Coluna: Velocidade e Batom

"Inesquecível!"

Quando o ano de 2007 começou há exatos 364 dias, eu jamais imaginei que viveria tanta coisa com relação ao mundo da velocidade. Minha história com as corridas de carro começou quando eu ainda era uma pequena menina, ao lado do meu pai, que na época ainda gostava de F-1. Com o passar dos anos, mesmo com a morte de Ayrton Senna e a saída de Jacques Villeneuve (que acompanhei em seus 11 anos na categoria), eu permaneci. Por Kimi Räikkönen e Fernando Alonso.
E devo confessar que depois das três últimas temporadas, se estes dois pilotos não me mataram do coração, não conseguirão mais. Em 2005, ainda com Jacques Villeneuve na pista eu consegui a proeza de ficar dividida na torcida por Kimi e Fernando. Em 2006, infelizmente o finlandês não fez uma boa temporada, vi Jacques ir embora da F-1, mas em compensação o espanhol teve uma disputa eletrizante com Michael Schumacher, e quase me levou à loucura lá em Interlagos, quando assisti a uma corrida ao vivo pela primeira vez!
E quando pensei que depois de todos estes anos de F-1 eu já tinha vivido todo tipo de emoção possível, Kimi Räikkönen me provou o contrário. Posso dizer que 2007 é o meu segundo ano preferido na categoria, o primeiro, aconteceu há 10 anos, quando Jacques Villeneuve conquistou seu título mundial. Não houve um único GP este ano em que eu não tenha sofrido, torcido desesperadamente e me emocionado. Alguns foram extremamente significativos, outros imensamente importantes, mesmo sem as vitórias, mas nenhum foi tão especial como o GP do Brasil.
Em pensar que durante 11 anos de Jacques esperei por esta chance novamente, e ela veio quando Kimi entrou em minha vida de fã de corridas. Desde 2002 me tornei uma torcedora light do finlandês, gostava do estilo dele, prestava atenção, mas como o canadense ainda fazia parte da categoria, ele recebia a torcida principal. Com o passar dos anos a torcida light foi se transformando e no ano passado, com a saída de Villeneuve, Kimi virou atração principal.
No dia 21 de outubro de 2007, ele, sem saber, me deu um presente de Natal adiantado e especial, depois de uma década, vi um piloto que torço de verdade ser campeão, contra todas as probabilidades, da forma mais justa e emocionante possível. Estar em Interlagos pela segunda vez e vivenciar todas as emoções in loco, no momento em que elas ocorriam foi realmente algo indescritível.
Além disso, 2007 provou mais uma vez, que aqueles que não são honestos, que não são decentes, que só querem o sucesso para ser melhor do que os outros, nunca o terão. E além da F-1, ainda tive a chance de ir a uma prova da Stock Car, aqui no Rio. Foi muito bacana. Ano que vem vou de novo, aos dois eventos, se Deus quiser.
Enfim, se eu pudesse definir o meu ano de 2007 no automobilismo, eu diria que foi inesquecível! Mal vejo a hora de 2008 chegar e com ele todas as emoções do mundo da velocidade que eu tanto adoro!
Beijinhos para todos e um Feliz 2008!

Ludy