbiano d'Abruzzo, mas reservou-se uma parte da área para experimentações com outras cepas. O método utilizado nos vinhedos é o orgânico, "sem adubos nem herbicidas ou pesticidas químicos", salienta Trulli.

A elaboração dos vinhos está confiada ao experiente enólogo Luca Petricelli. A produção, de 400 mil garrafas anuais, abrange tintos, brancos e rosados, distribuídos pelas duas linhas principais, a Castorani e a Jarno, com envelhecimento, respectivamente, de 12 e 18 meses em barricas de carvalho. A reputação conquistada por Trulli no mundo esportivo foi, com certeza, a chave que escancarou mercados importantes como o inglês, o canadense, o japonês e o norte-americano, mas, como ele mesmo ressalta, só isso não basta. "Nós podemos vender inicialmente pela minha imagem, mas se o produto for ruim não terá continuidade. Precisamos, por isso, levar a qualidade aos limites."

Os vinhos da Podere Castorani já estão chegando ao Brasil. São para o consumidor que se inclina pelo estilo europeu da bebida, com ênfase menos na concentração e estrutura e mais no equilíbrio e nas sutilezas dadas pelas terras de origem. Trazem bem o caráter italiano, com acidez levemente acima, o que os torna excelentes parceiros da gastronomia, sobretudo quando ela evoca a culinária de Abruzzo, com seus frutos do mar, massas e assados à base das carnes de coelho e cabrito. Vale prestar atenção nos brancos da uva Trebbiano, muito frescos, cítricos e bem balanceados. Os tintos da uva Montepulciano d'Abruzzo estão entre os melhores. Na pole position da linha, o rótulo cujo nome - Jarno Trulli - homenageia o piloto. Vinho sem filtragem nem estabilizantes, aromático e elegante. Pede alguns anos de guarda, no mínimo quatro. A má notícia é que custará R$ 370 a garrafa.

É chique demais não é gente?! Ser dono de um vinhedo, na Itália, coisa tão sofisticada! Eu não sou muito de bebidas, mas adoro um vinho. Ainda bem que no Octeto temos um especialista no assunto!

Hoje, o pai de Jarno, Enzo Trulli, também ajuda o filho com este empreendimento, ele cuida do setor de vendas da "Podere Castorani" e o negócio é um sucesso. Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a marca, basta visitar o site oficial, clicando aqui.

Aproveito este post para reviver um vídeo postado pela Vick, no mesmo dia de hoje, há um ano exato. Estou postando novamente porque mostra Jarno Trulli e aquilo que mais importa na vida da gente, a família, algo que hoje, para muitos não importa, mas que é a única coisa que sempre teremos, pelo resto de nossas vidas. E Trullizinho tem uma muito especial, a mãe, Franca, o pai Enzo, a mulher Barbara e os pequenos e fofos filhotes Enzo e Marco. Além disto, vocês poderão conhecer um pouquinho do vinhedo onde Trulli cultiva seu "Podere Castorani".