Sentença quase decretada
Segue abaixo a matéria de Victor Martins do site Grande Prêmio sobre a possível substituição de Nelsinho Piquet por Takuma Sato daqui a duas provas.
VICTOR MARTINS de São Paulo
A chance foi dada a Nelsinho Piquet.
A indignação ainda no cockpit do R28 quando se viu na iminência do abandono da Sainte Dévote não foi maior que a da cúpula da Renault nos boxes monegascos. Por mais que a equipe possa ter errado em ter apostado nos pneus para pista seca naquele momento da corrida de domingo, compararam-no com Fernando Alonso, também com os calçados com ranhura, que ao menos se manteve até a bandeirada. A Nelsinho foi dado um ultimato, mas ninguém espera ou aposta um euro furado que vá produzir o que não conseguiu nas etapas anteriores. O Grande Prêmio soube que já está conversado e definido na Renault que, se não melhorar em duas provas, Takuma Sato será o substituto de Piquet.
Flavio Briatore aponta em seu histórico três demissões, uma delas a de um brasileiro. Roberto Moreno foi enxotado na temporada de 1991 na então Benetton para que desse lugar a Michael Schumacher. Três anos depois, Jyrky Jarvy Lehto, o JJ, que convalescia de um acidente naquela pré-temporada, deixava a escuderia e sua vaga para Jos Verstappen. E Jarno Trulli, em 2004 — ano em que o italiano venceu sua única corrida, justamente em Mônaco —, em tempos já de Renault, foi mandado embora para a chegada de Jacques Villeneuve.
Nelsinho só teve átimos de competição com Alonso nos treinos em Sakhir. Na corrida, foi lá para trás. Por três vezes mal passou da primeira fase do treino classificatório — Austrália, Turquia e Mônaco — e em outras duas sofreu acidentes nos GPs — novamente na prova sediada em Melbourne e na Espanha. Em Istambul, enquanto Alonso chegou solidamente em sexto, Piquet só apareceu bem ao fazer uma ultrapassagem sobre Button, acabando em 15º, só à frente da Force India de Adrian Sutil e da STR de Sebastian Vettel. A imagem da desolação após o abandono em Monte Carlo valeu mais do que mil palavras.
Piquet não tem sido bem visto. Deixa a desejar na área mecânica e o tratam intra-muros como o piloto que se preocupa mais em passear. Por exemplo: após a classificação na Turquia, a equipe imaginava que Nelsinho iria para o motorhome e verificaria os dados e o que havia saído de errado por aquele 17º lugar no grid. Piquet preferiu usar o celular e combinar com a mãe em que hora deveria buscá-la no aeroporto de Istambul.
Chegou-se a falar que Sato e Romain Grosjean fariam um "vestibular" para que fosse definido o novo parceiro de Alonso. Mas a verdade é que a Renault não quer queimar o francês — e, aliás, tem "trabalhado" bastante para que o rebento conquiste o campeonato da GP2, liderado atualmente por Bruno Senna —, da mesma forma que com Lucas Di Grassi, que só realizou três testes neste ano.
Sato já tem soltado por aí que pretende voltar a correr neste ano e que só acha que a Honda quer continuar com ele.
O Grande Prêmio entrou em contato com a assessoria do piloto, mas não recebeu resposta. O piloto só aguarda as provas do Canadá e da França para voltar à ativa, então na Alemanha.O Grande Prêmio também foi atrás de Nelsinho, por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil. Também não houve retorno.
Ainda no assunto, cogitou-se dentro da Honda que, para utilizar Sato, Rubens Barrichello seria sacado. Para não deixar o decano da F-1 na mão e a pé, seu destino seria a Renault, numa hipótese muito pouco provável. A Honda quer manter Rubens, que negocia uma renovação de contrato, ou pelo menos ouvi-lo para então decidir sobre seu substituto quando se aposentar.
Beijinhos, Ludy
VICTOR MARTINS de São Paulo
A chance foi dada a Nelsinho Piquet.
A indignação ainda no cockpit do R28 quando se viu na iminência do abandono da Sainte Dévote não foi maior que a da cúpula da Renault nos boxes monegascos. Por mais que a equipe possa ter errado em ter apostado nos pneus para pista seca naquele momento da corrida de domingo, compararam-no com Fernando Alonso, também com os calçados com ranhura, que ao menos se manteve até a bandeirada. A Nelsinho foi dado um ultimato, mas ninguém espera ou aposta um euro furado que vá produzir o que não conseguiu nas etapas anteriores. O Grande Prêmio soube que já está conversado e definido na Renault que, se não melhorar em duas provas, Takuma Sato será o substituto de Piquet.
Flavio Briatore aponta em seu histórico três demissões, uma delas a de um brasileiro. Roberto Moreno foi enxotado na temporada de 1991 na então Benetton para que desse lugar a Michael Schumacher. Três anos depois, Jyrky Jarvy Lehto, o JJ, que convalescia de um acidente naquela pré-temporada, deixava a escuderia e sua vaga para Jos Verstappen. E Jarno Trulli, em 2004 — ano em que o italiano venceu sua única corrida, justamente em Mônaco —, em tempos já de Renault, foi mandado embora para a chegada de Jacques Villeneuve.
Nelsinho só teve átimos de competição com Alonso nos treinos em Sakhir. Na corrida, foi lá para trás. Por três vezes mal passou da primeira fase do treino classificatório — Austrália, Turquia e Mônaco — e em outras duas sofreu acidentes nos GPs — novamente na prova sediada em Melbourne e na Espanha. Em Istambul, enquanto Alonso chegou solidamente em sexto, Piquet só apareceu bem ao fazer uma ultrapassagem sobre Button, acabando em 15º, só à frente da Force India de Adrian Sutil e da STR de Sebastian Vettel. A imagem da desolação após o abandono em Monte Carlo valeu mais do que mil palavras.
Piquet não tem sido bem visto. Deixa a desejar na área mecânica e o tratam intra-muros como o piloto que se preocupa mais em passear. Por exemplo: após a classificação na Turquia, a equipe imaginava que Nelsinho iria para o motorhome e verificaria os dados e o que havia saído de errado por aquele 17º lugar no grid. Piquet preferiu usar o celular e combinar com a mãe em que hora deveria buscá-la no aeroporto de Istambul.
Chegou-se a falar que Sato e Romain Grosjean fariam um "vestibular" para que fosse definido o novo parceiro de Alonso. Mas a verdade é que a Renault não quer queimar o francês — e, aliás, tem "trabalhado" bastante para que o rebento conquiste o campeonato da GP2, liderado atualmente por Bruno Senna —, da mesma forma que com Lucas Di Grassi, que só realizou três testes neste ano.
Sato já tem soltado por aí que pretende voltar a correr neste ano e que só acha que a Honda quer continuar com ele.
O Grande Prêmio entrou em contato com a assessoria do piloto, mas não recebeu resposta. O piloto só aguarda as provas do Canadá e da França para voltar à ativa, então na Alemanha.O Grande Prêmio também foi atrás de Nelsinho, por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil. Também não houve retorno.
Ainda no assunto, cogitou-se dentro da Honda que, para utilizar Sato, Rubens Barrichello seria sacado. Para não deixar o decano da F-1 na mão e a pé, seu destino seria a Renault, numa hipótese muito pouco provável. A Honda quer manter Rubens, que negocia uma renovação de contrato, ou pelo menos ouvi-lo para então decidir sobre seu substituto quando se aposentar.
Beijinhos, Ludy
Comentários
Se ja estava ruim a situação com esse "intra-muros" so piorou, isso "queima" o piloto. Não gosto de torcer para que piloto quebre na corrida mas Nelsinho vai ter que pilotar muito e contar com a sorte nessas duas corridas a frente. Pra que ele sobreviva no campeonato então que quebre um monte a sua frente, ate as Ferraris desde que o ARMILTÃO seja o primeiro..hehehe
Agora como o Nelsinho vai buscar motivação com essa notícia eu nem imagino.O que ninguém imaginava pode estar acontecendo Nelsinho precisaria de mais tempo para se adaptar a Formula. Uma coisa é certa sair por dispensa na Renault vai ser a pior coisa para o automobilismo brasileiro!