Ainda Reginaldo...
Caramba... nunca pensei ler uma entrevista como essa.
A sensação é péssima quando ela acaba.
Estou ansiosissima pelo livro dele... ai, que venha logo.
Sobre a segunda parte, vou postar o momento mais emocionante para mim.
Citando uma das corridas que mais o emocionou
(...)"No segundo título do Piquet, ele ainda com aquela coisa dele, arredia, tudo mais, a gente tinha conversado bastante e, pouco antes da largada, o Galvão já estava na cabine e eu ficava nos boxes até o último segundo, buscando informações, subindo só na hora da corrida. E o último momento antes de subir foi com o Piquet. Ele tinha ido ao banheiro fazer xixi e fiquei esperando ele sair. Quando ele saiu, eu o acompanhei, colocando a mão nas costas dele e dizendo. “Vai lá, calma, boa sorte, tenha serenidade para fazer uma corrida de decisão”. Ele falou: “Legal”. Quando eu passei por ele, ele segurou minha mão e não tinha nem como voltar. Eu fiquei de costas para ele, no meio do burburinho, e ele segurando minha mão. E eu não conseguia soltar. Ele apertava, com a mão suada, molhada. Ele soltou e foi pro grid, e eu subi correndo pra encontrar o Galvão na cabine. “Vamos lá, Reginaldo, as últimas informações”. Eu queria contar o que tinha acontecido. O cara, sujeito chamado de frio, ter essa reação. Minha mão estava suada, demonstrando o que ele tava passando. Aí acabou, ele foi campeão e eu saí correndo para falar com ele e retribuir isso. Fui o segundo cara a chegar no carro. O primeiro foi o Bernie, que o ajudou a sair do carro. Porra, ele me deu um abração e fizemos uma matéria em cima disso. Foi uma grande entrevista."(...)
Me emocionou, foi muito forte. Acha que pode haver uma sensação melhor do que essa? Cumplicidade, confiança, alegria; fazer parte do título do cara?
Mais uma declaração que não podia deixar de postar, é sua visão sobre o Heptacampeão e Senna.
(...)"Tenho dúvidas, quando as pessoas me perguntam sobre Senna ou Schumacher. Tenho sérias dúvidas."
"Foi vigarista. Agiu de má-fé tanto em 94 como em 97 e, mais recentemente, naquele episódio de Mônaco, do treino de 2006, com o Alonso... Escrevi isso uma vez: o Schumacher, assim com o Senna - nada a tirar, pois ele faria a mesma coisa - esses caras divinos nascem para ganhar de qualquer jeito. Não tem meio-termo. O Senna seria capaz das vigarices, se fosse necessário. Eles simplesmente não aceitam a derrota. Isso está dentro do cara, ele não quer perder de jeito nenhum."
Pra quem anda preocupado com a performance do Nelsinho na pré-temporada, e não sabe o que esperar dele na F1, pincei alguns comentários sobre o menino.
(...)"O talento do (Lewis) Hamilton é uma coisa visível, do Nelsinho, também. O ano da GP2 foi definitivo para formar minha opinião sobre ele. Sempre achei o Nelsinho bom. Fraco ele não poderia ser, senão o Nelsão tirava o time, sabendo como ele é. Mas tinha certas dúvidas, pois, natural, tudo o Nelson não pode ter, ele deu para o filho, mas, algumas vezes, em exagero. A possibilidade de treinar, de ter isso, locomoção, avião, etc. Eu, como pai, claro, faria a mesma coisa. Ele teve - 0,90 e deu 180 para o filho. Então isso fez com que eu sempre ficasse em dúvida na F-3 Sul-americana, se ele era tudo isso. Na F-3 Inglesa já melhorou e na GP2 ele constatou que é bom. E, toda vez que converso com o Nelson, ele fala: “O cara é bom”."
"O Nelsão tem consciência disso. Tanto que ele diz que, no segundo ano de GP2, era tudo por conta só do Nelsinho. No primeiro ano ele esteve ao lado do filho. No segundo, poucas vezes. E agora não aparece mais. Ele me falou que não vai em nenhuma corrida de F-1. Eu disse que duvidava, aí ele falou: “Ele tem que caminhar sozinho”. (...) "assim como ele oferece, ele cobra, e muito.".
Agora devidamente autorizada pela minha amiga Ludmila, vou contar um pequeno causo.
Há uns 3 anos, acho, o Reginaldo Leme escreveu uma coluna, da qual a Ludmila discordou muito (estou sendo delicada).
Como profissional, educadamente mandou um email para o autor, não esperando resposta.
A surpresa foi grande, porque houve replica e até treplica... se não estou enganada, Reginaldo Leme enviou dois emails para a Ludy (é isso mesmo?), e expôs seu ponto de vista, concordou em outras partes com a Ludy e até pediu desculpas por outras coisas.
Naquele dia, lendo os emails, Reginaldo Lema conquistou meu respeito.
Posso não concordar 100% do tempo, mas o respeito muito.
Já falei mil vezes, sou até puxa-saco, mas parabéns ao GP, ao Big Boss Flávio Gomes, ao seu escriba Bruno Vicária, e ao grande entrevistado Reginaldo Leme.
Vocês acrescentam muito à minha vida de telespectadora, ouvinte e leitora.
By Vick
obs: todos os links para os blogs dessas criaturinhas, estão em nosso blogroll.
Primeira parte entrevista
Segunda parte entrevista
A sensação é péssima quando ela acaba.
Estou ansiosissima pelo livro dele... ai, que venha logo.
Sobre a segunda parte, vou postar o momento mais emocionante para mim.
Citando uma das corridas que mais o emocionou
(...)"No segundo título do Piquet, ele ainda com aquela coisa dele, arredia, tudo mais, a gente tinha conversado bastante e, pouco antes da largada, o Galvão já estava na cabine e eu ficava nos boxes até o último segundo, buscando informações, subindo só na hora da corrida. E o último momento antes de subir foi com o Piquet. Ele tinha ido ao banheiro fazer xixi e fiquei esperando ele sair. Quando ele saiu, eu o acompanhei, colocando a mão nas costas dele e dizendo. “Vai lá, calma, boa sorte, tenha serenidade para fazer uma corrida de decisão”. Ele falou: “Legal”. Quando eu passei por ele, ele segurou minha mão e não tinha nem como voltar. Eu fiquei de costas para ele, no meio do burburinho, e ele segurando minha mão. E eu não conseguia soltar. Ele apertava, com a mão suada, molhada. Ele soltou e foi pro grid, e eu subi correndo pra encontrar o Galvão na cabine. “Vamos lá, Reginaldo, as últimas informações”. Eu queria contar o que tinha acontecido. O cara, sujeito chamado de frio, ter essa reação. Minha mão estava suada, demonstrando o que ele tava passando. Aí acabou, ele foi campeão e eu saí correndo para falar com ele e retribuir isso. Fui o segundo cara a chegar no carro. O primeiro foi o Bernie, que o ajudou a sair do carro. Porra, ele me deu um abração e fizemos uma matéria em cima disso. Foi uma grande entrevista."(...)
Me emocionou, foi muito forte. Acha que pode haver uma sensação melhor do que essa? Cumplicidade, confiança, alegria; fazer parte do título do cara?
Mais uma declaração que não podia deixar de postar, é sua visão sobre o Heptacampeão e Senna.
(...)"Tenho dúvidas, quando as pessoas me perguntam sobre Senna ou Schumacher. Tenho sérias dúvidas."
"Foi vigarista. Agiu de má-fé tanto em 94 como em 97 e, mais recentemente, naquele episódio de Mônaco, do treino de 2006, com o Alonso... Escrevi isso uma vez: o Schumacher, assim com o Senna - nada a tirar, pois ele faria a mesma coisa - esses caras divinos nascem para ganhar de qualquer jeito. Não tem meio-termo. O Senna seria capaz das vigarices, se fosse necessário. Eles simplesmente não aceitam a derrota. Isso está dentro do cara, ele não quer perder de jeito nenhum."
Pra quem anda preocupado com a performance do Nelsinho na pré-temporada, e não sabe o que esperar dele na F1, pincei alguns comentários sobre o menino.
(...)"O talento do (Lewis) Hamilton é uma coisa visível, do Nelsinho, também. O ano da GP2 foi definitivo para formar minha opinião sobre ele. Sempre achei o Nelsinho bom. Fraco ele não poderia ser, senão o Nelsão tirava o time, sabendo como ele é. Mas tinha certas dúvidas, pois, natural, tudo o Nelson não pode ter, ele deu para o filho, mas, algumas vezes, em exagero. A possibilidade de treinar, de ter isso, locomoção, avião, etc. Eu, como pai, claro, faria a mesma coisa. Ele teve - 0,90 e deu 180 para o filho. Então isso fez com que eu sempre ficasse em dúvida na F-3 Sul-americana, se ele era tudo isso. Na F-3 Inglesa já melhorou e na GP2 ele constatou que é bom. E, toda vez que converso com o Nelson, ele fala: “O cara é bom”."
"O Nelsão tem consciência disso. Tanto que ele diz que, no segundo ano de GP2, era tudo por conta só do Nelsinho. No primeiro ano ele esteve ao lado do filho. No segundo, poucas vezes. E agora não aparece mais. Ele me falou que não vai em nenhuma corrida de F-1. Eu disse que duvidava, aí ele falou: “Ele tem que caminhar sozinho”. (...) "assim como ele oferece, ele cobra, e muito.".
Agora devidamente autorizada pela minha amiga Ludmila, vou contar um pequeno causo.
Há uns 3 anos, acho, o Reginaldo Leme escreveu uma coluna, da qual a Ludmila discordou muito (estou sendo delicada).
Como profissional, educadamente mandou um email para o autor, não esperando resposta.
A surpresa foi grande, porque houve replica e até treplica... se não estou enganada, Reginaldo Leme enviou dois emails para a Ludy (é isso mesmo?), e expôs seu ponto de vista, concordou em outras partes com a Ludy e até pediu desculpas por outras coisas.
Naquele dia, lendo os emails, Reginaldo Lema conquistou meu respeito.
Posso não concordar 100% do tempo, mas o respeito muito.
Já falei mil vezes, sou até puxa-saco, mas parabéns ao GP, ao Big Boss Flávio Gomes, ao seu escriba Bruno Vicária, e ao grande entrevistado Reginaldo Leme.
Vocês acrescentam muito à minha vida de telespectadora, ouvinte e leitora.
By Vick
obs: todos os links para os blogs dessas criaturinhas, estão em nosso blogroll.
Primeira parte entrevista
Segunda parte entrevista
Comentários
Sobre o lance dos e-mails, sim. Foi isso, ele me deu uma mega atenção, fui muito delicado e sensível. Mudei muito minha opinião sobre ele depois disso. Muitas revelações...na realidade, confirmações do que já sabíamos!!!hehehehe
Enfim, o GP acertou a mão nesta parada das grandes entrevistas. São maravilhosas!!!Muito bom mesmo!!!!
Beijinhos
gostei muito da entrevista!!!
é daquelas que a gente não quer parar de ler!!!
Neste último ano me decepcionei com o Reginaldo ... mas nada me impede de reconhecer a grande história e conhecimento que ele tem!!
Tati