A competitividade de Räikkönen

Traduzi um texto de 2007 escrito pelo jornalista Heikki Kulta para vocês! Maravilhoso!!!!

A COMPETITIVIDADE TEM GUIADO KIMI DESDE QUANDO ELE AINDA ERA UMA CRIANÇA

Turun Sanomat 13.3.2007 1:31:43

A característica dominante de Kimi não é o finlandês que há nele, não é seu sossego ou os seus sentimentos calorosos para sua família. Tudo o que Kimi faz é dominado pela sua eterna competitividade. Não importa a diversão que tem com os seus amigos, ele sempre a transforma em uma espécie de desafio competitivo para si mesmo.

"É um trabalho suado até mesmo jogar ping-pong com ele por diversão. Se acontece de eu jogar bem Kimi apenas tem que fazer melhor", Rami descreve.

"Algumas vezes você apenas tem que deixá-lo vencer porque ele não para até que ele esteja vencendo. Não importa o que façamos - ciclismo ou jogar tênis", assegura seu amigo mais próximo Toni Vilander.

"Eu não pensaria nem mesmo em sair para esquiar com Kimi", Mark Arnall sorri após ter tido sua parcela nos duelos com Kimi em tantos outros esportes.

Kimi Räikkönen sempre faz tudo - pelo menos esportivamente - pisando fundo.

Quando Kimi comprou de presente um cavalo de corrida para a sua esposa Jenni Dahlman-Räikkönen e tentou cavalgar pela primeira vez em sua vida, ele imediatamente tentou fazer o cavalo galopar o mais rápido possível. No final Kimi estava gritando em agonia, pedindo para saber como ele faria o cavalo parar.

A volta selvagem terminou bem quando eles encontraram um obstáculo. Depois disto Jenni não tem visto seu marido em um cavalo.

Kimi é alérgico à cavalos e à gatos - e aos repórteres como ele gosta de dizer.

A família de Räikkönen originalmente vem de Karelia - de uma vila chamada Räikkölä, próxima a Säkkijärvi. A casa de Kimi novamente está em Espoo Karhusuo - lá nas florestas como seu pai Matti diz.

O bisavô de Kimi construiu a casa.

O jardim da casa era a pista de corrida de Rami e Kimi. Tudo começou de uma pequena pista de corrida de moto Italetti das crianças.

Rami e Kimi competiam em tudo, às vezes eles estavam lutando, às vezes estavam rodando com as bicicletas o mais rápido que podiam - da manhã até a noite.

"Quando os garotos cresceram nós deveríamos ter mudado as bicicletas para outras maiores. Mas elas eram muito caras", Matti Räikkönen conta.

Em vez de novas bicicletas eles conseguiram para os garotos dois Ladas velhos - carros russos - modelos 1200 e 1600. Um era vermelho e o outro era verde.

"Depois nosso gramado parecia um campo de batata. A pista estava tão profunda que você não poderia dirigir para casa da estrada", Matti conta.

Isto foi quando os Ladas se transformaram em pequenos carros. Eles foram para a legendária pista de Bemböle onde Keke Rosberg, JJ Lehto, Mika Salo e Mika Häkkinen começaram suas carreiras.

Em Bemböle você podia pilotar três vezes na semana . E eles os usavam bem.

Os dois irmãos que tinham paixão pela pilotagem e apenas um kart oferecido logo aos pais, causou uma nova dor-de-cabeça.

"Rami era muito mais alto do que Kimi, então tínhamos que ajustar os pedais toda vez que o piloto mudava. Os garotos marcavam o tempo com um cronômentro, mas não das voltas, e sim de quanto tempo mais cada um deles tinha que esperar por sua vez".

"Então tivemos que conseguir outro carro".

A primeira classe de kart de Kimi Räikkönen foi em Mini Raket e sua participação nela foi em 1989, aos 10 anos de idade. Em 1991, Kimi foi o segundo na classe e Toni Vilander o venceu.

De lá Räikkönen pulou para a classe 100 A e venceu sua primeira corrida.

"Kimi não estava no mais alto nível das classes menores porque nós não tínhamos dinheiro para comprar um novo chassi. Nós apenas participávamos. Eu acho que um jovem piloto talentoso se desenvolve melhor se não consegue pilotar bons carros imediatamente. A quinta posição era como uma vitória para nós", enfatiza Matti Räikkönen.

Toni Vilander foi o primeiro competidor difícil para Räikkönen, mas os garotos aprenderam muito rapidamente a respeitar um ao outro e se tornaram amigos.

"Kimi sempre foi um cara positivo que usa a sua competitividade. Deixamos as batalhas na pista e era muito divertido sair com ele. A gente se tornou amigos. Ao mesmo tempo prometemos um ao outro que se um de nós chegasse a F1, o outro estaria lá para apoiar", Vilander conta.

E ele manteve sua promessa.

"Nós fomos até para o exército juntos, quando Kimi adiou seu próprio tempo de serviço no exército em um ano apenas para esperar por mim".

Kimi não gostava de ler, embora ele fizesse seu dever de casa.

"Ele gostava das quintas-feiras porque tínhamos duas horas de educação física, duas horas de trabalhos manuais e sopa de pera com panquecas".

"Kimi usava duas mochilas por inverno, mas não porque ele tinha carregado livros nelas, porque ele estava deslizando com elas em seu caminho para a escola", brinca Räikkönen pai.

Kimi costumava jogar ice-hockey em Jupperin Urheilijat. Räikkönen era o menor garoto no time. Ele era teimoso e tempestuoso e se ele não pegasse o adversário de qualquer forma, Kimi se atirava no pé dele para atormentá-lo.

O técnico ficava um pouco preocupado às vezes e não deixava Kimi jogar de forma alguma se os adversários fossem assustadoramente maiores.

HEIKKI KULTA

Tradução para Inglês: Nicole (Planet F1 Forum) / Tradução: Ludy

Nota: Ao usar este texto, por favor, não se esqueça de dar crédito ao Octeto (Ludy) pela tradução.

Impagável este texto não é mesmo!? Maravilhoso!!! Este Kimi devia ser uma criança daquelas de deixar dona Paula de cabelos em pé!!! hahahaha... Brigando no ice-hockey!!! Amei!!!! hahahaha...

Sobre Toni Vilander, nossa!!! Ele é um querido!!! Sim, ele realmente esteve lá estes anos todos, estava lá inclusive no último GP de Kimi pela Ferrari, em novembro de 2009. Um amigo, verdadeiro, fiel e que raramente fazemos na vida. Kimi tem sorte! E se fosse o monstro insensível que falam que ele é, não teria um amigo destes ao seu lado há 20 anos.

Beijinhos, Ice-Ludy