Meu querido diário...

Em termos de departamento de marketing as equipes do energético Red Bull são campeãs absolutas em criatividade. Neste ano o suíço Sebastian Buemi é o único piloto estreante do grid e para divulgar o fato a Toro Rosso tem eu seu site um diário fictício do belo piloto.

O texto é matador! Ri muito do tom ingênuo que eles criaram. Aqui, no blog, posto a tradução feita pelo Grande Prêmio, mas vocês também podem ler o original em inglês, aqui na página da Toro. Bem como, podem assinar o feed para não perder nenhum episódio da vida desse belo piloto.

Ah! Falando em “belo”, Buemi, também, participa da Campanha pela real beleza da F1 no GP Séries do nosso amigo Marcos Antônio. Não deixem de ir lá para escolher o Miss F1 2009.

“Será um vôo longo para Melbourne. Mas eu não me importo, porque tenho muita coisa para ler durante esse tempo, incluindo as 325 entrevistas que dei para jornais e revistas da Suíça desde que fui confirmado como piloto da Toro Rosso. Alguns outros competidores e dirigentes também estão no aeroporto enquanto eu faço o check-in, mas não os vejo mais quando vou para o controle dos passaportes.

Eu ando em direção às lojas, e as outras pessoas seguem sinais que levam a um outro portão. Mas eu nunca ouvi falar em uma companhia aérea chamada “VIP”. Não, eu estou enganado, eles estão no mesmo voo que eu, mas novamente eu não os vejo dentro do avião. Eles todos desaparecem ao passar por uma cortina.

Eu sinto pena eles, porque eu tenho a sorte de poder ir ao fundo da aeronave para sentar perto de toda a minha equipe. Eu pego um assento do meio, o que é legal, porque posso conversar com uma pessoa de cada lado. E também é bom porque é perto do banheiro.

Estou com o estômago enjoado, estou com fome e só comi frutas, porque é a única coisa permitida neste cardápio pelo meu preparador físico. Os outros passageiros que também são da F-1 parecem gostar de vinho. Acho que estão tristes porque estão deixando suas famílias depois de um amável inverno, e agora bebem para esquecer a tristeza de ter de passar um mês fora para as primeiras corridas.

Antes de eu chegar ao aeroporto para voar a Melbourne, meu assessor me avisou que quando eu pousasse na Austrália haveria emissoras e jornais querendo me entrevistar. Achei isso uma grande falta de organização, muito diferente do que acontece na Suíça. Procurei o email dessas emissoras e dei os detalhes do meu voo, e disse que estaria à disposição para conversar por quantos minutos desejassem.

Finalmente, agora que cheguei em Melbourne, o senhor que checa os passaportes me deixa orgulhoso. Ele me disse: 'Bem vindo à Austrália, Sr. Buemi.' Eu não esperava já ser famoso no país. Mas logo percebo que ele leu o meu nome no documento.

Um escândalo! Estou em uma pequena sala para inspeção, e aparentemente cometi um crime ao levar 20 barras de Toblerone comigo! Tento explicar que é apenas chocolate suíço, e não ‘qualquer comida’. Finalmente, me liberam, mas perdi os chocolates.

Estou preocupado, talvez nenhuma emissora de televisão veio me entrevistar, aí terei problemas com o meu assessor de imprensa. Mas tenho sorte e faço muitas entrevistas, mais do que qualquer outro piloto.

Infelizmente, o time me esqueceu no aeroporto, então pego um taxi para ir ao hotel. O taxista foi legal, e me disse que como era a minha primeira vez no país, ele cobraria apenas 350 dólares australianos. Ele me explica que são necessários 15,75 dólares de seu país para comprar um euro, então os taxis na Austrália são muito mais baratos do que na Suíça.

Quando chego ao hotel, encontro o meu colega de quarto, Sébastien Bourdais. Ele me diz que como cheguei tarde, eu não preciso me preocupar em acordar cedo amanhã para o primeiro encontro técnico na pista com os engenheiros, e que depois iria me contar tudo o que aconteceu lá. Isso foi muito gentil da parte dele, e acho que vamos nos dar muito bem.

Bourdais me dá muitas dicas, e ele me contou que Charlie Whiting, da FIA, não se importa se os pilotos não comparecerem ao “briefing”. Ele também me deixa ir sozinho ao coquetel de recepção, para que eu possa fazer todas as entrevistas sozinho. O Monsieur Bourdais (como ele quer que eu o chame), é um verdadeiro cavalheiro."

Os Sebastians na festa de final da temporada em São Paulo no ano passado

By Lu