O escudo protetor
Lindo texto sobre Bianca Senna, o anjo-da-guarda de Bruno. Mais uma vez, texto de Felipe Motta, publicado hoje. Este garoto é muito bom! Fiquei emocionada lendo a matéria, eu tenho certeza de que se fosse irmã de piloto, seria como Bianca.... hehehehe... Se alguém fizesse algo para um irmão meu, poderia começar a rezar!!!! hehehehehe
Enquanto ele engatinhava, ela já aprontava das suas. Ele começou a brincar de carrinho e ela saía com os amigos da escola. Ele, ainda um moleque, se ralava no quintal e ela, distante para ajudar, passeava com o namorado. Hoje, porém, tentam juntos dar o cheque-mate para chegar na Fórmula 1.
Bianca e Bruno Senna, 29 e 24 anos respectivamente, não se desgrudam. Ele, piloto da ISport, tenta conquistar neste fim de semana o título da GP2, a maior vitrine para a F-1. O feito seria uma vitória da dupla de irmãos, já que Bianca o acompanha desde 2005 como empresária do piloto.
Mas se hoje a união faz a força dos dois, houve um tempo em que a diferença de cinco anos na idade os distanciava. “Eles não brincavam muito porque os interesses não eram os mesmo. Ele uma criança e ela já adolescente”, afirma a mãe, Viviane Senna.
A diferença de idade dos dois se fez presente também no momento em que Bruno manifestou o desejo de voltar a guiar. Viviane, consultou o filho sobre o que ele gostaria de fazer da vida. O então estudante de Adminstração, afirmou que adoraria ser um profissional de sucesso para ganhar dinheiro e atuar como piloto, mesmo que de forma amadora. Surpresa, foi a vez da mãe consultar a primogênita, Bianca, que até então desconhecia a paixão do irmão por carros. Ouviu que deveria consentir com a escolha de Bruno. No entanto, não tinha idéia que iria se transformar no anjo da guarda de Bruno.
Nas primeiras tentativas de Bruno nas pistas, Bianca o acompanhava apenas como espectadora. Em 2005, quando o irmão decidiu mudar-se para Londres, tomou a decisão que transformou sua vida. “Falei que ia junto com ele. Terminei meu namoro, arrumei as malas e viajei”, conta Bianca. Partiria sem nenhum conhecimento, pois nem as corridas do tio, o tricampeão Ayrton Senna, despertavam o interesse da paulistana. “Só via a largada e chegada. De jeito algum ficaria duas horas vendo aquilo”.
Era, portanto, necessário aprimorar-se em questões fundamentais no automobilismo. Além de dominar o inglês, queria entender o lado técnico. Comprava revistas especializadas aos montes em cada visita à livraria. Certo dia, apanhou com conhecido um fichário repleto de informações específicas. “Não entendia nada daquilo. Quando Bruno notou o que eu tinha nas mãos, afirmou que nem ele compreendia o assunto. Era engenharia pura e avançada”.
O aprimoramento técnico e teórico que buscava era pouco perto do que viveria na prática. Se o caminho de Bruno era complicado, pois precisava trabalhar dobrado para compensar os anos parados e sem competir, o de Bianca era tão ou mais difícil. Não é do dia para a noite que se envolve nos bastidores do automobilismo. Ainda mais com um agravante. “Sou mulher e este é um ambiente masculino. Não é fácil abrir o espaço”, afirma Bianca, garantindo que até situações constrangedoras já precisou enfrentar. “Sou forte. Quem me subestimou vai se dar mal”, completa, sem dizer qual foi o episódio “traumático”, afinal, sempre é necessário estar com as portas abertas.
De cabeça erguida, seguiu em frente. “Enfiei a cara e fui a luta. Conheci pessoas e o Bruno me apresentou outras. Hoje entendo bem como funciona esse universo”. Com o destaque do sobrenome Senna não apenas nas pistas, a mãe Viviane não controla o entusiasmo para falar do orgulho que tem pelo sucesso da filha nos bastidores. “Ela é uma batalhadora, uma empreendedora, sempre objetiva e prática. Não tinha dúvida que daria certo”.
Mas é de Bruno que partem as declarações mais elogiosas à irmã. “Não estaria onde estou sem ela. Mesmo com outro manager. Ela me torra a paciência sempre, mas eu conheço a peça”, afirma, com bom humor e sorriso maroto no rosto, Bruno Senna.
Além do trabalho como empresária do piloto, Bianca funciona como um muro que o protege de aborrecimentos, sejam quais forem. Recebe todas as informações referentes a Bruno e filtra o que deve ou não levar ao irmão. A postura ajuda o jovem a apenas se concentrar no trabalho dentro das pistas. “Quando acaba um treino ou de noite conversamos e eu o ponho a par de tudo. Às vezes, trabalhamos de pijamas e escovando os dentes”, diz Bianca.
Após a disputa da rodada dupla de Monza, na Itália, Bruno e Bianca podem estar mais próximos da F-1. Comemorarão com muita festa, e longas conversas antes de pegarem no sono.
Beijinhos, Ludy
Enquanto ele engatinhava, ela já aprontava das suas. Ele começou a brincar de carrinho e ela saía com os amigos da escola. Ele, ainda um moleque, se ralava no quintal e ela, distante para ajudar, passeava com o namorado. Hoje, porém, tentam juntos dar o cheque-mate para chegar na Fórmula 1.
Bianca e Bruno Senna, 29 e 24 anos respectivamente, não se desgrudam. Ele, piloto da ISport, tenta conquistar neste fim de semana o título da GP2, a maior vitrine para a F-1. O feito seria uma vitória da dupla de irmãos, já que Bianca o acompanha desde 2005 como empresária do piloto.
Mas se hoje a união faz a força dos dois, houve um tempo em que a diferença de cinco anos na idade os distanciava. “Eles não brincavam muito porque os interesses não eram os mesmo. Ele uma criança e ela já adolescente”, afirma a mãe, Viviane Senna.
A diferença de idade dos dois se fez presente também no momento em que Bruno manifestou o desejo de voltar a guiar. Viviane, consultou o filho sobre o que ele gostaria de fazer da vida. O então estudante de Adminstração, afirmou que adoraria ser um profissional de sucesso para ganhar dinheiro e atuar como piloto, mesmo que de forma amadora. Surpresa, foi a vez da mãe consultar a primogênita, Bianca, que até então desconhecia a paixão do irmão por carros. Ouviu que deveria consentir com a escolha de Bruno. No entanto, não tinha idéia que iria se transformar no anjo da guarda de Bruno.
Nas primeiras tentativas de Bruno nas pistas, Bianca o acompanhava apenas como espectadora. Em 2005, quando o irmão decidiu mudar-se para Londres, tomou a decisão que transformou sua vida. “Falei que ia junto com ele. Terminei meu namoro, arrumei as malas e viajei”, conta Bianca. Partiria sem nenhum conhecimento, pois nem as corridas do tio, o tricampeão Ayrton Senna, despertavam o interesse da paulistana. “Só via a largada e chegada. De jeito algum ficaria duas horas vendo aquilo”.
Era, portanto, necessário aprimorar-se em questões fundamentais no automobilismo. Além de dominar o inglês, queria entender o lado técnico. Comprava revistas especializadas aos montes em cada visita à livraria. Certo dia, apanhou com conhecido um fichário repleto de informações específicas. “Não entendia nada daquilo. Quando Bruno notou o que eu tinha nas mãos, afirmou que nem ele compreendia o assunto. Era engenharia pura e avançada”.
O aprimoramento técnico e teórico que buscava era pouco perto do que viveria na prática. Se o caminho de Bruno era complicado, pois precisava trabalhar dobrado para compensar os anos parados e sem competir, o de Bianca era tão ou mais difícil. Não é do dia para a noite que se envolve nos bastidores do automobilismo. Ainda mais com um agravante. “Sou mulher e este é um ambiente masculino. Não é fácil abrir o espaço”, afirma Bianca, garantindo que até situações constrangedoras já precisou enfrentar. “Sou forte. Quem me subestimou vai se dar mal”, completa, sem dizer qual foi o episódio “traumático”, afinal, sempre é necessário estar com as portas abertas.
De cabeça erguida, seguiu em frente. “Enfiei a cara e fui a luta. Conheci pessoas e o Bruno me apresentou outras. Hoje entendo bem como funciona esse universo”. Com o destaque do sobrenome Senna não apenas nas pistas, a mãe Viviane não controla o entusiasmo para falar do orgulho que tem pelo sucesso da filha nos bastidores. “Ela é uma batalhadora, uma empreendedora, sempre objetiva e prática. Não tinha dúvida que daria certo”.
Mas é de Bruno que partem as declarações mais elogiosas à irmã. “Não estaria onde estou sem ela. Mesmo com outro manager. Ela me torra a paciência sempre, mas eu conheço a peça”, afirma, com bom humor e sorriso maroto no rosto, Bruno Senna.
Além do trabalho como empresária do piloto, Bianca funciona como um muro que o protege de aborrecimentos, sejam quais forem. Recebe todas as informações referentes a Bruno e filtra o que deve ou não levar ao irmão. A postura ajuda o jovem a apenas se concentrar no trabalho dentro das pistas. “Quando acaba um treino ou de noite conversamos e eu o ponho a par de tudo. Às vezes, trabalhamos de pijamas e escovando os dentes”, diz Bianca.
Após a disputa da rodada dupla de Monza, na Itália, Bruno e Bianca podem estar mais próximos da F-1. Comemorarão com muita festa, e longas conversas antes de pegarem no sono.
Beijinhos, Ludy
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