Agora?

Depois de um tempo calado sobre todo o escândalo sexual envolvendo o seu nome, Max Mosley resolveu falar. Deixo aqui para vocês a matéria publicada no Grande Prêmio, vale a pena ler. Pois é tio Max, se está sofrendo agora, não deveria ter feito. Nunca pensou em sua esposa e seus filhos quando ia para a sacanagem, só pensa agora porque foi descoberto. Não me importo nem um pouco com o que ele faz o deixa de fazer, cada um se satisfaz da maneira que acha melhor, a questão para mim é somente a falta de respeito e de dignidade que ele teve com sua mulher e seus filhos. Se eles realmente fossem tão importantes para Max assim, ele não deveria tê-los humilhado desta forma. Que trata-se de humilhar-se sozinho!

Para Max Mosley, o escândalo sexual deflagrado pelo tablóide “The News of the World”, em março deste ano, “destruiu tudo em sua vida”. O dirigente ainda reconheceu que não nada que possa reparar os danos causados à sua família após o episódio.

O presidente da FIA iniciou uma ação na Alta Corte de Londres contra a publicação por invasão de privacidade e difamação. Mosley busca uma indenização exemplar.

No dia 30 de março, o jornal publicou fotos e um vídeo em que Max aparece em uma orgia sexual com cinco prostitutas, que vestiam fantasias de soldados nazistas e prisioneiros dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial.

"Em uma semana, eles acabaram com tudo", afirmou Mosley à Corte, acrescentando que sua esposa, Jean, nada sabia sobre sua preferência secreta pelo sadomasoquismo. "É difícil descrever o quanto essa humilhação pública tem sido dolorosa para mim", completou.

"Tenho feito isso por 45 anos e nunca imaginei que uma coisa dessas pudesse acontecer. E, se não tivesse sido motivada por subornos ou atos ilegais, jamais essa história teria vindo à tona", destacou.

"Estou casado há 48 anos. Minha esposa e eu éramos adolescentes quando nos conhecemos. Não há nada que eu possa disser ou fazer para reparar o que houve", disse. "Isso se aplica também aos meus dois filhos. Não há nada pior para um filho do que ver seu pai na capa de um jornal, especialmente como o The News of the World", continuou.

Max ainda negou veementemente que o encontro com as prostitutas tenha utilizado a temática nazista, como sugeriu a publicação. O dirigente insistiu em dizer que, apesar do cenário, não houve brutalidade e que tudo foi inofensivo.

Mosley assegurou que retirou todos os arquivos de seu computador com as cenas do episódio e que acredita que não tenha feito nada moralmente errado para merecer tamanha humilhação pública.

Além disso, o dirigente ressaltou que o cenário montado no encontro — um "ambiente prisional", que envolveu cenas de dominação e submissão — acrescentou emoção. Porém, negou qualquer brutalidade com a experiência. "É só mais – divertido provavelmente não é a palavra correta – mas é muito melhor se for acompanhado por algo que justifique o que está acontecendo", revelou.

"Um tema nazista seria repugnante para mim. Também acredito que as mulheres não teriam aceitado se soubessem que seria algo assim."

O dirigente admitiu que a sessão envolveu mulheres vestidas com uniformes dos prisioneiros dos campos de concentração e que usou um nome falso, "Mike", para proteger sua identidade.

Por fim, o britânico de 68 anos ainda afirmou que tanto ele quanto as mulheres concordaram com o encontro e que se divertiram. Essa posição foi apoiada pelas mulheres, que têm igualmente dado provas contra o jornal.

Uma delas, apenas chamada de D, uma estudante de 20 anos, disse que a forma como o tablóide as descreveu foi "absurda" e "ofensiva". A jovem também declarou que conhecia Mosley há 18 meses.

O advogado que defende o presidente da entidade máxima do automobilismo, James Price, descreveu a ação do jornal inglês como uma "intromissão grosseira e indefensável" e que foi realizada para o "divertimento de seus leitores."

Nesta quarta-feira (9), o editor do "NOTW", Colin Myler, prestou depoimento sobre o caso.

Beijinhos, Ludy