Grandes Entrevistas - Bia Figueiredo

Já não é segredo para mais niguém, que sou a maior fã do staff do Grande Prêmio, a começar pelo Big Boss Flávio Gomes.
Adoro essa fase de "silly season" do inicio do ano, porque a série Grandes Entrevistas Grande Prêmio, vem com força total. Este ano, já destaquei a entrevista do Christian Fittipaldi e do Tony Kanaan.
Hoje quero falar da entrevista, feita pela novata do GP, a Evelyn Guimarães, com a nossa piloto, Bia Guimarães. Gosto dessas entrevistas, porque são novas chances de saber mais sobre o automobilismo brasileiro, tão mal divulgado em nosso país.
Aqui, só tem valor quem está na F1 ou corre no campeonato patrocinado por uma certa emissora. Então, recomendo a entrevista.
Leiam e conheçam mais sobre a brasileira, que irá disputar a temporada 2008 da Indy Pro Series, pela Equipe Sam Schmidt, que é a principal categoria de acesso à IRL.

Como sempre, vou destacar algumas frases e passagens da entrevista.

Sobre a escolha Indy Pro Series

"...a categoria forte aqui nos Estados Unidos é a IRL. Optamos pela equipe de maior sucesso na IPS, que é a Sam Schmidt, mais por causa do carro. A decisão também seguiu a experiência do André (Ribeiro, ex-piloto e manager de Bia). Quando ele deixou a Europa e foi para os Estados Unidos, ele também escolheu a melhor equipe da Indy Lights na época e teve sucesso".

"... Aqui é outro clima, não dá para descrever muito bem. Na Europa, as pessoas são muito fechadas, frias e tudo é muito mais caro. Realmente, eu sofri muito quando estivemos lá. É muito difícil. Aqui nos Estados Unidos é bem diferente. Os americanos são mais simpáticos, tudo é mais fácil".

Sobre as diferenças no automobilismo dos EUA

"...é bastante diferente, principalmente na forma como eles trabalham aqui. É uma maneira menos organizada do que na Europa, onde as coisas são mais certinhas. Aqui eles possuem umas coisas velhas nas garagens, geladeiras, pôsteres antigos. É engraçado. Outra grande diferença é a convivência. As pessoas são muito mais alegres. Os mecânicos são mais simpáticos e nesse ponto é mais parecido com o Brasil".

Sobre as mulheres no automobilismo

" ...isso possui dois lados. Existe a parte boa, que é a grande exposição na mídia. Contudo, também tem o lado negativo. Se um piloto roda ou sai da pista, é uma coisa. Agora se uma mulher comete esse mesmo tipo de erro, a história é diferente. É a mesma coisa do japonês que roda na F-1. Todo mundo diz: “Só podia ser o japonês”. O tratamento com as mulheres é o mesmo".

Bia, que já disputou muitas corridas de kart com Nelsinho

É isso aí!
Boa sorte Bia, queremos ver você tornando-se a Danica Patrick brasileira, e deixando muito marmanjo à comer poeira.
Parabéns a Evelyn também pela ótima entrevista.

Vick