Falou por nós...

Leiam o texto abaixo, de ontem (12), de autoria de Felipe Motta, jornalista da Jovem Pan, e um dos nossos favoritos.

(MONZA) Vale a pena fechar o assunto da polêmica em que Lewis Hamilton está envolvido. Hoje, como já demonstrado, choveu bastante. Houve tempo para inúmeras conversas. Ficou muito claro que pegou muito mal para o inglês a declaração de que Raikkonen não tem “peito”.

Admiro, e certamente vocês também, esportistas com personalidade. Porém, o que foi feito não tem nada a ver com isso. Um jovem, de apenas 23 anos, mostrar tamanha arrogância para dizer o que disse sobre o finlandês e ainda afirmar que os pilotos aprovaram punição porque não são os que estão ganhando é loucura. Ganha gradativamente inimigos.

Há muito tempo quero falar sobre o inglês e admito que um fim de semana de corrida não é o momento apropriado, em função da correria que vivo nestes momentos. Poderia não colocar minha opinião da melhor forma e tudo que não quero é alterar a realidade das coisas. Além de parecer oportunista. Irei me restringir ao ocorrido atual. Prometo que semana que vem falarei como funciona o trabalho de Hamilton e, principalmente, McLaren.

Todos ficaram um pouco chocados com a declaração de Hamilton. Justamente sobre quem falava. Aprendi a respeitar muito Kimi Raikkonen, principalmente sua postura. É verdade que ele não é o melhor dos personagens, histórias com ele não rendem, mas é inegável sua sinceridade. O trabalho que ele e Massa desenvolvem juntos é exemplar, ainda mais se observamos que não há nenhum tratamento distinto dentro da equipe. Ambos se respeitam e não duelam nos bastidores. Foi para ele que Hamilton perdeu campeonato ganho. Liderava com 17 pontos de vantagem faltando duas corridas. Perdeu por um. No mínimo, precisaria de um pouco de respeito.

A frase seguinte era compreensível: “A aderência é a mesma! A diferença quem faz é o piloto de deixar o carro mais no chão”. Ok, perfeito! Ele estaria cutucando, mas com classe. O não responder de Kimi foi bem recebido, apesar quemuitos esperavam algo como “ok, não tenho colhão, mas sei tirar vantagens espetaculares como ninguém. Abra o olho”.

Creio que para Felipe Massa é melhor ter o companheiro mordido do que já com a camisa de segundo piloto. Querendo ganhar de Hamilton, Massa ganha rival que pode roubar alguns pontos, mas terá aliado na luta com Hamilton. Cabe ao brasileiro dominar o campeão do mundo.

E esqueçam a história de escudeiro. Enquanto tiver chances matemáticas, Kimi correrá para somar pontos para ele. E convenhamos: ninguém será campeão mundial por ter ou não segundo piloto. Não foi Kovalainen que colocou Hamilton na liderança. Mesma coisa serve para o segundo lugar do campeonato.


Aguardarei ansiosamente por esta análise, apesar de saber que nada do que Felipe contar será uma novidade. Segue o link para lerem os comentários.

Beijinhos, Ludy

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