Octeto Entrevista: Silviane

Oi gente? Cheguei com mais uma entrevista para vocês. Hoje o meu bate-papo foi com uma leitora muito especial e companheira de luta. Estou falando de Silviane Rosa.

Adorei entrevista você Silviane, e tenho certeza que todos os leitores vão adorar a entrevista também. Curtam aí galerinha!!!

Ice-fã : Silviane

1. Fale um pouco sobre você. O que faz, quantos anos tem, de onde é?
Bom, meu nome é Silviane Raquel Rosa, tenho 24 anos e moro numa cidadezinha de 5.000 habitantes no interior de Santa Catarina, chamada Laurentino (daquelas que de tão pequena nem aparecem no mapa, tipo onde o Judas perdeu as botas, sabe?). Estou na quinta fase do curso de Jornalismo; adoro livros, principalmente aqueles que me fazem rir e pensar; amo filmes, música, televisão e atualmente descobri um novo vício que é a Fórmula 1.

Seus preferidos...

2. Qual o seu piloto favorito e equipe prediletos e por quê?
Meu piloto favorito é o finlandês Kimi Räikkönen, por sua postura dentro e fora das pistas. Por correr sempre de forma leal, respeitando os companheiros e não cometer erros grotescos. Também porque ele é um cara na dele, não fica puxando o saco de ninguém para levar vantagem, assume a culpa quando erra e divide a responsabilidade com todos quando o erro parte da equipe. Além de ser o único piloto capaz de abandonar uma corrida até então não-terminada, dar uma banana para todo mundo e aparecer no box tomando sorvete! (Kimi é mesmo uma figura, aquele Magnum salvou meu dia, hehehe). Ah!, também não posso deixar de falar daqueles lindos olhos azuis, do cabelo loiro maravilhoso, daquela boquinha linda, dos braços tatuados, do jeitinho tímido, ai ai (modo adolescente histérica).
Em relação à equipe, tenho um carinho pela Ferrari. Considero a Itália minha segunda pátria, pois sou descendente de italianos e cresci ouvindo minha avó e minha mãe falarem italiano, então é impossível não gostar da equipe. Mas não sou uma torcedora fanática.

O começo...

3. Quando e por qual motivo a F-1 entrou em sua vida?
A lembrança mais antiga que eu tenho da Fórmula 1 são das manhãs de domingo ao som do “Tema da vitória”, com o Senna cruzando a linha de chegada. Tinha nove anos quando ele morreu e perdi o interesse pelo esporte. Eu era uma criança, não tinha entendimento das coisas. Fui crescendo e acompanhando de longe Michael Schumacher fazer sucesso e quebrar recordes, mas nunca simpatizei com o alemão. Só depois que ele se aposentou em 2006 é que voltei a me interessar e mesmo assim não foi de imediato. Quase no final no campeonato de 2007, quando se via uma disputada acirrada pelo título (o que não acontecia na época do Schumacher), foi que Kimi Räikkönen chamou minha atenção. Fiquei observando e pensei: “esse cara merece ser campeão!”. Lembro que no dia da decisão em 21 de outubro, alguma coisa me dizia que ele iria vencer. Intuição, sei lá! Depois disso fui me interessando cada dia mais pela Fórmula 1.

4. Você acha que nós temos uma percepção diferente da F-1 por sermos mulheres?
Com certeza. Nós mulheres temos uma percepção maior, um campo de visão mais amplo, nada escapa aos nossos olhares! Acho que por sermos mais detalhistas prestamos atenção nas coisas, não conseguimos apenas analisar os carros, as equipes, o andamento das corridas; a gente também gosta das fofocas dos bastidores e de destilar um veneninho de vez em quando, neh meninas! hehe.

5. O que você acha do preconceito de que o sexo feminino só curte corridas pela beleza dos pilotos?
De fato existem meninas que só se ligam nos rostinhos bonitos e no dinheiro dos pilotos, o que não é meu caso e acho que da maioria das leitoras do Octeto. As mulheres quando gostam mesmo do esporte dão um show em muitos marmanjos por aí. Se fosse só para ver os bonitinhos, não precisava acordar às três horas da manhã para assistir uma corrida, onde os pilotos praticamente só vão aparecer de capacete escondidos dentro de um cockpit, não é verdade?
Quando não existe conteúdo e é só beleza a gente cansa, desiste e acha outro. Acredito que as mulheres que gostam realmente da Fórmula 1 é por que enxergam mais do que a aparência física.

Torcida fiel

6. Você torce por um piloto que não é brasileiro. Como você lida com o preconceito que isto acarreta?
Na verdade não converso muito sobre Fórmula 1 com as pessoas que conheço. Não existem muitos fãs do esporte no meu ciclo de amizades, então não sofro nenhum preconceito. Porém tenho uma amiga minha, a Mari, que é obrigada a me aguentar quando tô muito feliz ou chateada. O problema é que ela não entende quase nada de Fórmula 1. Um dia ela chegou toda empolgada querendo falar do assunto e mandou:
- Tu viu? Legalizaram os catalisadores!
- Hehehe, é difusor Mari, não catalisador!
- Ah, difusor para mim é aquele negócio do secador de cabelos! Hehehe...
Então já viu neh, o blog é único lugar onde eu discuto sobre o assunto. Mais ainda não desisti dela!

The flying finn

7. Por que a Fórmula 1?
Não encontro uma explicação muito lógica. Acho que é pelo ronco dos motores, que a gente fica arrepiada só de ouvir pela TV; pela velocidade que os carros atingem e coragem dos pilotos, pelo glamour do esporte, que é o evento do ano por onde quer que passe. Também pela união homem-máquina, onde não basta o atleta estar bem, o carro tem que estar funcionando perfeitamente.

8. Qual foi a maior lição que você aprendeu com este esporte?
Que sempre é possível vencer, não importa o quanto falem que você não vai conseguir, e que paixão e torcida não tem nada a ver com nacionalidade.

O único, o preferido

9. Defina Kimi Räikkönen.
Se eu fosse definir o Kimi em uma só palavra seria Liberdade. Uma vez uma professora me disse que o verdadeiro sentido da liberdade, é nunca se importar com o que os outros podem pensar sobre você, é viver a vida por si só. Enxergo isso no Kimi. Quando as críticas caem sobre seus ombros ele simplesmente ignora e continua em frente, porque a única coisa que ele quer é se divertir até quando for possível, e chorar pelo leite derramado não vai adiantar nada. Quando muitos anônimos fazem de tudo para estar rodeados por lentes de fotógrafos e conseguir os seus 15 minutinhos de fama, Kimi parece seguir o caminho inverso. O que ele deseja é ter os verdadeiros amigos por perto, curtir e relaxar com a família e os cachorros, uma vida simples. Entretanto a liberdade também cobra o seu preço. Com sua timidez nítida e falta de jeito na frente das câmeras, é chamado de frio, insensível, arrogante, incapaz de esboçar um sorriso. Mas ele sorri sim, e muito, quando está à vontade e junto das pessoas que o entendem e o adoram da maneira que ele é. É esse Kimi que eu aprendi a admirar, e é pra ele que dedico a minha força, o meu amor e a minha torcida.

10. Qual dos octetes, além de Kimi te chama mais atenção? Pode ser por uma qualidade ou algo que você não goste.
Não sei quase nada da carreira e da vida de Jacques Villeneuve e Juan Pablo Montoya, então não tenho uma opinião sobre eles. Estou conhecendo e aprendendo a gostar de Jenson, Nico e Trulli. O Alonso eu já conhecia um pouco mais e também o admiro muito. Agora David Coulthard cara quadrada tá me tirando do sério! Primeiro ele diz que o Kimi estava “gorducho”, depois que a Ferrari não precisa dele e sim de Alonso para acertar aquela carroça! Vai vestir a cueca em cima da calça e salvar mocinhas indefesas, afff!!!

Paixão faz parte do esporte

11. A F-1 é cruel quando...
Quando vemos duas múmias patéticas mandando e desmandando na categoria, fazendo pilotos se tornarem meros fantoches ou modelos de magreza, tudo em prol dos seus desejos e bolsos.

12. E é linda quando...
Quando você assiste intensas disputas por posições, pilotos fazendo manobras incríveis, ganhando a corrida no braço, dentro das pistas e não fora delas. Quando vemos aquele piloto desacreditado, que largou lá no final do grid, vencer uma corrida. Para ficar bom mesmo só falta o Kimi voltar ao lugar mais alto do pódio. Hehe...

13. Como você conheceu o Octeto Racing Team?
Pra ser sincera não lembro direito. Provavelmente deve ter sido através de um link ou feed em algum outro blog. O que eu lembro é que no começo só abria esporadicamente, quando tinha uma postagem que eu queria ler. Depois de um tempo, comecei a gostar realmente e passei a acompanhar todos os dias. Para criar coragem e comentar foi só em fevereiro, quando o blog se tornou a minha principal fonte de informação sobre o Kimi. Agora já me sinto em casa. Comento aqui todos os dias e falo o que penso sem medo.

Diretoria do Octeto

14. Somos quatro personalidades diferentes aqui no Octeto. Juntas, personalizamos o blog. Como você, leitora, enxerga cada uma das “diretoras de equipe” mais loucas do mundo do automobilismo?
Luane: É o ponto de equilíbrio do grupo. Comanda o Podcast e põe ordem na casa quando os ânimos se exaltam. É bem-humorada e inteligente. Super dedicada ao Nico é obrigada a aguentar as piadinhas de péssimo gosto que fazem com ele, porém leva tudo na brincadeira. Sacanagem neh Lu? Com o Addy demonstrando tanta “sutileza” sobra pro Nico! Fala sério!! hehe
Vick: Dona de uma risada contagiante que quando começa não consegue mais parar. Depois de anos esperando a hora do Jenson chegar, está sendo recompensada e vivendo o seu melhor momento. Como ela mesma diz, “eu não me canso de ser feliz”. É isso aí garota, aproveita bem o sucesso merecidamente conquistado!
Tati: Só fico imaginando o que essa menina teve que aguentar em 2007 com a encrenca toda da McLaren quando o seu querido Alonso estava lá!! Adorei aquele seu post de desabafo! Lavou a alma neh Tati? É engraçada para caramba, dou muita gargalhada ouvindo as tiradas dela no Podcast, oh menina venenosa!! Simplesmente adoro.
Ludy: Ah, ela doida pelo Kimi que nem eu, e só por isso já acho ela o máximo! Mas não é só isso não. Ela é um doce de pessoa, simpática, divertida e me recebeu com muito carinho no blog. Adoro as colunas que ela escreve com seu jeitinho todo especial, me sinto representada nas suas palavras. É Ludy, ser fã do Kimi não é fácil, a gente sofre para caramba, mas no fim todo sacrifício vale a pena. O importante é que ser fã do Iceman te trouxe muitos amigos, como você já disse uma vez, e espero agora fazer parte dessa lista, mesmo estando longe! IceKisses Ludy!
O importante é que essas quatro loucas fazem juntas um trabalho diferenciado. Com o blog sempre atualizado, investindo tempo, respondendo os comentários de todos com paciência e educação. É esse retorno e interatividade que são bacanas aqui no Octeto.

15. O que você acha que o blog do Octeto trouxe de diferente para a sua forma de ver a F-1?
Aprendi a discordar e contestar as informações oficiais, afinal de contas nem tudo que sai na mídia é real. Comecei a perceber que o único jeito de se acompanhar uma transmissão de verdade aqui no Brasil, é colocar a TV no MUDO. Também encontrei um lugar para desabafar, dar risadas e me informar sobre o mundo do automobilismo. E o principal é que se a Formula 1 é um circo, nós os telespectadores devemos desempenhar qualquer papel, menos o de palhaços.

Bom gente, chegamos ao fim de mais um bate-papo maravilhoso. Silviane, amiga, muito obrigada por ser nossa leitora e por suas palavras tão sinceras. E agradeço também por sua amizade, um presente de Kimi para mim.

Até a semana que vem galerinha, com mais um Octeto Entrevista.

Beijinhos, Ice-Ludy