Quem disse que o homem de gelo não sente nada?

Acabei de ler o texto de Livio Oricchio sobre Kimi Räikkönen, indicação da Sami, do FKR. O jornalista brasileiro fala sobre a forma como Kimi se mostrou na coletiva concecida à imprensa para falar sobre sua saída da equipe italiana.

Eu já li muita, mas muita coisa desde que a Ferrari anunciou a saída de Kimi. Vocês não acreditariam na quantidade de reportagens, opiniões que li, vi e ouvi sobre Kimi nestes últimos dias. Tanta coisa que não sei nem o que achar sobre tudo o que absorvi. A única certeza que tenho é que estou muito triste e decepcionada, muito mesmo, pois durante os três anos em que Kimi esteve na Ferrari eu aprendi a amar a equipe assim como ele. E agora, tenho certeza que entendo o que ele sente.

Mas vida que segue! A gente vai levar o que ficou de bom!!! Ele sempre disse que não adianta ficarmos remoendo o que não deu certo ou o que ficou para trás, vou tentar seguir o que ele diz, embora para mim, seja muito mais difícil do que para ele.

Mas voltando ao motivo do post. O texto de Livio só vem comprovar o que nós, fãs de Kimi, sempre soubemos, os sentimentos dele são tão verdadeiros quanto os de qualquer pessoa dentro da F1, o que acontece é que as pessoas preferiram acreditar no apelido que ele carrega do que na pessoa que ele sempre mostrou ser.

"Quem disse que o homem de gelo não sente nada?"

Quem foi que disse que o Homem de Gelo é incapaz de mostrar sentimentos? Pois ontem, em Suzuka, o finlandês Kimi Raikkonen, campeão do mundo de 2007, deixou transparecer, e muito, o abatimento por ter sido dispensado pela Ferrari. Numa concorridíssima entrevista coletiva, Raikkonen afirmou, em voz ainda mais pausada e baixa que de costume: “Eu tinha um contrato para competir em 2010. Agora não tenho mais, portanto as coisas mudaram. Talvez eu corra, talvez não”.

Isso mesmo, decepcionado com a decisão de ser trocado por Fernando Alonso na Ferrari, o Homem de Gelo pode decidir permanecer no gelo e participar das provas de rali, especialmente no seu frio país. Sua mãe, Paula, bastante simpática, costuma dizer que a imagem do filho é oposta à realidade: “Kimi é um coração mole”. Ontem o piloto demonstrou sentir muito deixar a Ferrari. “Ele ama esse time, que o recebeu de coração. No outro (McLaren), não havia sentimentos, Kimi me dizia”, comentou Paula, no ano passado, em conversa com O Estado, na Finlândia.

“Sim, há chance de eu continuar na Fórmula 1, mas tenho tempo para decidir.” O que se sabe é que as negociações com a McLaren estão concluídas, envolvendo até mesmo um acordo para o pagamento de seu elevado salário, estimado em US$ 25 milhões por temporada. Retornar à McLaren, pelo que disse sua mãe, pode não ser a opção que Raikkonen mais deseje no momento. Tudo o que não quer é um ambiente de absoluta impessoalidade, como se comenta na Fórmula 1 ser a atmosfera na McLaren.

Norbert Haug, diretor da Mercedes, sócia da McLaren, nos últimos dias se referia a Raikkonen já como seu piloto nas entrelinhas das conversas. Não deve ter gostado de saber que, agora, depois de tudo acertado, talvez o finlandês mude de idéia. A McLaren, de qualquer forma, deverá substituir o outro finlandês da equipe, Heikki Kovalainen, que tem boa chance de retornar à Renault para forma dupla, provavelmente, com o polonês Robert Kubica, embora este garantisse, ontem, não ter assinado, ainda, com os franceses.

Fonte: Blog do Livio Oricchio

Se eu não estiver enganada, a entrevista a qual Livio se refere é esta. Só que provavelmente ela não está inteira.

Fontes: FKR e ONG

Quem quiser, como complemento, segue um texto do Felipe Motta neste link.

Beijinhos, Ice-Ludy