Por dentro do rally by ORT

Oi gente!!! Eu havia prometido que hoje teríamos umas coisinhas sobre o mundo dos rallies e cá estou eu. Há mais ou menos um mês pedi ao meu companheiro de torcida para Kimi Räikkönen (e já membro do IC), que fizesse um texto para mim sobre a história dos rallies, e tal.

Rodrigo foi muito gentil em aceitar meu convite a entre hoje a amanhã vou publicar o que ele pesquisou para nós ok?

Desta forma que declarar oficialmente que a nossa temporada começou!!! Esta semana teremos muitas novidades sobre Kimi Räikkönen, já que o Iceman vai participar do Arctic Lapland Rally pela segunda vez.

Podem ter certeza de que farei o melhor que posso para trazer tudo para vocês.

Agora curtam a primeira parte do texto que Rodrigo preparou para a gente. Está show!

Parte I

História dos Rallies

Com o surgimento do automóvel, os construtores, e proprietários de veículos automotores dos mais variáveis modelos, tinham a necessidade de provar quem tinha o melhor carro, quem construiu a máquina mais eficiente, e também, quem era o melhor piloto. Foi assim que surgiu o esporte automotor, através das disputas em estradas que ligavam as cidades e na sua maioria, eram de barro, ou em alguns casos, calçadas com paralelepípedos nos perímetros urbanos. Foi através dessas competições, que surgiu o Rally.


Carros a vapor que na época eram usados para o rally que ligava Rouen a Paris.

O primeiro rally que se tem registro ocorreu em 1894, em uma competição para “veículos sem cavalos” que ligava Rouen a Paris, patrocinada pelo jornal “Le Petit Journal”, da França. Esse evento, considerado um grande sucesso, originou muitos outros, que geralmente eram feitos de Paris, a outras cidades da Europa, onde um dos maiores realizados até então, foi o Paris – Bourdeaux – Paris, em 1895. Assim o rally foi se popularizando rapidamente, em uma velocidade proporcional ao desenvolvimento dos carros, que naquela época, já chegavam a 100 km/h aproximadamente, (apesar das médias horárias das provas serem bem maior que isso) em alguns trechos. Tal velocidade, para veículos que sequer tinham equipamentos de segurança, era algo assustador, e por várias vezes ocasionaram acidentes fatais, principalmente envolvendo pedestres, e animais que eventualmente cruzavam as estradas por onde os rallyes passavam. Por esse motivo, tanto a França, como outros países europeus proibiram o rally por alguns anos, incentivando a construção de circuitos como Le Mans, e Brooklands.

Apesar disso, outros países, como a Itália ainda resistiram à ideia de realizar esse tipo de competição, onde nasceram as famosas competições Targa Florio (1906), e o Giro Di Sicilia (1912), fazendo com que o espírito das competições estradeiras não esvanecesse, e muitos pilotos franceses participavam dessas provas, o que fazia com que a cada ano, o número de participantes aumentasse.

Em 1911, o termo Rally foi empregado pela primeira vez em uma competição oficial. O Rally de Montecarlo, realizado em Janeiro, surgiu da idéia do Príncipe Albert I, de Mônaco, que via a necessidade de se testar as evoluções e os modelos em todo o tipo de circunstância, além de claro, promover o turismo no principado. A competição ligava La Boillene a Sospel, passando por estradas de cascalho, terra batida, e trechos de montanha, onde se tem neve nessa época do ano. Foi através do Rally de Mônaco que esse tipo de competição ganhou notoriedade, e voltou a ser popular não só na Europa, mas em outros continentes, como na América, além de incentivar também a superação de longas distâncias atravessando continentes. A partir desses rallies de longa duração é que surgiu a modalidade Cross Country.


Rally nos alpes franceses

Assim como toda a Europa, os Rallies sofreram uma perda considerável nos períodos das guerras, onde muitas competições tradicionais não ocorreram neste período, voltando alguns anos depois, caso este das duas mais tradicionais do velho continente: a Targa Florio, que teve uma pausa de 1914 a 1919, devido a primeira grande guerra, e de 1940 a 1948, devido a segunda, e o Rally de Mônaco, que foi paralisado também em duas ocasiões, pelo mesmo motivo (primeiro de 1912 a 1924, e depois de 1940 a 1949). Apesar disto, muitos outros rallies de menor popularidade ocorreram no intervalo das grandes guerras, onde ganharam notoriedade, como a “Copa dos Alpes”, competição que atravessava os Alpes europeus e era realizada em conjunto pelos autoclubes da Itália, Áustria, Alemanha, Suíça, e posteriormente, a França, que devido ao sucesso de seus fabricantes, voltou a realizar esse tipo de competição com uma etapa nos Alpes franceses.

O pós–guerra

De certo modo, as duas guerras mudaram a ordem mundial, e surtiram efeitos em todos os países. Houve desenvolvimento em todos os setores, que se aproveitaram da tecnologia utilizada na guerra, para a reconstrução dos países, e reformulação da indústria, em especial, a automobilística, que novamente viu no automobilismo, e em especial, nos Rallies, a maneira de desenvolver e divulgar seus produtos de maneira eficiente. Rallies tradicionais como o de Monte Carlo e Targa Florio voltaram a ser realizados, e muitos outros começaram a partir de 1947, como o Rally de Lisboa (Portugal1947), Rally das Tulipas (Holanda, 1949), Rally do Sol da Meia Noite (Suécia, 1951), Rally dos 1000 Lagos (Finlândia, 1951), Rally de Acrópolis (Grécia, 1956) e o Rally da Grã–Bretanha (1958). Devido ao grande crescimento de etapas, e de competidores, a FIA (Federação Internacional do Automóvel), juntamente com os fabricantes, passou a organizar o campeonato Europeu de Rally, em 1958.

Ao mesmo tempo em que o Rally vinha se desenvolvendo na Europa, na mesma época também crescia fora dela, em especial, na América. Várias corridas com mais de 8000 km foram realizadas, e eram divididas em dias, onde a primeira delas foi o Gran Premio Del Norte, trajeto Buenos Aires – Lima – Buenos Aires, vencido por Juan Manuel Fangio, a bordo de um Chevrolet Coupé modificado, conhecido nas terras portenhas como Carretera. Outras corridas do mesmo gênero ocorreram ligando também Buenos Aires, a Caracas, com volta a Buenos Aires, (Gran Premio de America do Sur, 1950) e a Carrera Panamericana, corrida que ligou a Guatemala a fronteira Estadounidense, inaugurando assim a rodovia que cruza o país, e 1954.


No continente africano, tivemos o Méditerranée-le Cap, prova que teve largada em Paris, e cruzou o continente Africano até a África do Sul, em 1950. Foi uma competição feita em cerca de 10.000 milhas (16.000 km), e que durou até 1961, quando a situação política no continente tornou impraticável a travessia. A partir desse desafio, surgiu o Safari Rally, que chegou a ser uma etapa do WRC (cerca de 1000 km divididos em especiais), acompanhados do Rally Du Maroc, em Marrocos, e do Rally Côte d’Ivoire, na Costa do Marfim, que também tiveram grande expressão no continente africano, onde a maior de todas as competições do gênero com certeza foi o Paris Dakkar, que hoje já não existe mais devido às ameaças terroristas feitas em 2008, que cancelaram a competição. Hoje, os organizadores realizam tal Rally entre a Argentina e Chile. Também tivemos rallies de expressão na Oceania, em especial, na Austrália e Nova Zelândia, que creditaram ambos os países a ter uma etapa no WRC, que veremos mais adiante.

Texto pesquisado e produzido por Rodrigo

Daqui a pouco a segunda parte!!!!

Beijinhos, Ice-Ludy

Comentários

José Renato disse…
Rodrigão manja demais. Manja tanto que o texto tá longo e ele me conta essas passagens aos poucos, entre um copo e outro de cerveja! hehehehehehehehe

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